É  algo apropriado e excelente que a infinita glória de Deus resplandeça; e  pela mesma razão, é apropriado que o brilho da glória de Deus seja  completo; isto é, que todas as partes de sua glória devam resplandecer,  que cada beleza deva ser proporcionalmente fulgurante, a fim de que  aquele que olha tenha uma noção adequada de Deus. Não é apropriado que  uma glória deva ser excessivamente manifesta , e outra não ...
Assim,  é necessário que a aterradora majestade de Deus, sua autoridade e  terrível grandeza, justiça e santidade devam ser manifestas. Mas não  poderia ser assim , a menos que o pecado e a condenação tivessem sido  decretados; ou o fulgor da glória de Deus seria por demais imperfeito,  tanto porque essas partes da glória divina não resplandeceriam tanto  quanto as outras, e também porque a glória de sua bondade, amor, e  santidade seria apática sem elas; não, elas ilustrariam de forma pobre  seu fulgor.
Se  não for certo que Deus deveria decretar e permitir e punir o pecado,  não poderia haver nenhuma manifestação da santidade de Deus pelo ódio ao  pecado; ou em, pela sua providência, preferir a piedade [em lugar do  pecado]. Não haveria nenhuma manifestação da graça de Deus ou verdadeira  bondade, se não houvesse pecado a ser perdoado, ou miséria a ser  revertida. Por mais felicidade que ele concedesse, a sua bondade não  seria mais estimada ou admirada...
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