. . : que significa «pobre de espírito» . . . ? É o que disse Isaías (57.15): «Porque  assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome  de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o  contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e  vivificar o coração dos contritos». É espírito dessa qualidade, e você encontra infindáveis ilustrações dele no Velho Testamento. 
Foi  o espírito de um homem como Gideão, .por exemplo, que, quando o Senhor  enviou um anjo para comunicar-lhe os grandes feitos que lhe cabia  realizar, disse: «Não, não, isso é impossível; eu pertenço à menor tribo e à família mais pobre da tribo».  Não se tratava de um humilde fingido; era um, homem que de fato  acreditava no que dizia e que se encolhia ante o simples pensamento de  grandeza e honra, achando-o incrível. Foi o espírito de Moisés, que se  sentiu profundamente indigno da tarefa que lhe foi imposta e estava  consciente de sua insuficiência e inadequabilidade. Este espírito se  encontrava em Davi, quando disse: «Senhor, quem sou eu para que viesses a mim?»(Este  fato era-lhe incrível, e o deixou espantado. O mesmo espírito se  percebe em Isaías, exatamente do mesmo modo. Havendo tido uma visão, ele  disse: «Sou homem de lábios impuros». É isso que se chama «ser pobre de  espírito», e pode ser percebido através das páginas do Velho  Testamento.
Vejamo-lo,  porém, no Novo Testamento. Você o vê bem, por exemplo, num homem como o  apóstolo Pedro, que de natural era agressivo, auto-afirmativo e  auto-confiante — um típico homem moderno do mundo, transbordante dessa  confiança e crendo em si mesmo. Mas, observe-o quando ele, de fato, vê o  Senhor. Diz ele: «Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador».  Observe-o mais tarde, como ele presta tributo ao apóstolo Paulo, em 2  Pedro 3.15,16. Mas. . . ele nunca deixou de ser arrojado; não se tornou  vacilante e tímido ... A personalidade essencial permanece; todavia, ao  mesmo tempo, é «pobre de espírito».
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