10 de abr. de 2011

Nada mais é Necessário – John piper



Para cancelar o escrito de dívida contra nós da lei de Deus ... a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões... vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de divida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz.

Colossenses 2.13,14



Que loucura imaginar que nossas boas obras pudessem um dia pesar mais que nossos maus atos. É loucura por duas razões:

Primeiro, não é verdade. Mesmo nossas boas obras são defeituosas porque não honramos a Deus no modo como as fazemos. Realizamos as boas obras numa feliz dependência de Deus com vistas a fazer conhecido o seu valor supremo? Cumprimos o mandamento que a tudo engloba de servir as pessoas "na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo" (1 Pe 4.11)?

O que diremos, pois, em resposta à palavra de Deus: "tudo o que não provém de fé é pecado" (Rm 14.23)? Creio que não diremos nada. "Ora, sabemos que tudo o que alei diz... para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus" (Rm 3.19). Não diremos nada. É loucura pensar que nossas boas obras pesarão mais que nossas obras más diante de Deus. Sem a fé que exalte a Cristo, nossas obras nada significam exceto rebeldia.

A segunda razão pela qual é loucura colocar a esperança nas boas obras é que não é assim que Deus nos salva. Se somos salvos das consequências de nossas más obras, não será porque elas pesavam menos do que nossas boas obras. Será porque o "escrito de nossa dívida" no céu foi cravado na cruz de Cristo. Deus tem um modo totalmente diferente de salvar os pecadores que não consiste em pesar as suas obras. Não existe esperança em nossas obras. Só há esperança no sofrimento e morte de Cristo.

Não existe salvação em equilibrar os documentos. Só há sal¬vação no cancelamento desses documentos. O escrito de nossas obras más (incluindo nossas boas obras defeituosas), juntamente com as justas penalidades que cada um merece, precisa ser can¬celado - não feito um balanço. Foi para isso que Cristo sofreu e morreu.


Esse cancelamento aconteceu quando o escrito de dívidas foi "cravado na cruz" (Cl 2.13). Como esse documento condenatório foi pregado na cruz? Não foi pregado um pergaminho - Cristo foi pregado. Cristo tornou-se o documento condenatório de nossas obras más (eboas). Ele suportou a minha condenação. Ele colocou minha salvação sobre uma base totalmente diferente. Ele é minha única esperança. E a fé nele é o único caminho para Deus.



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