Todos  concordamos em que devemos examinar-nos a nós mesmos, mas também  concordamos em que a introspecçâo e a morbidez são ruins. Mas, qual a  diferença entre examinar-nos a nós mesmos e nos tornarmos  introspectivos? Entendo que cruzamos a fronteira entre o auto-exame e a  introspecção quando, em certo sentido, nada mais fazemos senão  examinar-nos, e quando esse auto-exame se torna o fim -dominante e  principal da nossa vida. É de esperar que periodicamente procedamos a um  exame de nós mesmos; mas se o fazemos sempre, sempre pondo, por assim  dizer, nossa alma em um recipiente para dissecá-la, isto é introspecção.  E se passamos o tempo todo falando aos outros de nós e de nossos  problemas e inquietações, e se vamos toda a vida a eles com uma  carranca, dizendo: «Estou com um grande problema», isso bem pode  significar que ficamos o tempo todo centralizados em nós mesmos. Isso é  introspecção e, por sua vez, leva-nos à condição conhecida como morbidez
Eis  aqui, pois, o ponto de que devemos partir. Conhecemo-nos a nós mesmos?  Conhecemos o perigo específico de cada um de nós? Sabemos bem a que  estamos especialmente sujeitos? A Bíblia está repleta de ensinamentos  sobre isso. A Bíblia nos exorta a que sejamos cuidadosos quanto à nossa  força e à nossa fraqueza. Pensemos, por exemplo, em Moisés. É-nos dito  que ele era o homem mais manso que o mundo já conhecera; e contudo. . .  seu grande fracasso teve ligação precisamente com esse tema. Afirmou sua  própria vontade e se zangou. Temos que vigiar nosso ponto forte, e  temos que vigiar nosso ponto fraco. . . Se sou naturalmente  introvertido, tenho que tomar cuidado com isso, e devo alertar-me a mim  mesmo, não seja o caso de que inconscientemente venha a deslizar para a  condição de morbidez. 
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