(A  vida cristã) não é vida que no início seja lindamente ampla e que, à  medida em que você prossegue, vá ficando cada vez mais estreita. Não! Já  desde o portal, no próprio caminho de entrada a essa vida, há vereda  estreita. . . 
Muitíssimas  vezes têm-se a impressão de que ser cristão é, afinal, bem pouco  diferente de não ser cristão, de que você não precisa pensar no  cristianismo como uma vida estreita, mas como algo atraente, maravilhoso  e emocionante, e de que entramos ali formando multidões. Isso não está  de acordo com nosso Senhor. 
O  Evangelho de Jesus Cristo é por demais honesto, para ficar dirigindo  convites dessa natureza às pessoas. Ele não tenta persuadir-nos de que  se trata de algo fácil, sendo que só mais tarde começaremos a descobrir  quão difícil é realmente. O Evangelho de Jesus Cristo apresenta-se  franca e incondicionalmente como algo que começa com uma entrada  estreita, com uma porta estreita. . .
É-nos  dito logo no início deste caminho da vida, antes de começarmos a  marcha, que se queremos percorrê-lo há certas coisas que terão de ser  deixadas de lado, para trás de nós. Não há espaço para elas passarem,  porque temos que começar entrando por uma porta estreita e apertada.  Gosto de imaginá-la como um torniquete. A porta é bem parecida com um  torniquete que admite uma pessoa por vez, e somente uma. E é tão  estreita que há certas coisas que você simplesmente não pode levar com  você. Desde o começo o caminho é exclusivo, e importa que examinemos o  Sermão da Montanha para vermos algumas coisas que é preciso deixar  atrás.
A  primeira coisa que deixamos para trás é o que se chama de mundanismo.  Deixamos atrás a multidão, o modo de viver do mundo. . . O modo cristão  de viver não goza de popularidade. . . Você não pode levar a multidão em  sua companhia na carreira da vida cristã; esta, inevitavelmente, requer  rompimento.

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