É  verdade que, onde abundou o pecado, superabundou a graça; então,  “permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” A  genuína pregação do evangelho da salvação somente pela graça sempre leva  à possibilidade desta censura ser lançada contra a graça. Não existe  melhor teste para sabermos se um homem está realmente pregando o  evangelho do Novo Testamento: algumas pessoas o entendem mal e o  interpretam de maneira errada, de modo que chegam à seguinte conclusão:  visto que fomos salvos apenas pela graça, realmente não importa tudo que  fazemos, podemos continuar pecando como queremos, pois isto redundará  em mais glória da graça de Deus. 
Este  é um excelente teste para avaliarmos a pregação do evangelho. Se minha  pregação deixa de expor o evangelho ao ponto de gerar este  mal-entendido, realmente não estou proclamando o evangelho. Pretendo  explicar o que estou afirmando. Se um homem anuncia a justificação por  meio de obras, jamais teremos aquele entendimento errado. Se ele diz:  “Você deseja ir ao céu? Então precisa parar de cometer pecados, viver um  vida repleta de boas obras e observar certas coisas até à sua morte,  deste modo será um cristão e irá ao céu, quando morrer”. 
O  pregador da mensagem acima não será acusado de ter dito: “Continuemos a  pecar, para que a graça seja abundante”. Mas todo fiel pregador que  anuncia o evangelho tem sido acusado de anunciar uma mensagem que  estimula a pecar! Todos eles têm sido acusados de “antinomianismo”  (estar contra a lei). 
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