O batismo é talvez o assunto mais controvertido na Bíblia. Por  séculos ele tem sido um campo de batalha teológico em que muitos nobres  soldados da cruz lutaram, sangraram e morreram. Talvez mais sangue de  mártires tem sido derramado por causa do batismo que por qualquer outra  coisa. A controvérsia tem rugido principalmente em redor de quatro  aspectos do batismo. Nossa discussão , portanto, tratará desses quatro  aspectos. 
 I. O ADMINISTRADOR 
  Faz alguma diferença quem é administrador do batismo? Dizem  alguns que não. Argumentam que o batismo é um ato de obediência  por  parte do batizando e que o administrador não é importante; mas os que  assim pensam imaginam que teria sido a mesma coisa aos olhos de Deus se o  povo nos dias de João Batista tivesse recebido o batismo de algum  fariseu ou saduceu em vez de receber o de João? Naquele tempo Deus teve  um administrador divinamente indicado e Nosso Senhor andou em grande  distância para receber o batismo de suas mãos. Se Deus, naquele tempo,  teve um administrador divinamente indicado, não é crível que ele tenha  um hoje? Cremos que tem. Notemos: 
 1. O BATISMO É UMA ORDENANÇA DA IGREJA. 
 Para prova disto oferecemos as seguintes passagens: 
 (1) Mat. 28:18-20. 
 No logar supra, como é bem sabido, temos o relato de Mateus da última comissão de Cristo, comumente chamada de grande comissão. 
 A quem estava Cristo falando quando Ele pronunciou Sua última  comissão? A promessa que a ela se junta mostra que ele não estava  falando aos apóstolos como indivíduos. Ele prometeu sua presença até o  fim dos séculos. Certamente ele não pensou que os apóstolos viveriam  tanto assim. Então ele deve ter-se-lhes dirigido em alguma capacidade  oficial ou corporada. Dirigiu-se-lhes como a um corpo discente  apostólico que era para se perpetuar? Dificilmente pensamos assim, desde  que nada se diz sobre a perpetuação do oficio apostólico. Para ser  membro dos doze originais foi necessário que alguém tivesse acompanhado  os demais desde o batismo de João e tivesse sido testemunha da  ressurreição (Atos 1:21-22). Paulo foi um apostolo num sentido levemente  mais amplo: em que ele teve uma comissão pessoal de Cristo, que lhe  apareceu e lhe comissionou na estrada de Damasco. Num sentido ainda mais  amplo outros se chamam apóstolos. Mas não se dá um indicio da  perpetuidade do ofício até o fim dos tempos, nem há um indicio que o  ofício pudesse ser transmitido de um para outro. 
  Cremos que Cristo falou aos apóstolos como constituindo a igreja. Isto cremos porque: 
  A. A Igreja é o Corpo de Cristo 
 Assim é representada muitíssimas vezes para que se precise de  mencionar referências escrituristicas. Desde que a cabeça executa as  obras através do corpo, cremos que Cristo cometeu sua obra ao seu corpo. 
  B. A Igreja é o Templo do Espírito Santo. 
 Vide 1 Cor. 3:116. nesta passagem, Paulo não estava falando do  corpo humano do crente, o qual noutro logar se chama o templo do  Espírito Santo (1 Cor 6:19); mas falando plenamente da igreja. Este  capítulo trata do edifício da igreja.  
 Desde que a Igreja é o templo do Espírito Santo e o Espírito  está aqui para dirigir a obra de Cristo, parece que é por meio de Igreja  que ele fará sua obra; logo, que foi à Igreja que Cristo deu a grande  comissão. 
 C. A Igreja é coluna e fundamento da verdade. 
 Vide 1 Tim. 3:15. A verdade toda está contida na grande  comissão. Desde que a Igreja é coluna e fundamento da verdade, a  comissão deve ter sido confiada a ela. 
 (2) 1 Cor. 12:13. 
 Reza a escritura: "Num Espírito fomos todos batizados num  corpo". Sustentam alguns que esta passagem se refere ao batismo no  Espírito Santo. Não há fundamento escrituristico para tal noção. Não há  na escritura indicio algum que cada crente receba o batismo do Espírito  na ou depois da regeneração. Isto é uma presunção pura e simples. 
 Esta passagem dignifica que estar no ou sob o poder do Espírito  Santo fomos todos trazidos pelo Senhor ao batismo e assim fomos feitos  membros de seu corpo, a igreja local. Assim o batismo é a porta  cerimonial para a Igreja. 
 Sendo isto verdade e sendo também verdade que a Igreja é um  corpo democrático, segue-se que ela tem o cargo de sua própria porta;  ou, em outras palavras, a igreja tem autoridade de receber membros. Está  isto implicado na exclusão dos pecaminosos e na sua recepção outra vez  sê se arrependem e quando se arrependem (1 Cor. 5:1-7; 2 Cor. 2:6-8). Em  também está implicado na injunção de Paulo à Igreja de Roma: "ao que  está fraco na fé recebei-o vós" (Rom. 14:1). Assim o batismo é uma  ordenança da igreja. 
 2. O BATISMO, ENTÃO PODE SER ADMINISTRADO SOMENTE POR AQUELES A QUEM A IGREJA AUTORIZA. 
 Sem dúvidas que a Igreja como um todo, não pode batizar; ela  deve realizar a ordenança por meio daqueles a quem ela autoriza, tanto  como Jesus batizou por meio dos apóstolos (João 4: 1,2). 
 Isto levanta duas questões, que consideremos agora; a saber: 
 (1) Pode a Igreja autorizar qualquer um de seus membros a realizar a ordenança do batismo? 
 Para fazer o alcance desta pergunta mais claro, podemos  apresentá-la como segue: a realização do batismo esta limitada ao  ministério, ou pode um leigo oficiar? 
 O Novo testamento não é tão claro neste ponto como noutros, mas o  peso da evidência é em favor da administração do batismo como uma  função peculiar do ministério. Filipe foi primeiro um diácono e então um  pregador. A tradição tem que Ananias, que batizou Paulo, foi mais tarde  Biso de Damasco. A verisimilitude é que ele já era um ancião quando  batizou Paulo. Em todos os outros casos de batismo está evidente que foi  administrado por um ancião. 
 (2) Deveria ser considerada a ordenação como conferindo ao  ministério autoridade para batizar sem outra ação por parte da Igreja? 
 Os apóstolos que tiveram de Cristo sua comissão, e outros, tais  como Felipe e Ananias, que estiveram intimamente associados aos  apóstolos em alguns casos, pelo menos, autorizados diretamente pelo  Espírito Santo, batizaram crentes sem terem o juízo da Igreja sobre o  assunto. Tal foi necessário no tempo quando as Igrejas foram poucas e  vagarosas e difíceis às viagens. Foi parte do regime indicador do  cristianismo. Mas a regra permanente é que o batismo põe alguém no corpo  de Cristo, a Igreja; e, desde que a Igreja é uma democracia e está  responsável a Deus pela fiel execução da grande comissão, ela, devêra,  quando possível e de todo praticável, opinar sobre cada candidato ao  batismo. 
 (3) Devêra um pregador, indo a um campo abandonado, ser  autorizado a batizar crentes sem outra ação por parte de qualquer  Igreja? 
 Respondemos que isto deveria ser feito só quando absolutamente  necessário, como quando um missionário vai para um campo estrangeiro  onde não há verdadeira igreja acessível. Onde tudo é praticável, os  candidatos ao batismo deveriam ser levados a uma igreja visinha em que  possam pedir o batismo. Nalguns casos pode ser achado conveniente à  igreja enviar um gruo de membros seus ao logar onde os candidatos estão,  para recebê-los. Onde nenhum desses planos é fatível, os candidatos  podem ser movidos a fazerem pedido de batismo por escrito às mãos de  alguma Igreja. Em todo caso as igrejas deveriam seguir o curso que  estiver no máximo de harmonia com a democracia da Igreja e o que for  mais seguro em principio. 
 II. O CANDIDATO 
 Quais são as qualificações, se alguma, devem ser possuídas pelo  candidato antes de o batismo ser devidamente administrado? A posição de  alguns é que a única qualificação requerida de adultos é "um desejo de  fugir da ira vindoura e salvar-se de seus pecados" (Wesley) (*). Outros  ensinam que uma simples fé intelectual na deidade de Jesus Cristo  qualifica alguém para o batismo, sustentando também que o batismo tem  eficácia salvadora. Para uma discussão das passagens em que se baseiam  para ensinar que a fé evangélica é uma simples crença intelectual que  Jesus Cristo é o filho de Deus, vide o capítulo sobre arrependimento e  fé. É também sustentado por alguns que as criancinhas dos crentes podem  adequadamente receber o batismo. 
  Mas, que dizem as escrituras? As escrituras são claras e iniludíveis no seu ensino que: 
 1. A FÉ SALVADORA PESSOAL É UM PRÉ-REQUISITO DO BATISMO. 
  A fé salvadora é confiança e firmeza em Jesus Cristo como  salvador pessoal todo-suficiente de alguém. Para mais discussão vide o  capítulo supra referido. 
 (1) Não há nas escrituras indicação alguma de qualquer pessoa que alguma vez foi batizado sem fé. 
  A. Onde se dão as minúcias, aí está claramente indicada à fé dos batizandos. 
  Para casos destes, vide Atos 2:41; 8:12-37; 18:8; 19:4. Duas  destas passagens (Atos 8:37 e 19:4) bastam para mostrar que a conexão de  fé com batismo nestas mesmas não é incidental nem acidental. Em Atos  8:37 temos a declaração virtual de Filipe que o Eunuco não podia ser  batizado, salvo se cresse. Em Atos 19:4 está claro que Paulo batizou os  doze homens porque não tinham compreendido corretamente a pregação de  João Batista, de fé no Messias vindouro (pregação imperfeitamente  transmitida por Apolos a eles, quiçá), logo, não tinham crido, a assim  tornaram inválidos o seu primeiro batismo. 
 B. Noutras passagens onde os pormenores não estão feitos explícitos, está subentendida a fé dos batizandos. 
  Vide Mat. 3:1,2,6; Mat. 28:19; Marcos 16:16; João 4:1; Atos  9:17-18; 10:47; 16:30-33. João pregou o arrependimento e exigiu frutos  dignos do arrependimento daqueles que ele batizou. E o arrependimento e a  fé são graças sincrônicas, inseparáveis. Na grande comissão Jesus  engatou fé com batismo (Marcos 16:16) e colocou discipular antes de os  batizar (Mat. 28:19). A versão Revista Inglesa retamente traduz esta  passagem para que se leia: "Fazei discípulos de dotas as nações", em vez  de "ensinai todas as nações"; porque a palavra traduzida "ensinando" no  verso seguinte é diferente da palavra no verso 19, que esta traduzida  por "ensinai" na versão comum. Que os discípulos não se fazem por  batismo está evidente em João 4:1, que indica que tanto João como Jesus  "fizeram e batizaram discípulos". Em o Novo Testamento os discípulos  foram primeiro feitos e então batizados e a versão da grande comissão  por Marcos mostra que os discípulos foram feitos por meio da pregação do  evangelho e fé nele. O alegado batismo de criancinhas irresponsáveis no  caso do batismo de família será tratado quando viermos a falar do  batismo infantil. 
 (2) O Simbolismo da Ordenança Exige fé por parte do batizando. 
  O simbolismo do batismo está claramente estabelecido em Rom.  6:2-5 e Col 2:12. ele significa nossa morte para o pecado e ressurreição  para andarmos em novidade de vida. Semelhante experiência só pode vir  por intermédio da fé. A passagem de Colossenses nos informa que ela vem  "pela fé no poder de Deus" (*) . 
 2. LOGO SOMOS PARA BATIZAR SOMENTE OS SALVOS, PRESUMIDADMENTE 
  Se a fé exigida como um pré-requisito do batismo é a fé  salvadora, então só o povo salvo é balizável. Que esta fé é fé salvadora  está feito evidente pelo fato que a salvação está condicionada sobre a  fé e diz-se que o crente possuía vida eterna. Vide Atos 16:31; Efes.  2:8-10; João 5:24. Não somos para batizarmos gente para podermos  salvá-la, nem porque quer salvar-se, mas só porque já está salva. O  simbolismo da ordenança prova isto ainda mais. Quando alguém está  batizado sem ter morrido por meio do poder regenerador do Espírito Santo  para o pecado, que é o único modo porque alguém pode morrer para o  pecado, professa uma falsidade perante o mundo.  
 3. BATISMO INFANTIL, PORTANTO, É PROIBIDO 
  O batismo  infantil está deixado sem qualquer autoridade ou  fundamento na Escritura. Fé é um pré-requisito do batismo e como tal  está indicado, implicado ou exigido por qualquer passagem da Escritura  no tocante à questão. Barrando o alegando batismo de criancinhas no  batismo de famílias, o qual disporemos já, não há na Escritura a mínima  parecença de um indício que criancinhas foram algures batizadas. Foi  incisivamente dito que as passagens usadas pelos advogados do batismo  infantil caem em três classes: uma menciona batismo, mas não menciona  criancinhas.  Outra classe menciona criancinhas, mas não mencionam  batismo  e uma terceira classe não menciona nem criancinhas nem batismo.   
  Alguns pedobatistas, sob o peso da evidência contra eles, tem  gravitado à posição de considerarem o batismo de criancinhas como pouco  mais que uma dedicação delas ao Senhor tanto como dedicamos edifícios.  W. A. Swift, numa série de artigos em The Methodist Herald (ora  extinto), de Jackson, Tenessee, sobre "Porque os Methodistas Batizam por  Derramamento e Batizam Criancinhas, assim argúi: Diz ele: "Porque  dedicam uma igreja a Deus? Porque dedicam um navio, um monumento  granítico ou qualquer outra coisa? Não são as crianças de mais valor do  que as pedras e edifício?" E Swift conta de um culto numa igreja batista  em Chicago na qual duas mães dedicaram suas crianças a Deus como Ana e  Samuel, mas sem o emprego de água. E ele acrescenta: "porque prejudica  usar água?" Um argumento assim submete a idéia que o batismo é "um sinal  de regeneração, ou de novo nascimento".  Contudo, os metodistas ainda  assim declaram (?).  
  E à luz dos fatos escrituristico pré-citados muitos eruditos  pedobatistas não tentarão manter que o batismo infantil foi uma  instituição apostólica. Isso veremos em notar:  
 (1). O testemunho de pedobatistas eruditos sobre o batismo infantil.  
   LUTÉRO ? "Não pode ser provado pelas sagradas Escrituras que o  batismo infantil foi instituído por Cristo ou começado pelos cristãos  prístinos depois dos apóstolos."  
  ERASMO ? "Em nenhum logar dos escritores apostólicos está expresso que batizaram criancinhas."  
  OLSHAUSEN ? "Há totalmente em falta qualquer passagem prova  conclusiva para o batismo infantil no tempo dos apóstolos, nem pode para  o mesmo haver qualquer necessidade e deduzir-se da natureza do  batismo."  
  GEORDE EDUARD STEITZ ? SCHAFF ? HERZOG ENCY. ? Art Bapt. ? "Não há nenhum traço de infantil em o Novo Testamento."  
  A. T. BLEDSOE, LL. D. ? "É artigo de nossa fé (Metodista  Episcopal), que o batismo de criancinhas é para de nenhuma maneira ser  retido na igreja, como agradabilidade à instituição de Cristo. Ainda  assim, com toda a nossa pesquisa, não temos podido achar em o Novo  Testamento uma só declaração expressa ou palavra a favor do batismo  infantil." (Southern Review, Vol. 14). E esse mesmo escritor diz:  "Centenas de cultos pedobatistas tem chegado à mesma conclusão,  especialmente desde que o Novo Testamento esteve sujeito a uma exegese  mais íntima, mais conscienciosa e mais cândida do que foi anteriormente  praticada pelos controversistas."  
  H. A. W. MEYER, TH. D. (chamado "o príncipe dos exegetas") ? "O  batismo das crianças, do qual não se acha traço em o Novo Testamento, é  para não ser sustentado como ordenança apostólica..." 
  NEANDER ? "O batismo, no princípio, foi administrado só a  adultos, pois os homens estavam acostumados a conceber batismo e fé como  estritamente ligados. Não aparece qualquer razão para derivar-se o  batismo infantil de uma instituição apostólica e o reconhecimento dele,  que se seguiu um tanto mais tarde, como de tradição apostólica, serve  para confirmar esta hipótese." (Church History).  
  GEORGE HODGE ? "Os recipientes do batismo parecem ter sido  originalmente pessoas de vida madura. O mandamento. "Ide ensinai todas  as nações e batizai-as", e as duas  condições, "Arrependei-vos e sede  batizados", e "O que crer e for batizado" indica adultos" (The Episcopal  Church, Its Faith and Order, pág. 51).  
  A. B. MCGIFFERT ? "Se as criancinhas foram batizadas na era  apostólica, não temos meios de o determinar" (History os Chistianity im  the Apostolic Age, pág. 543).  
  ROBERT RAINY, ao tratar do período A. D. 98-180 ? "O batismo  pressupunha alguma instrução cristã e precedida de jejum. Significava  perdão dos pecados passados e era um ponto de partida visível da nova  vida sob as influências cristãs e com a inspiração dos fins e alvos  cristãos" (Ancient Catholic Church, pág. 75).  
  HARNACK, ao tratar do período pos apostólico ? "Não há traço  seguro de batismo infantil na época; a fé pessoal é uma condição  necessária." (History of Dogma, Vol. I, pag. 20).  
  H. M. GWATKIN ? "Temos boa evidencia que o batismo infantil não  é instituição direta quer do Senhor mesmo, quer dos Seus apóstolos. Não  há traço dele em o Novo Testamento" (Early Church History to 313, Vol.  I, pág. 250).  
  O espaço veda-nos continuar. Estas citações mostram a posição da maioria dos eruditos pedobatistas.  
  Mas, não obstante, à face de tudo quanto foi dito, alguns há  que fazem determinado esforço para provarem que os apóstolos praticaram o  batismo infantil. Daí, notamos:  
 (2). Argumentos a favor do batismo infantil respondidos. 
  A. A tentativa mais atrevida que se tem feito para justificar o  batismo infantil está em buscar provar que a criança está salva. "O  bebe e a pessoa convertida estão ambas num estado correspondendo à  regeneração. Se uma se intitula ao batismo, assim a outra. Se é  necessário batizar um adulto convertido, pela mesma razão é necessário  batizar uma criancinha... Nunca podemos estar seguros de que um adulto  está salvo quando o batizamos, mas, concernentes às crianças, não há  possibilidade de engano (?). E a cerimônia usada pela Igreja Metodista  Episcopal do Sul, quando administra  o "batismo" às criancinhas, reza em  parte com segue: "Caros amados, porquanto todos os homens, ainda que  caídos em Adão, são nascidos nesse mundo em Cristo o Redentor, herdeiros  da vida eterna e sujeitos a graça salvadora do Espírito Santo," etc".  § 
  Quer isso aí dizer que as criancinhas são tão verdadeiramente  salvas quanto às pessoas crentes adultas em idade. Contra isso  observamos: 
  (a) Ou nega a depravação hereditária natural ou nega a  verdadeira natureza da regeneração. Se os advogados do sentimento supra  querem dizer que a criancinha está sem mácula do pecado, então negam a  depravação. Se negam que isto se envolve ao sentimento delas, então  negam a verdadeira natureza da regeneração, porque dizem que as  criancinhas estão em um "estado de responderem à regeneração" e estão  "nascidas neste mundo em Cristo o Redentor, herdeiros da vida eterna".  
  No capítulo sobre o novo nascimento mostramos que a regeneração  purifica todo pecado da alma ou da natureza imaterial do homem, como  evidenciada pelo fato que a alma regenerada vai imediatamente à presença  de Cristo ao morrer e que nenhum pecado entra lá. Não há qualquer  indicação de algo na morte ou depois da morte que prepare ulteriormente a  alma para chegar a Cristo, exceto a simples separação do corpo. E esta é  a única ocasião de sua entrada e não aquela que moralmente ajusta a  alma para a entrada, como provado pelo fato que a alma irregenerada vai  ao tormento imediatamente depois da morte. Se a morte ajustasse  moralmente a alma para a entrada a Cristo, então a alma de todo homem  estaria qualificada para entrar ao morrer.  
  A depravação hereditária natural das criancinhas está patente no Sal. 51:5, 58:3; Jó 
 14:4. Esta última passagem é muito conclusiva: ela declara uma  lei irrevogável que opera em todo o universo. Uma coisa impura não pode  jamais vir de uma impura. Tal pai, tal filho. Mesmo que o pai seja  regenerado, ele não pode comunicar regeneração ao filho.  A regeneração  não é um "fator genético". É uma mudança induzida, da qual nenhuma  quantidade, diz a lei de Mendel, "pode conseguir por si mesma  registrar-se no organismo de modo a vir a este círculo encantado de  caracteres ancestrais que ele só parece estar passado à posteridade"  (Price, Q. E. D., pág. 91). A Palavra de Deus nega que a nova natureza  seja hereditária quando ela declara que os filhos de Deus são nascidos  "não do sangue".  (João 1:13).  
  Há duas passagens que se usam para provarem que as criancinhas  estão salvas. Uma delas se menciona na disciplina metodista citada acima  logo em seguida às palavras citadas. Esta passagem se acha em Mat.  19:14; Marcos 10:14 e Lucas 18:16. Nela, ao falar de criancinhas, Jesus  disse: "Das tais é o reino de Deus" ou "aos tais pertence o reino de  Deus". As citações seguintes mostram a verdade desta passagem:  
  "Tais quer dizer, certamente, pessoas de simplicidade infantil e  aparentemente não significa criancinhas de modo algum. Assim o  memfítico, "para pessoas desta espécie, delas é o reino do céu".  E a  peshito incomoda-se, "para os que são iguais a elas, deles é o reino do  céu". Todos os comentaristas gregos a explicam como significando  puerilidade, nenhum deles mencionando criancinhas como incluídas e  diversos representando expressamente o contrário. Nem nenhum  comentarista grego menciona tanto quanto podemos achar, o batismo  infantil em conexão com esta passagem, ainda que todos eles praticaram o  rito" (Broadus, sobre Mateus).  
  "Não criancinhas, mas homens de disposição infantil" (Meyer).  
  "Dessa referência ao batismo infantil que é tão comum buscar  nesta narrativa, claramente não há o mais leve traço a achar-se. O  Salvador assentou as crianças perante os apóstolos como símbolos de  regeneração espiritual e do simples sentimento juvenil nelas instilado"  (Olshausen).  
  Mas, a despeito do sentido desta passagem, ela não autoriza o  batismo infantil. O fim de Lhe trazer as criancinhas está apresentado  explicitamente e a objeção dos discípulos mostra claramente que isto  mesmo era desacostumado. De maneira que a passagem é morta contra o  batismo infantil, pouco importando que interpretação se ponha sabre as  palavras "dos tais é o reino de Deus."  
  Pode bem ser notado, como nosso estimado contemporâneo, David  Burris, Th. D., disse: "Jesus disse "pequeninos"  (não criancinhas),  deixando-os vir (não sendo elas escouceadas e chorando) a mim" (Infant  Baptism A Sin).  
  A outra passagem usada para provar que as criancinhas estão  salvas está em 1 Cor. 7:14 ? "Porque o marido descrente é santificado na  esposa e a esposa descrente é santificada no irmão; doutro modo vossos  filhos seriam imundos; mas agora são santos."  
  Mas primeiro que tudo, precisa notar-se que esta passagem prova  demais para os pedobatistas, segundo o seu uso dela. Se ela prova que  os filhos da união entre um crente e uma descrente tem direito ao  batismo em virtude de sua ligação com o cônjuge crente, então o cônjuge  descrente também tem direito ao batismo, sem mais qualificações, porque a  mesma santidade que é comunicada aos filhos de uma semelhante união  também se comunica ao membro descrente.  
  A santidade mencionada nesta passagem não é, claramente,  santidade moral, mas somente uma santidade exterior fazendo lícita no  lar a associação do membro salvo. "A justeza do argumento de Paulo pode  ser mais obvia se tiver em mente que a influência judaica era ainda  poderosamente operante na igreja; portanto, é provável que os cristãos  que tinham caído debaixo dessa influência, que tinham maridos ou esposas  descrentes, temiam contaminação ritual por relação conjugal com  descrentes. Isto, contudo, Paulo declara ser infundado temor; porque,  como toda a espécie de alimento é santificado pela oração (1 Tim. 4:5),  de modo que um cristão possa recebê-lo sem contaminação ritual, todo  associado legal ou companheiro na vida é santificado ao cristão." (Alvah  Hovey).  
  E esta passagem realmente prova a falsidade da contenção que  todas as criancinhas estão salvas. Se todas as criancinhas estão salvas,  então todas são santas e o argumento de Paulo seria inadequado.  
 (b). Mais  ainda, esta idéia de salvação infantil nega a  necessidade da regeneração. Quando corretamente trazidas, as palavras de  Jesus a Nicodemos sobre o novo nascimento não são "Exceto um homem,  etc.," como se aplicassem a adultos somente, mas são "Exceto alguém,  etc.". Os Católicos Romanos  usam justamente esta passagem para provarem  que as criancinhas devem ser nascidas de novo para serem salvas e,  assim porque erradamente crêem que o batismo é necessário à regeneração,  acham fundamento para o batismo infantil. Se eles estivessem direitos  na sua idéia de batismo, então totalmente direitos estariam na sua noção  desta passagem. Esta passagem ensina que todos , não excetuando as  criancinhas, devem de nascer outra vez para serem salvas. Quando as  criancinhas que morrem recebem a regeneração, não está revelado na  Bíblia; mas está claro que elas não nascem salvas e que elas devem de  ser regeneradas para serem salvas. Nossa opinião é que a regeneração nas  criancinhas tem lugar no momento da separação entre alma e corpo. Temos  tratado por exemplo da salvação dos que morrem na infância no capítulo  sobre Responsabilidade Humana.  
  B. Outra tentativa de justificar o batismo infantil pela  Escritura quer basear-se no concerto de Deus com Abraão. Este concerto,  segundo os pedobatistas, foi um "concerto da igreja".  E a igreja que se  fundou sobre ele é a mesma como a igreja do Novo Testamento. Cristo  nunca fundou igreja, dizem eles. Neste "concerto da igreja" instituiu-se  a circuncisão como um sinal e um selo. Nos tempos do Novo Testamento  instituiu-se o batismo e substituiu a circuncisão. E desde que Deus  incluiu criancinhas neste concerto e ordenou a circuncisão delas, elas  estão ainda incluídas neste concerto e tem direito ao batismo. Este  concerto com Abraão, no qual seus filhos foram incluídos, foi o concerto  eterno. É por semelhante arrazoamento viciado que os pedobatistas  salvariam suas faces. O argumento supra, argumento pudesse ser chamado,  tem uma falsa proposição em cada sentença, como notaremos agora.  
  (a). A referência ao concerto de Deus com Abraão como um  "concerto da igreja" está totalmente  sem garantia escrituristica. A  palavra "ekklesia" aparece na Septuaginta somente no seu sentido amplo  de uma assembléia. É aplicada aos judeus somente quando reunidos em  assembléia, nunca é usada no sentido de uma instituição ou corpo  permanente. Seguramente que os eruditos entre os pedobatistas devem  saber isto. Quando Cristo disse: "Minha igreja", Ele evidentemente  distinguiu a igreja do Novo Testamento de tudo o mais. A igreja é,  puramente, uma instituição do Novo Testamento e toda a prosa sobre ela  voltar ao Velho Testamento como uma instituição é uma evidência de  crassa e indesculpável ignorância.  
  (b). Da mesma maneira não há garantia escrituristica alguma  para a asserção que o batismo veio em lugar da circuncisão. Nem um  indício de semelhante coisa aparece em qualquer lugar do Novo  Testamento, nem mesmo na discussão da coerência sobre a circuncisão em  Jerusalém. De fato, esta conferência provou que a circuncisão não cedeu  lugar ao batismo; do contrário a questão em foco podia ser resolvida  prontamente por dizer simplesmente que os gentios não estavam obrigados a  serem circuncidados porque o batismo  tomára o lugar da circuncisão;  mas, pelo, contrário, resolvendo e proibindo as contaminações da  idolatria, a impureza, as carnes sufocadas e o sangue, pareceu bem a  conferência e ao Espírito Santo não lhes impor mais encargo algum além  dos já sancionados (Atos 15:28,29), mau grado os perturbadores terem  tocado na circuncisão (v. 24) também. Estivera um pedobatista na  conferência de Jerusalém, seguro estivera de propor a solução... E isso,  a propósito, é prova de que lá não houve pedobatistas. Os crentes  judeus continuaram a praticar tanto a circuncisão como o batismo sem um  indício dos apóstolos em contrário.  
  (c) À parte do concerto abraamico a que a circuncisão  pertencera foi totalmente natural. Os gentios nada absolutamente tem a  fazer com ela. A fase natural do concerto abraamico teve que ver com a  formação de uma grande nação oriunda da semente de Abraão e a herança da  terra de Canaã por essa semente. A fase espiritual do concerto  abraamico teve de ver com a benção de todas as nações por meio da  semente de Abraão. Estes três elementos do concerto de Abraão com Deus ?  um natural e outro espiritual ? podem ser vistos pela consulta de Gên.  12:2,3, 17:7-14, 22:17,18. Agora, quando se deu a circuncisão, não se  fez menção da fase espiritual do concerto; ela teve que ver somente com a  fase natural do concerto.  
  Esta divisão do concerto abraamico numa fase natural e numa  espiritual está confirmada por Paulo na sua afirmação que a semente de  Abraão, à qual pertenciam as promessas, era Cristo. Vide Gal. 3:6.  Sabemos que a promessa de Deus, que a semente de Abraão se tornaria uma  grande nação (Gen. 12:2), e mesmo uma multidão de nações (Gen. 17:4-6), e  que essa semente possuiria a terra de Canaã (Gen. 17:18), foram os  descendentes naturais de Abraão. Daí Paulo podia ter-se referido somente  à promessa que todas as nações seriam abençoadas através de Abraão, no  que Paulo assim se faz nossa autoridade para uma divisão do concerto  abraamico. A promessa de que fala Paulo realizou-se através de Cristo e  nem a circuncisão, nem qualquer outro rito é condição de se participar  dessas bênçãos, que somente em fé estão condicionadas.  
  As duas fases deste concerto com Abraão estão ilustradas em  Ismael e Isaque (Gal. 4:21-30). Ismael nasceu segundo a carne assim  representou a semente natural. Isaque nasceu segundo o Espírito (Gal.  4:29), e assim representou a semente espiritual. A circuncisão teve de  ver somente com semente natural. Todavia, Isaque, porque foi num sentido  um descendente natural e era para participar das bênçãos naturais, foi  circuncidado; mas a semente espiritual, que nada tem a ver diretamente  com as bênçãos do concerto abraamico, também nada tem a ver com a  circuncisão, exceto aquela circuncisão espiritual que é do coração e não  é feita com mãos (Gal. 5:6; Fil. 3:3). E Paulo diz expressamente que  qualquer homem que tentar obter um quinhão na fase espiritual do  concerto abraamico por meio da circuncisão, não o poderá ter (Gal. 5:2).   
  Agora a fase nacional ou natural do concerto abraamico foi um  concerto eterno (Gen. 17:7). Não foi revogado. Foi nulificado,  temporariamente, pela cegueira de Israel, mas Deus não lançou fora a  Israel e ele ainda está para ser ajuntado e tratado sob ambas as fases  do concerto abraamico.  
  (d) Mas esta fase natural do concerto não é o "novo concerto"  de Heb. 8:8-12. Este é o  concerto do tempo da igreja,o concerto da  igreja e também um novo concerto para Israel como uma nação; porque, se  fosse o concerto natural com Abraão, ou se fosse qualquer parte do  concerto abraamico que tivesse a ver com a circuncisão, e o batismo veio  em logar dela, como pretendem os pedobatistas, então batismo seria uma  condição de se participar deste concerto. Isto a maioria dos  pedobatistas protestantes não concederia. Por exemplo, um certo  pedobatista declarou: "O "novo concerto" de Heb. 8:8 é este concerto  abraamico",  (isto é, o concerto ou parte do concerto a que pertenceu a  circuncisão), e então declarou também: "Objetamos a fazer a água  assencial à salvação". O novo concerto é o concerto é o concerto a que  pertenceu a circuncisão e esta deu caminho ao batismo; mas o batismo não  é essencial à salvação! Marque os lógicos para que eles possam  inspecionar esta nova peça de lógica! Assim se conquista a si mesmos os  pedobatistas no campo de batalha.  
  Nada pode ser enxertado na igreja do Senhor Jesus Cristo sob  alegação que ela veio em logar da circuncisão. A igreja do Senhor Jesus  Cristo é para a semente espiritual  de Abraão na sua herança das bênçãos  espirituais do concerto; não é para a semente como tal.  
  C. Contende-se que "Cristo foi batizado quando um bebe aos oito  dias de idade e dedicado ao ofício sacerdotal quando aos trinta anos...  O Seu batismo real da igreja ? o rito iniciatório na igreja judaica ?  ocorreu quando Ele tinha oito dias de idade".  E afirma-se que "nenhum  erudito da Bíblia pode exibir uma só passagem tranchante para provar que  João o Batista, qualquer dos doze apóstolos, ou qualquer do oito  escritores do Novo Testamento, salvo Paulo, foram de qualquer modo  batizados em idade madura. Onde foram batizados Mateus, Marcos, Lucas,  Pedro, etc., se não na infância?"  
  (a). Estranho, na verdade, que, enquanto João administrava o  batismo comum, Jesus veio a ele para a unção sacerdotal. E também  estranho é que semelhante fato raro não recebeu nenhuma atenção de  qualquer dos evangelistas. E por que devera Cristo ter ido a João no  Jordão para unção sacerdotal em vez de ir ao sacerdote no templo. João  era da linhagem sacerdotal, mas não era um levita. Que direito teve  Jesus ao sacerdócio legal, desde que Ele procedeu "de Judá, de cuja  tribo Moisés nada falou no tocante ao sacerdócio" (Heb. 7:14)?  O  contraste ente o modo porque os sacerdotes foram feitos segundo a Lei e o  modo por que Jesus foi feito um sumo sacerdote está exposto em Heb.  7:28.  
  (b). Quanto a João o Batista, estamos prontos a admitir que ele  nunca teve o batismo cristão. Ninguém houve para lho administrar no  princípio e não lhe cabia recebê-lo de um dos seus discípulos em  fidelidade à sua missão. E João o Batista não estava mesmo no reino, no  sentido estrito do Novo Testamento. (Mat. 11:11).  
  (c). Mas aceitamos o desfio de achar uma passagem trachante que  mostre que os apóstolos foram batizados em idade madura. Essa passagem  está em Atos 1:21,22, a qual mostra que todos os apóstolos tiveram de  ser discípulos de João a todos por ele foram batizados. Foi o batismo de  João que de homens constitui seus discípulos. Desafiamos a qualquer  pedobatista para provar o contrário, antes que João foi enviado a  preparar um povo para Cristo, o que ele fez trazendo-os à fé e então  batizando-os.  
  (d). E podemos perguntar por que a exceção admitir no caso de  Paulo?  Asseverou-se que Paulo foi considerado prosélito e, portanto, o  seu batismo judaico, assim chamado, não foi aceito; mas, isso não  oferecer razão, porque, por que foram batizados as multidões que  prontamente receberam a pregação de João o Batista (Mat. 3:5,6)? Foram  todas elas consideradas prosélitas? Se foram, por que deveria qualquer  judeu ter sido considerado mais que um prosélito?  
  (e). Se o batismo judaico, assim chamado, foi suficiente, como  deve ter sido na "igreja judaica", se ela e a do Novo Testamento são as  mesmas, então por que os fariseus e os legalistas foram censurados por  não receberem batismo das mãos de João o Batista? Vide Lucas 7:30. Um  pedobatistas podia ter fornecido esses hipócritas com uma defesa contra a  acusação do espírito Santo contra eles mesmos. E o fato que os fariseus  e legistas não pensaram nesta defesa mostra que, conquanto fossem  hipócritas, não foram pedobatistas.  
  Desde que o pré-citado mostra que a teocracia judaica e a  igreja do Novo Testamento não foram as  mesmas, anula-se o valor  argumentativo, nesta conexão, de todo outro caso suposto de batismo  infantil no Velho Testamento; porque, pouco importando quantas  criancinhas podem ter sido respingadas sob a teocracia judaica, igreja,  em o Novo Testamento, é uma instituição diferente, então nenhum  argumento se fornece para o batismo infantil na igreja.  
  D. O próximo argumento para o batismo infantil que tomaremos em  conta está baseado supostamente em Atos 2:39. Tem sido apresentado  assim:  "Pedro, dirigindo-se a uma multidão de judeus no dia de  Pentecostes, disse (Atos 2:39): "Porque a promessa é para vós e para  vossos filhos".  Podeis compreender esta afirmação? Estes judeus tinham  sido ensinados a receber criancinhas e a dar-lhes o sinal do concerto  abraamico. Não há duvidas para nós sobre as criancinhas serem batizadas  no dia de Pentecostes."  
  Mas esta firmação mui geitosamente omite a última parte da  passagem só no princípio dela citada, segundo a tática costumeira dos  pedobatistas. A última parte explica a passagem e, se devidamente  considerada, mostrará que qualquer criancinha batizada no Pentecostes,  ou em qualquer outro tempo na época novotestementina, foram só aquelas  que foram chamadas do Senhor. Isto necessita serem bastante de idade  para receberem o Evangelho e conduzirem-se por ele. À parte da passagem  que lemos, reza: "Mesmo tantos quantos o Senhor nosso Deus chamar".   Felizes seremos em batizar todos os filhos que o Senhor nosso Deus  chama, mas não mais; porque não temos fundamento para batizar aqueles a  quem o Senhor não autorizou.  
  E. O próximo e último argumento do batismo infantil que  notaremos está baseado nos batismos de famílias mencionadas em pó Novo  Testamento.  
  (a). Semelhante argumento assume duas coisas para as quais não  há provas: (1) Que havia criancinhas nessas famílias; (2) Que essas  criancinhas foram batizadas e isso em oposição direta a tudo revelado na  Bíblia sobre e sentido de batismo e as qualificações dos recipientes do  Batismo.  
  Da Teologia de Knapp (Knapp era pedobatista) lemos:  "Pode  objetar-se contra essas passagens em que está mencionado o batismo de  famílias inteiras, a saber, Atos 10:42-48; 16:15-33; 1 Cor. 1:16, que é  duvidoso se havia criancinhas nessas famílias e, se houve, se foram  batizados então."  
  (b). Uma inspeção dos batismos de cinco famílias arquivados em o  Novo Testamento não deixa prova que seja de batismo infantil, mas  antes, em muitos casos, fornece prova conclusiva do contrário.  
  De Cornélio se diz ter sido "homem devoto, que temia a Deus com  toda a sua casa" (Atos 10:2). E lemos que "o Espírito Santo caiu sobre  eles que ouviram a Palavra" (Atos 10:44), coisa que se evidenciou por  eles falarem línguas (v. 46). Se houve quaisquer criancinhas na família  de Cornélio, elas não foram incluídas quando a sua casa foi mencionada  na sua relação com Deus, daí não seria batizada. E, outra vez, se  quaisquer crianças foram batizadas nesta ocasião, então também elas  receberam o Espírito Santo e falaram em línguas.  
  A probabilidade forte é que Lídia não era mulher casada: uma  comerciante e ao tempo de sua conversão tão  longe de sua casa em  Tiatira. Mesmo se tivesse sido casada, o fato de ela estar em negócio  fá-lo-ia inverossímil que ela tivesse filhos. Sua família, não resta  dúvida, consistia de servos e empregados, como na "casa de César" (Fil.  4:22). Esta expressão não pode referir-se ou incluir qualquer dos filhos  de Nero, pois certamente nenhum deles era membro da igreja em Roma.  
  Quando Paulo disse ao carcereiro de Filipos: "Crê no Senhor  Jesus Cristo e serás salvo, tu e tua casa", suas palavras significam que  os demais membros da família do carcereiro eram para ser salvos pela  sua fé pessoal e não, certamente, pela fé do carcereiro; porque, se  assim fosse, então os adultos na família eram para salvar-se sem fé  pessoal. E está dito que o carcereiro "regosijou-se grandemente, com  toda a sua casa, tendo crido em Deus." Tudo isto mostra que, ou não  havia criancinhas na família do carcereiro ou então não foram tomadas em  consideração nas coisas que se desenrolaram naquela noite.  
  Nada se dá dos pormenores da conversão da família de Estefanas.  Diz-nos Paulo que ele e sua família estavam entre os poucos que ele  batizará em Corinto (1 Cor. 1:16). Mas três ou quatro anos mais tarde  Paulo escreveu à igreja de Corinto e falou da família de Estefanas como  "se tendo dedicado ao ministério dos santos" (1 Cor. 6:15). É incrível  que se dissesse isto de uma família batizada há poucos anos prévios e  que no seu batismo incluíra criancinhas.  
  No caso de Crispo, regente da sinagoga em Corinto, diz-se  distintamente que "ele creu em Deus com toda a sua casa".  Aqui não há  criancinhas.  
  De modo que este caso dos batismos de família é o em que se  arrimam tanto os pedobatistas. Nem um vislumbre da evidência de haver  criancinhas em quaisquer dessas famílias e muito menos que elas teriam  recebido o batismo se lá estivessem estado.  
  Não desperdiçaremos tempo respondendo às tentativas dos  pedobatistas para justificarem o batismo infantil com argumentos outros   que não os tirados da Escritura. Estes estudos estão preparados para os  que crêem em seguir a Cristo e os apóstolos e nenhum argumento pode  induzir os tais a favorecer aquilo que é subversivo às suas práticas e  isto é certamente  verdadeiro do batismo infantil.  
 III. O DESIGNIO 
  Qual é o fim ou designo do batismo? É o para a salvação, como  alguns mantêm? Ou é, como outros contendem, para o fim de manifestar  salvação, exibindo a morte do crente para o pecado e a ressurreição para  a justiça ? Tomamos posição que a última é verdadeira. Em consideração  desta posição assumimos:  
 1. AS PASSAGENS QUE MOSTRAM QUE O BATISMO NÃO TEM EFICÁCIA SALVADORA. 
  Todas as passagens que nos contam que a salvação não é de  obras, tais como Rom. 4:1-6, 11:6; Efe. 2:8-10; Tito 3:5, mostram que o  batismo não tem eficácia salvadora. O batismo é uma obra, um ato físico.  Jesus implicou, distintamente, que é uma satisfação da justiça (Mat.  3:15). Está assim estabelecido como uma obra de justiça.  
  Todas as passagens que condicionam a salvação sobre o  arrependimento e a fé só mostram que o batismo não tem eficácia  salvadora. Vide João 3:16,18; 5:24; Lucas 13:3; Atos 16:31; Rom. 4:5;  Efe. 2:8. Se o batismo é essencial à salvação, porque foram elas  deixadas destas passagens que se propõem apontar o caminho da vida aos  perdidos? Verdade é que todas elas não mencionam tanto o arrependimento  como a fé, mas a razão disto é que tanto o arrependimento como a fé  estão entrosadas uma noutra. Mas isto não é verdadeiro quanto ao  batismo.  
  Em 1 João 1:7 e todas as passagens iguais, por mostrar que o  sangue de Jesus purifica do pecado, proíbe a crença que o batismo tem  poder purificador. E sabemos que nada há no batismo que lhe dê poder de  atualmente  purificar a alma. Ele pode salvar a imundícia corporal, mas  nunca a corrupção ou culpa morais.  
  Então Pedro diz distintamente que o batismo "não é o despojo da  sujeira da carne, mas a resposta de uma boa consciência para com Deus."  (1 Ped. 3:21).  
  Para outra consideração da relação do batismo com a salvação, vide o capítulo sobre o Novo Testamento.  
 2. AS PASSAGENS QUE ALGUNS TOMAM COMO DANDO AO BATISMO EFICÁCIA SALVADORA. 
  Outras passagens há que alguns tomam como ensinando que o  batismo tem eficácia salvadora. Já vimos que semelhante sentido é  estranho à Escritura como um todo, mas examinaremos estas passagens, de  modo que vejamos inteiramente que elas não estão fora de harmonia com  outra Escritura.  
 (1). Marcos 16:16 ? "O que crer e for batizado será salvo."  
  Se esta passagem fosse tomada isoladamente, pareceria ensinar  que a salvação está condicionada tanto sobre a fé como sobre o batismo.  Mais isto não pode ser verdadeiro à luz de outras passagens plenas. À  luz da Escritura como um todo, e isto é o único método são de  interpretar qualquer passagem, esta passagem aqui não pode significar  mais que o que crê e prova a genuidade de sua fé por ser batizado será  salvo. Precisamos de nos lembrar que alguém pode crer em vão (1 Cor.  15:2). Alguém pode ter só uma fé intelectual, que é uma fé morta (Tia.  2:20). Isto é a espécie de fé a que  se alude em Mat. 13:20. Notai  também a força da última parte desta passagem. Não diz: "O que não for  batizado será condenado" mas "o que não crer", etc. Assim vemos que é a  fé que salva. O batismo e outros atos de obediência só provam a  genuidade de nossa fé.  
 (2). João 3:5 ? "Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus."  
  Para muitos "nascer da água" refere-se ao batismo, e tomam esta  passagem como ensinando que o novo nascimento se cumpre no batismo; mas  à luz da Escritura como um todo não podemos entender esta passagem como  ensinando a regeneração batismal. Outros têm entendido  "nascer da  água" como se referindo ao nascimento natural. Pensam que Jesus disse:  "Se um homem nascer da carne e do Espírito, ele não pode entrar no reino  de Deus." Mas a Jesus foi desnecessário dizer que um homem não podia  entrar no reino de Deus sem ser nascido da carne. Ninguém suporia  diferente. E parece manifesto que a passagem se refere só a um  nascimento; ela não diz:  "Se um homem for nascido da água  e também do  Espírito", etc. Aqui entendemos água ser símbolo da Palavra. A favor  desta interpretação urgimos as seguintes considerações:  
  A. A regeneração é uma lavagem. Tito 3:5. 
  B. A regeneração é por meio da Palavra. Tia. 1:18; 1 Ped. 1:23. 
  C. A palavra é comparada com a água no seu poder purificador.  Efe. 5:25,26.  
  Agora, quando todos estes fatos se ajuntam, pensamos que não há  nada mais simples senão que "nascer de água" quer dizer "nascer da  Palavra".  Assim temos em João 3:5 uma alusão tanto ao agente (O  Espírito) como ao instrumento (a Palavra) em o novo nascimento.  
 (3). Atos 2:38 ? "Arrependei-vos e sede cada um de vós batizados  em o nome de Jesus Cristo para remissão dos pecados e recebereis e  Espírito Santo."  
  Ao considerarmos esta passagem, notemos:  
  A. A pergunta feita no verso precedente não é a restrita: "Que  devo fazer para me salvar?" de Atos 16:30, mas a ampla: "Que faremos?"  Logo não é estranho que tenhamos uma resposta mais ampla do que Atos  16:31.  
  B. O arrependimento está colocado antes do batismo e quando  alguém se arrependeu, já está salvo e portanto não pode ser batizado  para poder salvar-se. O arrependimento é uma mudança completa de mente  baseada numa nova disposição que foi implantada pelo Espírito Santo. O  arrependimento e a fé  são inseparáveis e simultâneas, como se mostra no  fato que algumas vezes se menciona um e algumas vezes outra isolados  como o meio de salvação. E quando alguém creu, já um filho de Deus. Vide  1 João 5:1.  
  C. A passagem não diz: "Sede batizados para ou na recepção da  remissão de pecados" e o que afirma que este é o sentido deve arcar com o  ônus da prova.  
  D. O sentido da passagem, como interpretada à luz do teor geral  da Bíblia e seu ensino é:  "Sede batizados para ou no reconhecimento,  simbolizando ou mostrando a remissão dos pecados."  
  Não faz diferença quer sigamos a versão comum e lemos "para" ou  a revisão e lemos "na"; o sentido é o mesmo e o Novo Testamento  proporciona incisivas ilustrações do sentido.  
  Se "para" for tomado como a tradução correta inglesa da  preposição grega "eis", então vamos a Lucas 15:12-14 para uma  ilustração: aqui, um homem já purificado de lepra é mandado: "Mostra-te  ao sacerdote e oferece PELA tua purificação como Moisés ordenou para que  lhes sirva de testemunho." Foi para o homem oferecer sacrifício POR uma  purificação que ele já recebera. Da mesma maneira somos batizados PARA a  remissão dos pecados já recebidos. O antecedente entendido de "lhes" é o  povo em geral. Assim o batismo é um testemunho de nossa parte a todos  que a observem que estamos salvos.  
  Se "para" for considerado como a tradução adequada, então temos  duas excelentes ilustrações do significado. A primeira acha-se em Mat.  3:11, onde João fala do seu batismo como "para arrependimento." Isto não  pode significar que João batizava o povo para que ele se arrependesse,  que o batismo nada tem em si que possa produzir  arrependimento. Por  outro lado João representava o arrependimento como uma condição prévia  de batismo e com ele muitíssima gente concorda. O sentido é que João  batizava para o reconhecimento do arrependimento.  
  Uma outra passagem oportuna aqui é 1 Cor. 10:2. Neste lugar se  diz que os israelitas "foram todos batizados EM Moisés na nuvem e no  mar." O sentido é que como o povo atravessou o Mar Vermelho, escondido  dos egípcios pela nuvem e pelo mar, lhes foi mostrado estarem cometidos a  Moisés como seu líder. Não o arranjaram como seu líder pela passagem.  
  E. Um tratamento mais além por Pedro das relações de batismo  para salvação, achado em 1 Pedro 3:20, corrobora a interpretação que  temos dado.  
  Nesta última passagem Pedro diz que o batismo salva somente no  sentido em que a água do dilúvio salvou os ocupantes da arca. Notai que a  água não botou Noé e os outros na arca. Estavam na arca, trancados por  Deus mesmo, sete dias antes da água vir, vide Gen. 7:16,7-10. Durante  esses sete dias estiveram tão seguros como estiveram em qualquer outro  tempo mais tarde. A vinda da água não fez qualquer contribuição para sua  atual salvação, mas conduziu a arca no seu seio e assim exibiu sua  salvação.  
  Para mais comentos sobre esta passagem, vide o capítulo sobre o Novo Nascimento.  
  Ao estudar Atos 2:38 é bom também conservar em mente que Pedro  falou estas palavras a judeus, que estavam cortidos na linguagem do  simbolismo.  
 (4). Atos 22:16 ? "E agora, porque demoras? Levanta-te, seja batizado, lava os teus pecados, invocando o Seu nome."  
  A lavagem de que se fala nesta passagem é figurada. É o sangue  que atualmente purifica (1 João 1:7). A água não pode lavar pecados. E,  como notamos, Pedro diz que isto não é o fim do batismo.  
 (5). Rom. 6:3 ? "Ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte?" 
  O grego para "na" (eis) é a mesma palavra que está traduzida  por "na" em 1 Cor. 10:2. O batismo nos põe no mesmo parentesco com Jesus  que a travessia do Mar Vermelho pôs os israelitas em referência a  Moisés. Por este meio os israelitas foram manifestados ser os seguidores  de Moisés. Batismo nos revela sermos seguidores de Jesus.  
 (6). Gal. 3:27 ? "Quantos de vós fostes batizados em Cristo vestistes-vos de Cristo."  
  Esta passagem explica a precedente. O batismo é um vestir-se de  Cristo. É uma declaração pública de nosso discipulado. É assumir  perante o mundo a obrigação de viver para Cristo. O batismo subentende  prévia investidura.  
 (7). Tito 3:5 ? "Não pelas obras feitas em justiça, que nós  mesmos fizemos, mas segundo Sua misericórdia Ele nos salvou por meio da  lavagem da regeneração e renovação do Espírito Santo."  
  A "lavagem da regeneração" é a purificação moral da alma pela  Palavra de Deus na regeneração (Ef. 5:26; Tia. 1:18; 1 Ped. 1:23).  
 (8). 1 Pedro 3:20-21 ? "... a arca... em que poucos, isto é,  oito almas, salvaram-se pela água; a qual também segundo uma verdadeira  figura agora vos salva, pelo batismo."  
  O batismo nos salva no mesmo sentido em que a água salvou oito  almas na arca. Mas não foi a água que atualmente salvou essas almas. A  arca foi o meio atual de salvação; mas a água, que trouxe a morte a  todos os outros , levantou a arca e assim manifestou a salvação dos que  estavam dentro. O batismo manifesta a nossa salvação e isto é o único  sentido em que ele salva, o único sentido em que as obras justificam.  Vide o capítulo sobre a justificação para uma discussão do ensino de  Tiago sobre a justificação.  
 IV. O MODO 
  Aqui está o nosso fim para inquirirmos se o batismo pode ser  escrituristicamente administrado por outro modo qualquer que a imersão.  Mantemos que não pode e oferecemos as seguintes provas:  
 1. O SENTIDO DE "BATIZO"  
  O autor tem lido extensivamente no campo da controvérsia sobre o  significado desta palavra grega em o Novo Testamento. Mas aqui só é  possível dar um resumo da evidencia em sustento da posição tomada em  vista do tempo e do espaço.  
 (1). O testemunho dos Léxicos 
  Não podemos aqui principiar alistar o testemunho de todos os  léxicos, mas daremos o de três em evidência. Estes três são:  Liddel and  Scott no grego clássico; Sófocles para os períodos romano e bisantino;  Thayer, para o grego do Novo Testamento.  
  A. Liddel and Scott: "Mergulhar em ou debaixo d?água; No latim: immergere".   
  B. Sófocles: "Mergulhar, imergir, afundar... Não há evidência  de Lucas, Paulo e os outros escritores do Novo Testamento darem a este  verbo significados não reconhecidos pelos gregos."  
  C. Thayer: "Em o Novo Testamento ele (o verbo)  é usado  particularmente do rito da sagrada ablução, primeiro instituída por João  o Batista; depois recebida pelos cristãos por mandamento de Cristo e  ajustada a conteúdos e natureza de sua religião... a saber uma imersão e  água, realizada como um sinal da remoção do pecado e administrada  aqueles que, impelidos por um desejo de salvação, procuravam admissão  aos benefícios do reino do Messias."  
 (2). A prática atual dos gregos. 
  Os cristãos batizam batizando, isto é, imergindo, e De  Stourdza, o maior teólogo grego moderno, escreveu que "baptizo"  significa literalmente e sempre "MERGULHAR". Ele também ajuntou:  "O  batismo é a imersão, portanto, são idênticos e dizer "batismo por  aspersão" ou qualquer outra besteira da mesma natureza. A igreja grega  mantém que a igreja latina, em vez de "baptismos" , pratica um mero  "rantismos" (aspersão, - em vez de "baptismo", um mero derramamento".    
 (3). Os testemunhos das Enciclopédias 
  Não temos espaço para citarmos as enciclopédias, mas  mencionaremos simplesmente o nome daquelas que tanto falam do sentido da  palavra grega como da natureza da ordenança, ou de ambos, e as quais  dão o significado da palavra como "imersão" ou falam do modo original da  ordenança como tal , ou ambos.  
  Elas são: Encyclopedia Americana, Idem Metropolitana, Penny  Cyclopedia, Chamber?s Encyclopédia, National Cyclopedia, Ree?s  Cyclopedia, Brand´s Cyclopedia,  Encyclopedia Eclesisastica (?).  
 (4). O testemunho de eruditos e líderes pedobatistas. 
  A. Lutero: "Batismo é uma palavra grega e pode ser traduzida  por imersão, como quando imergidos alguma coisa na água para que ela  fique totalmente coberta; e, conquanto esteja sempre inteiramente  abolida (porque não mergulham as crianças inteiramente, mas apenas lhes  derramam um pouco d?água), deviam, não obstante, ser totalmente  imergidos e então imediatamente retirados, que isto parece exigir a  etimologia da palavra."  
  B. Calvino: "A própria palavra batizar, todavia, significa  imergir e é certo que a imersão foi a prática da igreja antiga." ? do  comentário sobre Atos 8:38.  
  C. Zwinglio: "Na Sua morte. Quando fostes imergidos  (intingeremini) na água do batismo, fostes enxertados na morte de  Cristo." ? Anno. sobre Rom. 6:3. 
  D. Meyer: "Imersão, cuja palavra no grego clássico, em o Novo  Testamento e em toda a parte significa" (Comentários de Marcos 7:4).  
  E. Lightfoot: "Que o batismo de João foi por imersão do corpo  (segundo a mesma maneira da lavagem de pessoas imundas e o batismo de  prosélitos foi)  parece resultar daquelas coisas que dele se relatam;  nomeadamente, que ele batizou no Jordão, que ele batizou em Enon, porque  ali havia muita água", etc.  
  F. James Macknight, notável autor escocês e presbiteriano e  líder: "Jesus submeteu-se a ser batizado ? isto é, sepultado debaixo  d?água e a ser levantado dela outra vez como um emblema de Sua futura  morte e ressurreição." ? Apost. Epist., Note em Rom. 6:4,5.  
  G. Whitfield: "É certo é que nas palavras de nosso texto (Rom. 6:4)  há uma alusão à maneira de batismo por imersão."  
  H. Augusti:  "A palavra "batismo" segundo a etimologia e uso, significa imergir, submergir", etc.  
  I. Lange: "E foram batizados, imergidos, no Jordão, confessando  os seus pecados. A imersão era o símbolo de arrependimento" (Comentário  de Mat. 3:6).  
  J. Geo. Campbell: "A palavra batismo, tanto nos autores sacros como nos clássicos, significa mergulhar, afundar, imergir."  
  K. Chalmers: "O sentido original da palavra batismo é imersão."  
  L. Schaff: "Imersão, não aspersão, foi inquestionavelmente à  forma normal original (de batismo). Está isto patente pelo próprio  sentido da palavra grega baptizo, baptisma e a analogia do batismo de  João que se realizou no Jordão..." (Hist. Of the Apost. Ch., pag. 568).  
  As citações podiam ser multiplicadas.  
 (5). O peso da erudição batista 
  Só temos referido supra autoridade pedobatistas padrões, mas  está em ordem observar que a denominação batista, na sua aderência à  imersão, está amparada por uma chusma de eruditos dentro do seu próprio  redil que não podem ser igualados por qualquer das denominações que  praticam o derramamento. De fato, as denominações que o praticam tem a  vasta maioria dos seus eruditos contra si mesmos quanto ao sentido de  "baptizo" e à maneira apostólica de administrar a ordenança.  
  Mas se os batistas tem um só dos seus eruditos contra eles  mesmos, disso não estamos cônscios. Temos Gale, Fuller, Conant, Carson,  Ingham, Pendleton, Kendrick, Harvey, Hovey, Bliss, Ford, Graves, Boyce,  Broadus, Strong, Carroll, Christian, Mullins e Robertson, eruditos da  primeira grandeza, para não mencionar outros; e todos eles sustentam-nos  inteiramente na prática da imersão como a forma apostólica de batismo.  Desafiamos todas as denominações que praticam o derramamento a  apresentar tantos eruditos da mesma magnitude tirados de todos os seus  arraiais combinados que os sustentem na aspersão ou derramamento como a  forma primitiva de batismo.  
 2. O SIMBOLISMO DA ORDENANÇA REQUER IMERSÃO 
  A escritura alude ao batismo como um enterro (Rom. 5:4; Col.  2:12). Um enterro exige imersão. A objeção que estas passagens não  aludem ao batismo de água, mas ao batismo só espírito ou à conversão num  sentido figurado, é infundada e da evidência clara de ter nascido antes  do prejuízo do que de uma consideração razoável e imparcial das  passagens. Tanto quanto os pedobatistas se referem ao batismo como um  "sinal de regeneração",  como temos observado, não podem, se em harmonia  consigo mesmos, eliminar dessas passagens uma alusão ao significado  simbólico do batismo. Nem jamais acharão este sentido no derramamento ou  na aspersão. O único meio perceptível de interpretar a linguagem está  em tomá-la como tendo o seu sentido usual, a menos que outro sentido se  indique ou requeira. Esta regra requer que o batismo signifique batismo  na água, exceto onde alguma outra espécie de batismo esteja especificada  ou de modo exigida. No caso das passagens sob consideração nada é  verdadeiro. A réplica que, se essas passagens referem ao batismo na  água, elas ensinam  a regeneração batismal sem fundamento perante a luz  do fato que elas falam manifestadamente do batismo quanto ao que ele  simboliza  e não quanto ao que ele atualmente executa.  
 3. AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE ACOMPANHAM A ADMINISTRAÇÃO DO BATISMO EM O NOVO TESTAMENTO INDICAM A IMERSÃO 
 (1). João batizou no Rio Jordão 
  Marcos 1:5. O sentido naturalisssimo disto e o que devemos  tomar, a menos que boas razões possam ser aduzidas em contrário, é que o  rito foi administrado EM o rio, segundo compreendemos semelhante  expressão e não meramente nas imediações do rio. O v. 8 o confirma  quando, segundo a melhor tradução, diz: "Eu vos batizo EM água."  
  Isto não é contrariado pelo uso do dativo de instrumento, como  em Lucas 3:16; Atos 1:5; 11:16. W. N. Clark diz bem: "A idéia grega  podia bem por igual contemplar o elemento envolvente, localmente, como  aquele em que,ou, instrumentalmente, como aquele com que, foi afetado o  mergulho. E enquanto é abstruso nós falarmos de imergir uma coisa com  água, é simplesmente uma questão de familiaridade, ou de idioma; e  apenas precisamos tomar um sinônimo verbal, "abater" e é perfeitamente  natural falarmos de "abater com água" (Comentário em Lucas 3:16).  Conant, mais ainda, assinala que o emprego do dativo instrumental é para  o fim de distinguir-se "o elementos usado para imersão num caso só  empregado em outro" e ajunta: "O simples dativo ocorre em o Novo  Testamento só onde o material ou elemento usado para imergir é para ser  distinguido assim. Em todos estes casos a distinção é entre o elemento  de água e o Espírito Santo...; e como o último podia ser menos  propriamente concebido como o mero instrumento de um ato, ele está em  todo o caso semelhante construído com a preposição em... Esta é  a única  explicação do uso de ambos: o simples dativo e o dativo com a  preposição na mesma conexão e relação" (The Meaning and use of  Baptizein, pág. 100).  
  E o argumento que o Jordão, no logar em que se supões ter João  batizado, é razo demais e rápido demais para permitir a imersão nele,  tem-se provado falso repetidamente pelos que o têem visitado.  
 (2). Noutra ocasião João batizou em Enon, "porque ali havia muita água."  
  João 3:23. Aspersionistas e derramadores tentam explicar que a  água era precisada para outros fins que não o batismo, como num encontro  metodista campesino. Mas Hovey habilmente responde: "Esta passagem  afirma virtualmente que o batismo não podia ser convenientemente  administrado sem uma porção de água considerável. A defesa que a água  era necessária para outros fins que não o batismo está posta de lado  pela linguagem do escritor  sagrado. Porque a razão de João estar  batizando lá  (Não porque estava pregando lá) foi porque havia muita  água no logar." (Comentário em João 3:23).   
  "Muita água", literalmente, e, no grego, "muitas águas"; mas é  sustentado por muitos eminentes eruditos da Bíblia que quer dizer "muita  água", sendo assim vertido pelos revisores, dos quais os mais foram  pedobatistas. A razão da expressão que literalmente significa "muitas  águas" e a razão por que esta expressão aqui é sustentada como valendo  realmente "muita água" está suprida por C. R. Condor (Tent Work in  Palestine, I., Pág. 91 e seg.). Diz ele que no quase certo sítio de Enon  "acham-se nascentes num vale aberto, cercadas de colinas desoladas e  disformes. A água jorra sobre um leito pétreo e desliza rapidamente numa  bela caudal cercada de arbustos de oleandro. O suprimento é perene e  uma sucessão contínua de pequenas fontes ocorre pelo leito do vale, de  modo que a corrente vem a ser o principal afluente ocidental do Jordão,  ao sul do Vale de Jezrel. O vale está devassado na maior parte do seu  curso e achamos os dois requisitos para a cena do batismo de uma densa  multidão, - espaço aberto e abundância de água. Enon quer dizer "fontes"  e três milhas ao sul do vale acima descrito há uma vila chamada Salem.  As "muitas águas" são as nascentes e a "sucessão contínua de pequenas  fontes".  E essas "muitas águas" unem-se  numa caudal regular, fazendo  assim "muita água".  
 3. Filipe levou o eunuco "na água" para batizá-lo 
  Atos 8:38,39. A preposição grega para "dentro" é eis. Pode  significar "para"; mas, como Hackett assinala, aqui não pode significar  "para a água", como se só tivessem ido á beira dela; mas deve significar  "na água", porque está usada em contraste com "fora da água"- ek tou  hudatos, no verso seguinte. E Plumtre observa: "A preposição grega (a  saber, eis) podia significar simplesmente "para a água", mas a  universalidade da imersão na prática da igreja prístina sustenta a  versão inglesa".  (Ellicott?s New Test. Commentary).  
  É escassamente necessário observar que seria desnatural para o  candidato ser levado à água para poder ser aspergido ou respingado.              
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Luis Antonio dos Santos, 12/05
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