Dr. John Piper, pede liçença para cuidar da ........

Shalom! 
Ah, se todos pastores fizessem isto! Ah, se todos pastores que  dizem: "Ninguém me tira daqui, só saio daqui quando morrer", mirassem  este exemplo e fossem reavaliar suas vidas, ministérios e famílias. Eles  voltariam renovados, quebrantados, cheios de vida e do Espírito para um  novo tempo. 
John Piper, pastor da Igreja Batista Bethlehem, pediu um semestre  sábado, de 1 de maio a 31 de dezembro de 2010, para submeter sua vida  (“minha alma, meu casamento, minha família” e ministério) a uma revisão  por parte do Espirito Santo.
Neste período, disse ele: “Não escreverei livros. Não haverá  preparação de sermões ou pregações. Não escreverei nos blogs. Nem no  Twitter. Não haverá artigos. Não haverá reportagens”. Só haverá uma  exceção.
A  carta em que Piper anuncia seu afastamento deve suscitar em todos os  pastores uma meditação profunda. Ei-la:
"Como muitos de vocês já  haviam escutado no sermão dos dias 27 e 28 de março, os presbíteros  amavelmente aprovaram no dia 22 de março um recesso ministerial que me  levará a me ausentar-me da [igreja batista] Bethlehem a partir de 1º de  maio até 31 de dezembro de 2010. Entendemos que seria útil poder  explicar isso por meio de uma carta que acompanhasse este sermão.
Pedi aos presbíteros  considerar esse recesso devido a um crescente sentir no meu interior de  que minha alma, meu casamento, minha família e o padrão que tenho levado  no ministério necessitam de uma revisão de parte do Espírito Santo. Por  um lado, amo o meu Senhor, a minha esposa, os meus 5 filhos e suas  famílias, primeiro e antes de tudo; e amo meu trabalho de pregar,  escrever e conduzir a Bethlehem. Eu espero que o Senhor conceda-me pelo  menos 5 anos como o pastor de pregação e de visão [planejamento  ministerial] na Bethlelem.
Mas, por outro, vi  algumas manifestações de orgulho na minha alma que, ainda que não tenham  chegado ao nível de me desqualificar do ministério, entristecem-me  profundamente e têm cobrado um alto preço na mina relação com [minha  esposa] Noël e outros que são muito queridos para mim. Como posso me  desculpar com vocês, não por algo em particular, senão por defeitos que  são contínuos em meu caráter e em seus efeitos sobre os demais? Falarei  disso agora, e não duvido que terei de dizer novamente, “perdoem-me”.  Como não tenho um fato específico ao qual apontar, simplesmente peço por  um espírito de perdão. Asseguro-lhes o mais [firmemente] que posso que  não estou fazendo as pazes, senão que estou em guerra contra meus  próprios pecados.Noël e eu estamos sólidos como uma rocha quanto ao  nosso compromisso um com o outro, e não há uma pontinha sequer de  infidelidade de nenhum dos dois lados. Mas, como disse aos presbíteros,  “sólido como uma rocha” não é sempre uma metáfora que satisfaz  emocionalmente, sobretudo a uma mulher. Uma rocha não é a melhor imagem  da terna companhia de uma mulher. Em outras palavras, o precioso jardim  do meu lar necessita ser cuidado. Eu quero dizer a Noël que ela é  preciosa para mim de uma forma que, neste momento de nossos 41 anos de  peregrinação, pode ser melhor dito ao retirar-me por um tempo de quase  todos os compromissos públicos.
Nenhum casamento é uma  ilha. Para nós isto é certo em dois sentidos. Um é que Noël e eu somos  conhecidos tanto de dentro até a por fora por alguns amigos da Bethlehem  – mais ainda por nossos colegas e amigos de há muito tempo, David e  Karin Livingston, e logo por um grupo de mulheres confiáveis para Noël e  de homens para mim. Prestamos contas, somos conhecidos, temos sido  aconselhados e [eles] têm orado por nós. Eu estou profundamente  agradecido pelo espírito de graça, transparência e confiança que existe  entre a liderança da Bethlehem.
A outra forma em que  nosso casamento não é uma ilha é que nossas fortalezas e debilidades têm  sido conseqüências para os demais. Ninguém em nosso círculo familiar e  de amigos permaneceu sem ser afetado por nossos defeitos. É minha oração  que este recesso possa chegar a ser de sanidade a começar pelo interior  da minha alma, por meio do coração de Noël, até alcançar a nossos  filhos e respectivas famílias, e até todos aqueles que têm sido ferido  pelos meus erros.
A diferença entre este  retiro e o [retiro] sabático que fiz há 4 anos [2006] é que escrevi um  livro durante este sabático ("Mandamentos de Jesus para o Mundo"). Em 30  anos, nunca deixei a paixão de ser produtivo publicamente.  Neste retiro, tenho a intenção de deixar tudo. Não escreverei livros.  Não haverá preparação de sermões ou pregações. Não escreverei nos blogs.  Nem no Twitter. Não haverá artigos. Não haverá reportagens.  Existe só uma exceção neste caso – o fim de semana dedicado à  Conferência Nacional do Desiring God [Desejando Deus] com a inauguração  do Bethlehem College and Seminary em outubro próximo. Noël pensou que eu  devia manter três dos compromissos internacionais. Nossa motivação é  que ela poderia acompanhar-me nisso, e se planejarmos bem, essas  poderiam ser ocasiões especiais para refrigério juntos.
Os presbíteros  designaram a um grupo que se mantenha em contato comigo e aos quais eu  possa prestar contar durante este recesso. Eles são David Mathis, Jon  Bloom, Tom Steller, Sam Crabtree, Jon Grano, Tim Held, Tony Campagna, e  Kurt Elting-Ballard. Cinco deles caminharam junto de Noël e de mim pelos  últimos 2 meses, ajudando-nos a discernir com sabedoria o alcance e a  natureza deste retiro. Eles foram quem levaram a recomendação final aos  demais presbíteros no dia 22 de março.
Pedi aos presbíteros que  não me remunerassem durante o recesso. Não sinto que se deva pagar. Eu  sei que estou causando mais trabalho para muitas pessoas, por isso peço  desculpa a todo o grupo da liderança. Não só isso, mas outros também  poderiam ter um tempo similar. Muitos dos homens e mulheres que  trabalham não têm a liberdade de dar-se um recesso como esse. Os  presbíteros não aceitaram o meu pedido [de não receber sustento]. Noël e  eu estamos profundamente agradecidos por essa manifestação de amor.  Estaremos buscando direção do Senhor para ver de que forma podemos  retribuir à igreja este suporte financeiro que nos ofereceram para, de  alguma maneira, aliviar a carga.
Pessoalmente, vejo esses  próximos meses como uma espécie de recomeço do que espero que sejam os 5  anos mais humildes, felizes e frutíferos dos 35 anos que estamos em  Bethlehem e dos 46 de casamento. Vocês podem me acompanhar em oração por  esse propósito? E vocês podem permanecer junto a sua igreja (Bethlehem)  com todas suas forças? Que Deus faça desses 8 meses os melhores que  Bethlehem já tenha conhecido. Seria algo que Deus faria: o fazer as  coisas mais extraordinárias do mundo quando não estiver aqui. “Assim que  nem o que planta nem o que rega é algo, senão Deus que dá o  crescimento.”(I Coríntios 3.7)
Eu amo vocês e prometo orar por vocês todos os dias.
Eu amo vocês e prometo orar por vocês todos os dias.
- John Piper
extraído do excelente  site: http://www.prazerdapalavra.com.br/  
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