No capítulo anterior, procuramos definir e explicar a providência        divina, e mostrar que Deus reina em todo lugar e em tudo.      
Deus descansou de Sua obra de criação não por estar        cansado, mas porque estava satisfeito com Sua criação e podia        declarar tudo como sendo bom. Seu descanso não significava cessação        de Seu trabalho, mas satisfação com Sua obra. Desde a criação        Ele está trabalhando no sustento e administração da        criação. Veja Colossenses 1:17; Hebreus 1:3; Efésios        1:11.      
AS DUAS ALTERNATIVAS CONSIDERADAS      
Se Deus não está no governo de Sua criação,        ou é por falta de vontade ou por falta de poder. Examinemos estas        duas alternativas separadamente.      
1. Se Deus não quer governar o mundo é porque perdeu o interesse        por ele, e o mundo seria assim um projeto abandonado. Nenhum crente pode        aceitar tal idéia. A voz das Escrituras está contra tal pensamento.        Será que Deus daria Seu Filho para morrer por um mundo em que não        tinha interesse?      
2. A idéia de que Deus não tem poder para governar o mundo        não encontra base nas Escrituras. Cremos, entretanto, que esta é        a idéia aceita por muitos, isto porque não acreditam ou não        conhecem o Deus das Escrituras. Quantas vezes ouvimos alguém falando        que Deus tenta fazer isto ou aquilo! Tal idéia coloca Deus na posição        de algum garoto deixado pelo cavalo num lugar deserto. Mas a Bíblia,        em lugar nenhum, apresenta um Deus distraído ou incapaz. "Ele tem        poder" é a canção das Escrituras.      
Os três jovens hebreus quando diante da ira dum rei pagão,        disseram: "Eis que nosso Deus, a quem servimos, é que pode nos livrar;        ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão,        ó rei". Daniel 3:17.      
Quando Dario falhou em livrar Daniel dos leões, ele veio à        cova e clamou: "Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia a caso que o teu Deus,        a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões"?        Daniel 6:20. E Daniel respondeu da cova dizendo: "O meu Deus enviou seu        anjo e fechou a boca dos leões para que não me fizessem dano".        Daniel 6:22.      
Aos judeus que pensavam ser necessário somente o parentesco terrestre        com Abraão, Jesus Cristo disse: "mesmo destas pedras, Deus pode suscitar        filhos a Abraão". Mateus 3:9.      
Paulo disse aos anciãos Efésios em Mileto: "Agora, pois,        irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça;        a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre        todos os santificados". Atos 20:32.      
Tiago nos diz que "Há um só legislador que pode salvar e        destruir". Tiago 4:12.      
E na última bênção Judas diz: "Ora, àquele        que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos        irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único        Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio        e poder, agora, e para todo sempre. Amém". Judas 24:25.      
As duas alternativas anulam a necessidade ou força da oração.        Não adianta orar a um Deus que não se interessa por Sua criação,        nem a um Deus incapaz de livrar-nos.      
COMO DEUS ESTÁ GOVERNANDO O MUNDO      
No governo deste mundo Deus não está Se manifestando aberta        nem publicamente. Ele está governando em providência secreta        e misteriosa.      
1. No governo deste mundo Deus está dando a Satanás        uma oportunidade de revelar-se e de mostrar o que ele faria se pudesse.        Que faria Satanás se pudesse? Ele faria exatamente o que tenta fazer.        Isto é, usurpar o lugar e as prerrogativas de Deus no governo.        No passado distante ele disse: "E subirei ao céu, acima das estrelas        de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me        assentarei, aos lados do norte" Isaías 14:13. Provavelmente, Satanás        era o mais belo e exaltado entre os da primeira criação. Se        alguém devia satisfazer-se com a sua posição este devia        ser Satanás. Mas ele exaltou-se por causa de sua beleza e desejava        mais autoridade. Ele cobiçava o poder de Deus e procurava tomar nas        suas mãos as rédeas do governo.      
2. Em providência Deus permite ao homem revelar e demonstrar o que        ele faria se tivesse o poder. Que fez o homem? Ele tentou exaltar-se como        Satanás e ser como Deus no que diz respeito à autoridade.        No Jardim do Éden havia duas árvores que simbolizavam duas        importantes verdades. Havia a árvore da vida, simbolizando que o        homem não é todo-suficiente, antes depende de Deus em tudo;        e havia a árvore da ciência do bem e do mal, simbolizando a        verdade que o homem não é soberano, que ele não faz        o que bem quer, que ele não determina para si o que é bem        e o mal, mas que esta determinação é de Deus. Esta        árvore era um lembrete solene que Deus é o Senhor da criação.        Deus determinou o que Adão e Eva podiam ter, e não eram eles        que determinavam por si mesmo. Deus tinha dito, "Podem usar isto, mas não        aquilo. Sua vida e felicidade dependerão da obediência à        minha palavra".      
Mas Satanás entrou no jardim e disse a Eva que Deus mentira; a verdade        sendo que se fizessem o que Deus ordenara não fazer, seria para seu        bem. Comer do fruto proibido seria a abertura dos seus olhos (olhos do entendimento),        para assim saberem por si mesmos o bem e o mal. Não estariam acorrentados        a Deus na questão do bem e do mal. Ele lhes disse que seriam como        deuses, sabendo (determinando) o que era bem e o que era mal.      
A Bíblia nos diz que Eva foi enganada por Satanás. Ela creu        na mentira dele e transgrediu a autoridade divina. Ela acreditou que grande        ganho viria ao comer do fruto proibido.      
Temos aqui o relato divino do primeiro pecado: "E viu a mulher que aquela        árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore        desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu        também a seu marido, e ele comeu com ela". Gênesis 3:6. Desta        história tão simples, mas trágica, aprendemos a definição        de pecado. Pecado é competir com Deus pela Sua autoridade. João        diz que pecado é a transgressão da lei de Deus, e a lei de        Deus é Sua palavra sobre qualquer assunto. Pecado é deixar        de lado a Palavra de Deus como a lei de minha vida, e fazer o que desejo.        Após este passo fatal de Adão e Eva, Deus disse: "Eis que        o homem é como um de nós, sabendo (determinando) o bem e o        mal". Gênesis 3:22. Isto só pode significar que o homem tornara-se        semelhante a Deus em espírito e alvo. Ele tinha o espírito        de independência e seu alvo era competir com Deus pela soberania,        para fazer assim o que era reto aos seus próprios olhos. Ele determinaria        para si mesmo o que era reto.      
Quantas vezes ouvimos alguém dizer: "Que mal há nisto"? ou        talvez, "não vejo mal algum nisto", quando aquilo a que se refere        é expressamente condenado na Bíblia. Que mal havia em Adão        e Eva comerem do fruto proibido? Porque Deus disse: "Não comerás        dela"! Que mal havia em Moisés bater na rocha em Cades? O mal era        porque Deus tinha lhe ordenado falar a rocha. Que mal havia em Uzá        estender a mão sobre a arca para equilibrá-la? O erro jazia        no fato de Deus ter dito que somente os sacerdotes deveriam carregar a arca,        e as mãos humanas não deveriam tocá-la. Que mal havia        em Saul poupar o rei Agague com as melhores ovelhas quando destruiu os amalequitas?        O erro jazia em que Deus havia ordenado o aniquilamento de tudo. Quando        Saul desculpou-se dizendo que havia guardado as ovelhas e o gado para sacrificá-los,        Samuel replicou: "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar;        e o atender melhor é do que a gordura de carneiros". 1 Samuel 15:22.        Ao tentar assinalar motivos aos mandamentos de Deus, muitos deles são        baseados na Sua vontade soberana, isto é, eles têm sua base        no soberano prazer de Deus. Certo é que Deus tem motivo em tudo que        Ele ordena, mas como Soberano absoluto, Ele não tem por necessidade        revelá-los às Suas criaturas.      
A PROVIDÊNCIA É PREVENTIVA      
Ao governar o mundo, Deus impede muito pecado que em outro caso seria cometido.        Quando pensamos na terrível quantidade de pecado, no grau a que chegou        e nos seus terríveis efeitos, somos aptos em pensar que pecados piores        não poderiam ser extraídos do coração, a fonte        do pecado. Mas Deus exerce uma força reprimidora contra os perversos        para que não cometam todos os pecados a eles possíveis. Deus        disse a Abimeleque: "Eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso        não te permiti tocá-la". Gênesis 20:6. Se este rei mundano        tivesse sido deixado aos seus próprios intentos, ele teria prejudicado        a Sara. Um jovem que ocupava uma posição importante e que        lidava com muito dinheiro foi tentado a roubar, pois nunca seria descoberto.        Mas no dia exato em que havia planejado o roubo, encontrou sobre a carteira        um cartão com o versículo: "Não ajunteis tesouros na        terra". Mateus 6:19. Ele foi impedido de realizar o que planejava, e sempre        via este incidente como um ato da Providência para que não        roubasse aquele dinheiro. E sem dúvida o autor, como também        o leitor, pode lembrar-se de vezes quando também fomos restringidos        de executarmos os desígnios de nossos corações.      
PROVIDÊNCIA É PERMISSIVA      
Deus permite que homens perversos manifestem o mal que há em seus        corações. Em 2 Crônicas 32:31, lemos que Deus deixou        Ezequias "para tentá-lo, para saber tudo o que havia no seu coração".        No Salmo 81:12-13, vemos Deus falando sobre Israel: "Portanto eu os entreguei        aos desejos dos seus corações, e andaram nos seus próprios        conselhos. Oh! se o meu povo me tivesse ouvido! se Israel andasse nos meus        caminhos"! Veja ainda Atos 14:16; Romanos 1:24,28. Certa mulher que havia        sido caluniada, protestou quando alguém disse que Deus havia permitido        tal coisa para seu próprio bem. Ela disse que fora Satanás        que inspirara o falso acusador. Ela precisava aprender que Deus havia permitido        Satanás agir.      
A PROVIDÊNCIA É DIRETIVA      
Deus guia os atos pecaminosos dos homens de maneira a cumprir Seu propósito.        Quando Deus permite sair o mal que jaz no coração humano,        Ele dirige seu curso em uma direção, e não em outra,        para o cumprimento de Seu propósito. Desta maneira os atos pecaminosos        dos homens tornam-se os atos santos de Deus. Os irmãos de José        pecaram ao vendê-lo como escravo, mas por causa duma providência        dominante, ele pôde dizer-lhes: "Assim não fostes vós        que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por        Pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em        toda a terra do Egito". Gênesis 45:8. O que fez tal ato ser pecaminoso        fora o motivo. José lhes diz novamente: "Vós bem intentastes        mal contra mim, porém Deus o intentou para bem, para fazer como se        vê neste dia, para conservar muita gente com vida". Gênesis        50:20.      
A PROVIDÊNCIA É DETERMINANTE      
Deus determina os limites atingidos pelas paixões vis de Suas criaturas        e a medida de suas conseqüências. Deus determinou os limites        a que Satanás podia operar na aflição de Jó.        "E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está        em tua mão; somente contra ele não estendas tua mão".        Jó 1:12. E concernente ao segundo desafio de Satanás para        com Jó, Deus disse: "Eis que ele está na tua mão; porém        guarda a sua vida". Jó 2:6.      
Isto serve de ilustração do que temos em 1 Coríntios        10:13: "Mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar        acima do que podeis, antes com a tentação dará também        o escape, para que possais suportar".      
O ALVO DIVINO      
Qual é o alvo ou propósito divino em Sua administração?        Qual a finalidade de Seu governo? Para o prazer, ou ganho de quem este mundo        está sendo dirigido? Quais serão os resultados finais e manifestos        do governo divino?      
NEGATIVAMENTE      
1. O objetivo da providência divina não é o prazer        e ganho do diabo. Se olharmos aos acontecimentos deste mundo com vista curta,        poderemos pensar que Deus está lisonjeando o diabo; que sua diplomacia        é a de apaziguar a Satanás. O diabo parece ter muito poder.        Pedro o assemelha a um leão faminto à procura de presa. Ele        aparentemente está obtendo sucesso. Mas olhando ao destino final        do diabo, vemos que Deus não está governando para o prazer        nem ganho de Satanás. Vá a uma fazenda e veja os porcos que        estão a engordar. De início talvez pensemos que a fazenda        toda está centralizada para o benefício destes porcos. Nada        fazem senão comer e descansar, tudo o que os porcos desejam. Mas        siga estes porcos ao matadouro e mudará o seu modo de pensar.      
2. O mundo também não está sendo governado para a        satisfação dos homens. Deus faz com que tudo opere para o        bem dos Seus filhos, mas não para o bem de toda a humanidade, como        um todo. Vejamos estes fatos: milhões de pessoas nascem em miséria,        vivem em miséria, morrem em miséria, e passarão a eternidade        na miséria do inferno. Do mesmo modo milhões nascem em pecado,        vivem em pecado, morrem em pecado, e passarão a eternidade num inferno        de pecado. Seremos tão audazes quanto a isto ao afirmamos que se        Deus está governando o mundo para o bem da humanidade, Ele está        falhando miseravelmente? Pense os milhões de jovens que estão        lutando nas guerras hoje, não por escolha própria, mas por        causa de circunstâncias que estão além de seu controle.        O alvo de Deus não é a alegria da raça humana. Se fosse        não haveria cidades bombardeadas e queimadas; não haveria        mulheres chorando, crianças famintas, homens sangrando e moribundos        nos campos de batalha.      
POSITIVAMENTE      
Deus está governando o mundo para o bem máximo; com a finalidade        mais nobre e grandiosa. Que bem é este? Qual seria o alvo supremo        de Seu governo? O que seria de mais importante no universo? Quem é        o ser mais importante do universo? Estas perguntas nos encaminharão        à resposta que procuramos para a pergunta: Qual a finalidade do governo        divino.      
1. O bem máximo não é o prazer nem o ganho do diabo.        Ele é inimigo de Deus e do bem. Ele não é pessoa mais        importante, e seu bem estar nem sequer faz parte do objetivo de Deus.      
2. O bem máximo não é o bem-estar da raça humana.        O homem é o centro da criação, mas comparados a Deus        todos os habitantes são como nada. Daniel 4:35. Paulo, falando de        si mesmo e Apolo como obreiros de Deus, confessou que eram nada. 1 Coríntios        3:7.      
3. O bem supremo, o alvo máximo do governo divino é a glória        de Deus. Chegamos a esta conclusão seguindo duas maneiras de pensar:        primeiramente, o dever do homem, e em segundo lugar, o testemunho das Escrituras.      
(a) O dever principal do homem deve ser o mesmo que o alvo de Deus. O que        Deus exige do homem é igual ao Seu alvo de governo. Deus não        requereria uma coisa do homem ao mesmo tempo em que Ele tivesse outra finalidade        em Sua administração. Uma ilustração: Nosso        governo exigiu um esforço de todos os nossos cidadãos para        uma vitória na Segunda Guerra, e o que o governo exigiu dos cidadãos        era igual a seu objetivo: vitória na guerra. Assim, o dever principal        do homem é glorificar a Deus. "Portanto, quer comais quer bebais,        ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para glória de        Deus". 1 Coríntios l0:31. Veja também Colossenses 3:23; 1        Coríntios 6:20. Devemos colocar Deus em primeiro lugar em nossas        orações. Sua glória vem antes das nossas necessidades.        Mateus 6:9.      
(b) As Escrituras declaram que o alvo divino ao dirigir este mundo é        a glória de Deus. Apocalipse 4:11 diz que todas as coisas existem        para o prazer de Deus. Romanos 11:36 nos dá esta verdade em palavras        maravilhosas: "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas:        glória, pois a ele eternamente. Amém". Weymouth traduz assim:        "Tudo procede dele, existe por Ele, e para Ele. A Ele seja a glória        eternamente! Amém". Dr. Robertson, em "Palavras Pitorescas," diz:        "Com estas três preposições Paulo atribui o universo        com todos dos fenômenos que concernem a criação, redenção,        e providência a Deus, como fonte, o agente, e o alvo". Ele diz também        que Alford apresenta esta doxologia dos versículos 33 a 36 como o        "apóstrofe mais sublime que existe mesmo dentro das páginas        desta inspiração".      
Deus é a única Pessoa em todo o universo que tem a direito        de agir para Sua própria glória. Sua glória é        a regra de todas Suas ações, e Sua glória é        a regra da conduta humana. Sim, o dever principal do homem é glorificar        a Deus e ter comunhão com Ele eternamente.      
Salvação não é principalmente para o nosso        bem, mas para sua glória. Em Efésios 1:5 lemos: "E nos predestinou        para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo        o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória de sua        graça". E em Efésios 1:11: "Nele, digo, em quem também        fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito        daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade, com        o fim de sermos para louvor de sua glória". Deus está salvando        pecadores para que Ele possa mostrar taças de Sua graça a        um universo espectador nos tempos vindouros. Efésios 2:7.      
Se o autor conhece o mínimo de seu próprio coração,        existem duas coisas com que ele está completamente satisfeito. Em        primeiro lugar ele está satisfeito com o que Jesus Cristo fez por        ele na cruz do Calvário, quando pelo sacrifício de Si mesmo,        Ele tirou toda a nossa culpa. Nós nos encontramos satisfeitos porque        Deus Se satisfez com o sacrifício. Não temos outra teoria        para redenção, senão a de "satisfação"        seja qual for o nome dado a esta. Em segundo lugar, estamos satisfeitos        com a providência de Deus em nossa vida. O caminho não tem        sido sempre plano nem agradável, mas cremos que os caminhos de Deus        foram proveitosos e para o nosso bem.       
Revisão 2004: David A Zuhars Jr
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