Como  hei de fortalecer-me "no Senhor e na força do seu poder" na batalha  real? Terei que fazer todas estas coisas, mesmo quando por algum tempo, o  diabo me deixa em paz; mas que tenho de fazer em plena refrega? Como  vou me fortalecer no Senhor e na força do Seu poder na luta renhida, no  calor da batalha? Só menciono uma coisa por enquanto. E o uso do Seu  nome. O uso do nome do Senhor é uma tremenda fonte de poder. Vemos isso  também no livro de Provérbios, capítulo 18, versículo 10: "Torre forte é  o nome do Senhor" - somente o Seu nome, lembrem-se! "Torre forte é o  nome do Senhor; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio."
Mas  há outros exemplos notáveis de como usar o Seu nome e o poder do Seu  nome. Vocês se lembram da história de Gideão? Gideão era um simples João  Ninguém. Vinha de uma tribo nada importante, e pertencia a uma das  menores famílias daquela tribo. Entretanto Deus o chamou para  levantar-se e lutar contra os midianitas;e eles tinham exércitos  numero¬sos. Deus, porém, vocês se lembram, não permitiu que Gideão  tivesse um grande exército. Deixou-o apenas com um punhado de homens -  300 - e os restantes foram mandados embora. Como foi que ele combateu?  Confiou somente em sua própria força? Não, o seu grito de guerra foi  -"Espada do Senhor e de G ideão". Aí está a nossa doutrina,  perfeitamente ilustrada. Gideão não disse: "Homens, sigam-me; em nome de  Gideão, vamos atacá-los. Eis aqui a espada de Gideão, sigam-me".  Tampouco disse: "Espada do Senhor". Aí está o perfeito ensino  escriturístico -"Espada do Senhor e de Gideão". "Confie em Deus e  mantenha seca a sua pólvora!" Tanto a confiança como a pólvora entram. É  a espada do Senhor- certamente; sem ela estamos perdidos. Sim, mas é a  espada do Senhor, e a "de Gideão". E assim eles partiram para a batalha,  combateram com todo o seu poder e força, e obtiveram uma grande  vitória.
Mas  o maior de todos os exemplos é, de muitas maneiras, o de Davi e Golias.  Estes incidentes do Velho Testamento, além de constituírem história,  são ao mesmo tempo parábolas perfeitas da grande verdade escriturística  que nos está sendo ensinada aqui, em Efésios, capítulo 6, sobre estarmos  "firmes contra as astutas ciladas do diabo" e sobre a nossa luta  "contra os principados e potestades". Tudo isso nos é ensinado naquele  quadro de Golias e Davi: a luta é desigual. Olhem para esse gigante. Ele  vence todos os outros, ninguém pode resistir-lhe. Por outro lado, eis  aí Davi, um simples rapaz. Não consegue mover-se com a armadura de Saul,  não consegue manejar a espada de Saul. Ele tem uma funda e algumas  pedras. Isso é tudo! Mas Davi triunfou, e isso porque enfrentou Golias  segundo a piedade (I Samuel 17:45). "Davi porém disse ao filisteu"-que  estivera ridicularizando Davi e tentando amedrontá-lo, aborrecê-lo e  derrotá-lo antes de começar o confronto - "Tu vens a mim com espada, e  com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos  exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje  mesmo o Senhor te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e te tirarei a  cabeça". Notem que Davi luta "em nome do Senhor, o Deus dos exércitos de  Israel"; e no momento em que profere "o nome" ele se enche de  confiança, força, poder e energia; e lhe é dada uma retumbante vitória.
Eliseu,  no início da sua carreira, serviu-se do mesmo princípio. Elias tinha  acabado de ir parao céu, e ali ficou Eliseu, diante do Jordão. Pouco  antes ele tinha visto Elias agitar a capa e com ela dividir o rio; e ali  ficou ele, enfrentando o momento da sua grande prova. Estará ele apto e  forte o bastante para suceder Elias como profeta de Deus? Notem como  ele encara a sua tarefa. Diz ele: "Onde está o Senhor, o Deus de Elias?"  Esse deveria ser o grito de guerra da Igreja hoje, parece-me,  combatendo como estamos os principados e as potestades. Tanto em geral  como em particular, é isso que deveríamos dizer. Não temos por que ser  fracos, hesitantes, frágeis e desanimados. Devemos dizer: "Onde está o  Senhor, o Deus de Elias? Onde está o Deus de nossos pais, onde está o  Deus dos reformadores, onde está o Deus dos puritanos, onde está o Deus  dos primeiros metodistas? Onde está Ele, o Deus dos avivamentos? Em Seu  nome podemos ser fortes e poderosos".
Passemos  ao Novo Testamento. Vejam Pedro e João, nos primeiros dias da Igreja  Cristã. Eles deparam com um coxo à Porta Formosado templo. Que é que  eles devem fazer? Eis o que disse Pedro: "Não tenho prata nem ouro; mas o  que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta--te  e anda" (Atos 3:6). O nome! O poder do nome! Foram Pedro e João que de  fato falaram e agiram, mas puderam fazê-lo porque usaram o poder do nome  do Senhor. "Torre forte é o nome do Senhor" - sempre!
Observem  o apóstolo Paulo escrevendo ao nervoso e amedrontado jovem Timóteo.  Eleja lhe havia dito: "Sofre as aflições como bom soldado de Jesus  Cristo". Ele dissera a Timóteo que juntasse as suas forças e seguisse  adiante. Agora ele quer dar-lhe algo que realmente o encha de poder,  pelo que diz: "Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendên¬cia de  Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho" (2 Timóteo  2:8). Cristo não venceu somente os homens, não venceu somente o diabo,  venceu a morte e o túmulo, o último inimigo. Ele é todo-poderoso.  Lembrem-se disso! E ao lembrar-se disso, o homem se fortalece no Senhor e  na força do Seu poder. O nome, a lembrança do poder e do efeito do nome  do Senhor ressurreto faz maravilhas.
E  assim eu leio no livro de Apocalipse, "Eles o venceram (o inimigo) pelo  sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho" (12:11). Eles  ameaçaram o diabo com Ele, e com essa ameaça o venceram. Esta é a única  maneira. Ah, sim, diz um homem séculos mais tarde:
Quão suave é o nome de Jesus Aos ouvidos do crente; Cura as tristezas e as feridas E expulsa o seu temor.
O  nome o fortalece. O nome de Jesus o faz. "Quão suave é o nome de  Jesus!" "Expulsa o seu temor." Você sabe usar este nome? Sabe invocá-lo?  Sabe o que é ser fortalecido ao simples som dele? Ei-lo aqui de novo:
Forte no Senhor dos exércitos E no Seu grandioso poder, Quem confia em Cristo e em Sua força, Sim, é mais do que vencedor.
O cristão luta, mas confia neste nome, invoca-o, e ele o fortalece. E assim ele é "mais do que vencedor".
Espero  que todos nós saibamos usar o nome do Senhor desta maneira. Isto sempre  me faz pensar em algo que ouvi muitas vezes quando eu era menino. Tive o  privilégio de ser criado num povoado, numa pequena comunidade onde  todos nos conhecíamos. Às vezes um valentão amea¬çava um rapazinho, e  este ficava aterrorizado porque não tinha nenhuma possibilidade contra o  valentão. Que é que o rapazinho fazia? Bem, eis o que com freqüência eu  ouvia: o rapazinho sabia que estava perdido, que não podia fazer nada;  mas muitas vezes ele parava o valentão simplesmente dizendo: "Vou falar  com meu pai sobre você", ou: "Se você me bater, vou contar ao meu irmão  maior". E o valentão, por mais valentão que fosse, ficava com medo do  nome do pai. E eu e você, em nossa fraqueza e incapacidade, devemos  ameaçar o diabo com o nome do nosso Pai e do nosso bendito Senhor e  Salvador. Ameace-o! "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Diga-lhe:  "Sei que sozinho não posso fazer nada contra você; mas, se você relar em  mim, Ele me vingará". Ameace-o com o nome do Senhor. Ele é uma torre  forte, e o justo corre para lá e fica a salvo. O nome não acrescenta  nada à sua força, no sentido puramente físico e material, porém coloca  força dentro de você infundindo-lhe confiança. O simples nome, a própria  palavra, dá-lhe energia; você pode ameaçar o valentão que o está  ameaçando, e você pode pô-lo a correr.
Este  é um princípio que se vê em toda parte na vida. Ele explica por que um  embaixador tem sucesso em seu trabalho. Ele mesmo não é nada, mas fala  em nome do seu país, em nome do seu soberano, fala em nome dos poderes  que estão por trás dele. A palavra é dele, todavia o poder é do seu  país. E o outro país ouve a palavra de um homem porque sabe que ele é o  representante do poder invisível, oculto e grandioso que está por trás  dele.

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