Quando alguém se salva, a primeira consideração que deveria  reclamar sua atenção é a igreja. A gratidão a Deus pela salvação deveria  fazê-lo tão cônscio da filiação eclesiástica como das matérias  pertencentes à salvação.  
 I. A NATUREZA DA IGREJA  
 1. VÁRIAS CONCEPÇÕES FALSAS DA IGREJA 
  (1). A concepção católica romana  
  Os católicos romanos crêem que a igreja é um organismo mundial e  hierárquico sob o mando do Papa em Roma. J. F. Noll, editor de "Our  Sunday Visitor",  de Huntington, Indiana, no "The Fairest Argument"  compara a igreja com uma árvore e diz: "As folhas representam a  laicidade pelo mundo inteiro. Estão em comunhão direta com os seus  respectivos párocos (os ramos mais pequenos da árvore mística). Os  sacerdotes, por sua vez, em comunhão direta com os seus bispos, isto é,  os ramos maiores. E todos os bispos estão em comunhão direta e constante  com o Soberano Pontífice, isto é, o tronco, ou estema, da árvore  inteira."  
  Algumas vezes os católicos romanos expandem sua concepção de  igreja de maneira a fazê-la incluir "todos os fiéis que existiram desde  Adão até ao dia presente, ou quem existir até ao fim do tempo" (Concílio  de Trento no seu Catecismo Romano, Parte I, Capítulo X, § 16) praeterea  omnes fideles, qui ab Adam in hunc usque diem fuerunt, quive futuri  sunt.  
  (2). A concepção nacional 
  Isto se exemplifica na "Igreja da Inglaterra", instituição nacional com o Rei da Inglaterra como seu cabeça.  
  (3). A concepção denominacional 
  Ouvimos da "Igreja Metodista Episcopal, Sul" e da "Igreja  Metodista Episcopal, Norte".  Há então a "Igreja Presbiteriana nos  Estados Unidos". E uns tantos, ignorantes da polícia batista, falam das  igrejas da convenção Batista do Sul como da "Igreja Batista do Sul."  
  (4). A concepção Universal 
  Uma noção popular é que a igreja se compõe de todos os salvos  em todo o mundo em qualquer tempo dado ou de toda a gente salva que já  viveu, se vivos agora ou falecidos. Assim a igreja é conhecida como  sendo universal e invisível.  
  (5). A concepção agregada 
  Todas as igrejas e grupos religiosos, tomados no agregado, são algumas vezes como "a igreja" em distinção do mundo.  
 2. O SIGNIFICADO DE "EKKLESIA" 
  A palavra para "igreja" é "ekklesia". Em chegando à concepção  correta da igreja devemos dar conta do sentido exato desta palavra.  
  (1). Entre os judeus 
  Na Septuginta "ekklesia" refere-se aos israelitas quando  reunidos para fins religiosos e em nenhuma outra ocasião. Está assim  empregada em Deut. 31:30; 32:1; Josué 8:35; 9:8; Juízes 21:8 e 1 Cro.  29:1. Em Atos 7:38 aplica-se a Israel no deserto. Nunca foi usada dos  judeus exceto quando em assembléia.  
  (2). Entre os gregos 
  Entre os gregos "ekklesia" referia-se tanto a uma reunião de  cidadãos intimados de suas casas para algum logar público com o fim de  deliberar (Atos 19:32,41). Nunca foi usada entre os gregos para pessoas  não em assembléia.  
  O mesmo é verdade no grego clássico. Foi aplicada ai à "clubes  ou associações locais autônomos" (Thomas, The Church and the Kingdom),  bem como às assembléias políticas, mas aí não se tem achado caso de sua  aplicação a pessoas não reunidas ou não reunintes.  
  (3). Por Cristo e os apóstolos 
  Cristo e os apóstolos usaram este termo num sentido até então  desconhecido? Quem o afirma deve de ombrear o ônus da prova. E para  provar semelhante noção é necessário que os seus advogados achem casos  onde "ekklesia" não pode ser aplicado abstrata ou concretamente a  assembléia particulares.  
  Joseph Cross, episcopal, num livro de sermões intitulado  "Brasas do Altar", bem diz:  "Ouvimos muito da igreja invisível como  contra distinguida da visível. De uma igreja invisível neste mundo nada  sei, a Palavra de Deus nada diz; nem pode qualquer coisa parecida  existir, exceto no cérebro de um herege."  
 3. EMPREGO ESCRITURISTICO DE "EKKLESIA" 
  Trazendo a mente o significado do termo como já notado, achamos os seguintes usos da palavra em o Novo Testamento:  
  (1). O uso abstrato 
  Termos que são comumente concretos no sentido são muitas vezes  usados num sentido abstrato. Tal é o caso com a palavra "lar" na  expressão "o lar americano". O mesmo é também verdade de "casamento" na  afirmação "o casamento é uma instituição divina." Um outro caso oportuno  é o uso da palavra "homem" para designar-se a raça.  
  Há pelo menos três passagens da Escritura onde "ekklesia" está  usado abstratamente ? Mat. 16:18; Efe. 3:10,21; 1 Cor. 12:28. Está  manifesto que estas passagens não se referem particularmente a qualquer  assembléia individual. Se Mat. 16:18 é tomada como se referindo a uma  igreja particular, então deve ser entendido que Cristo prometeu  perpetuidade a uma igreja particular. Mas nenhuma igreja particular foi  perpetuada. Então os apóstolos, profetas, mestres, dons, etc., como se  enumeram em 1 Cor. 12:28, não foram todos ajustados em qualquer igreja  particular. E o propósito de Deus de fazer Seus mistérios conhecidos e  ganhando-Lhe glória, como indicando em Efe. 3:10,21, abrange não  meramente uma igreja particular, mas a igreja como uma instituição.  
  (2). O uso prospectivo 
  Há duas passagens da Escritura onde "ekklesia" se refere a uma  assembléia futura. Referimos-nos aqui a Efe. 5:25-32 e Heb. 12:23. Em  Efe. 5:25-32 a igreja abarca os eleitos de todas as épocas, mas, segundo  a etimologia da palavra original, a igreja com este sentido não pode  ser concebida como existindo atualmente no presente tempo. Assim a  palavra está usada perspectivamente. E o mesmo é certo em Heb. 12:23. 
  (3). O uso particular presente e concreto 
  De todos os 112 casos em o Novo Testamento onde "ekklesia" se  refere à instituição fundada por Cristo, em todos, exceto os cincos  casos já notados e uns outros raros onde possivelmente há um emprego  misto, refere-se a uma igreja particular, concreta, local, ou a uma  pluralidade de igrejas semelhantes, como "a igreja que estava em  Jerusalém" (Atos 8:1); "todas as igrejas dos gentios" (Rom. 16:4); "as  igrejas da Macedônia" (2 Cor. 8:1); "a igreja em tua casa" (Filemon 2); e  "as igrejas de Deus" (2 Tess. 1:4).  
 4. A IGREJA UM CORPO 
  Freqüentemente em o Novo Testamento fala-se da igreja como um  corpo. E bem diz Joseph Cross: "Um corpo é um organismo, ocupando espaço  e tendo localização definita. Uma simples agregação não é um corpo;  deve de haver organização bem assim. Uma planilha de cabeças, mãos, pés e  outros membros não fariam um corpo; devem ser unidos num sistema, cada  peça no seu próprio logar e penetrada de uma vida comum. Assim uma  coleção de pedras, tijolos e madeiras não seriam uma casa; o material  deve estar erigido junto, numa ordem artística, adaptada à utilidade.  Assim um aglomeração de raízes, troncos e ramagens não seria uma vinha  ou uma árvore; as partes várias devem ser desenvolvidos segundo as leis  da natureza da mesma semente e nutridas pela mesma seiva vital" (Brasas  do Altar).  
 5. A IGREJA UMA ASSEMBLÉIA 
  A idéia de uma assembléia inere todo uso de "ekklesia" em o  Novo Testamento. Esta idéia não é forçada tanto no uso abstrato como no  prospectivo. Não o é mais no uso abstrato do que a concepção correta de  lar e casamento no uso abstrato desses termos. O uso prospectivo de  "ekklesia" retém a idéia de uma assembléia ? a assembléia do povo de  Deus e a volta de Cristo.  
  Não há neste mundo nenhuma coisa tal como uma igreja universal  ou invisível. Abuso é indesculpável de "ekklesia" aplica-la a todos os  cristãos de todos os tempos na hora presente.  
 6. A IGREJA E O REINO 
  "Os termos escrituríticos "igreja" e "reino" tem sido por  séculos presumidos serem idênticos ou quase idênticos no significado.  
  "Mas a moderna cultura tende rapidamente a reverter esta  impressão. Vê-se agora claramente que as duas palavras se referem a duas  coisas absolutamente distintas em natureza e radicalmente desiguais em  muitos aspectos" (Jesse B. Thomas, The Church and the Kingdom).  
  "Inferir-se-á prontamente... que a palavra ekklesia suscitaria  na mente de um grego ordinário, ou pessoa de língua grega, uma concepção  não só idêntica a senão em todo particular a antítese dessa sugerida  por Basiléia" (ibid. pág. 213).  
  "Somos assim forçados a descansar na conclusão que o "reino" em  questão, cujo domínio é "dentro", o qual "não é deste mundo", que "não  vem com observação", do qual nunca se fala como para ser "construído"  (como a "igreja"é), nem é, nem foi intentada jamais ser feita pela  agência humana entidade terrena externa ou discernível" (ibid. pág.  214).  
  A igreja e o presente reino de Deus são distinguidos nos seguintes modos:  
  (1). A igreja é falada como aquilo que era para ser construído; o reino nunca. Mat. 16:18 
  (2). Cristo disse: "Dizei-o à igreja", quando falando de  diferença pessoais que não podem ser ajustadas pelas partes envolvidas;  mas nunca se disse tal do reino. Mat. 18:17 
  (3). Do reino se disse que fosse pregado e numa ocasião foi  anunciado como "próximo"; mas nunca se disse tal da igreja. Atos 20:25,  28:31; Marcos 1:15.  
  (4). Lemos do "Evangelho do reino", mas nunca o Evangelho da igreja. Marcos 1:14; Mat. 4:23; 9:35; 24:14.  
  (5). A igreja é chamada um corpo; o reino nunca. Efe. 1:22,23; Col. 1:18; 1 Cor. 12:27.  
  (6). A igreja é uma democracia sob a chefia de Cristo; o reino é  uma monarquia. Daí, achamos a igreja autônoma na eleição de Matias, a  eleição dos sete diáconos; a separação de Barnabé e Saulo; a escolha de  um camarada de viagem para Saulo ( 1 Cor. 16:3; 2 Cor. 8:19,23).  
  (7). A comunidade eclesiástica está sujeita à ação da igreja;  ao passo que Deus, puramente independente de toda a autoridade humana,  põem homens no Seu reino pelo novo nascimento. João 3:5; 2:6; Col. 1:13;  Rom. 14:1; Atos 9:26; 1 Cor. 5; 2 Cor. 2:6. 
  (8). De nós se diz sermos batizados para a igreja; mas nunca para o Reino. 1 Cor. 12:13. 
  (9) A igreja tem um caráter orgânico, tendo oficiais (1 Cor.  12:28) e é visível; o reino em nenhum sentido é orgânico e é invisível.  Lucas 17:20.  
  (10). A igreja é local; o reino é universal.  
 II. A INSTITUIÇÃO DA IGREJA 
 1. DUAS CONCEPÇÕES ERRÔNEAS  
  (1). A noção que a igreja foi fundada no dia de Pentecostes recordado em Atos 2 
  Não há mais leve indício da fundação de qualquer coisa neste  dia. A igreja que existiu no fim do Dia de Pentecostes, existiu antes do  Pentecostes. Antes do Pentecostes a igreja teve o Evangelho e o  pregara. Teve o batismo e a Ceia do Senhor. Teve também um ministério e  fez cultos. Antes do Pentecostes a igreja foi um corpo de crentes  batizados, unidos para executarem a vontade de Jesus Cristo. Isto é o  que uma igreja é.  
  (2). A noção que Mat. 16:18 marca o tempo da fundação da igreja 
  Isto é bem uma noção geral entre os que rejeitam a teoria  pentecostal da fundação da igreja. Mas Jesus não disse: "Sobre esta  rocha fundarei a minha igreja". Ele empregou a palavra "construir" em  vez da palavra "fundar". E a palavra grega traduzida aqui por  "construir" quer dizer construir a super estrutura. Ocorre à mesma  palavra em Atos 9:31, que está traduzida por "edificadas". Cristo estava  então construindo ainda Sua igreja tal qual Ele disse que faria em Mat.  16:18.  
  O que temos dito de Pentecostes podemos também dizer do dia em  que Cristo pronunciou as palavras de Mat. 16:18: a igreja que existiu ao  cabo desse dia, existiu antes desse dia. Nada há que se possa chamar  igreja que veio a existir nesse dia, tanto quanto o arquivo inspirado  nos informa.  
 2. O VERDADIERO TEMPO DA INSTITUIÇÃO DA IGREJA 
  Ao localizar a fundação da igreja devemos achar um tempo quando  algo que responde à descrição da igreja veio a existir. Esta regra  aponta-nos o tempo quando, após uma noite de oração, Cristo escolheu os  doze apóstolos. Com esta escolha estes doze homens, pela primeira vez,  fez-se um corpo. Tiveram um cabeça ? Cristo. Tiveram um tesoureiro ?  Judas. Presumiram-se eles crentes batizados. Uniram-se para executarem a  vontade de Cristo. Que mais além disto se tornaram no dia em que o seu  Mestre pronunciou as palavras de Mat. 16:18?  
 III. A FUNDAÇÃO DA IGREJA 
  Há muita controvérsia tocante ao significado de "rocha" nas  palavras de Cristo: "sobre esta rocha edificarei minha igreja". Os  católicos romanos e outros tomam a rocha por Pedro. Mas a diferença em  gênero e o significado exato entre "Petros", traduzido por Pedro e  "petra" traduzida por rocha faz insustentável esta idéia. No grego  clássico a distinção está geralmente observada (vide "petra" no Léxico  de Thayer), "petra" significando "a rocha viva mássica" e "petros"  significando "um fragmento destacado, mas grande."  
  Outros tomam "petra" como significando a fé de Pedro e outros ainda a confissão de Pedro.  
  Consideramos Cristo aqui como usando de um trocadilho. Tomamos  "petra" como se referindo a Cristo divinamente revelado e implantado nos  corações dos homens (Col. 1:27). Pensamos que esta interpretação é  sustentada por 1 Cor. 3:11, passagem que fala da fundação da igreja em  Corinto e fundação que fora lançada pela pregação do Evangelho e a  divina revelação e implantação de Cristo no coração.  
 IV. AS ORDENANÇAS DA IGREJA 
  No sentido lato, uma ordenança é meramente um mandamento e  qualquer mandamento é uma ordenança; mas a usança comum de hoje limita o  termo ordenança da prosa religiosa a formas e cerimônias especiais que  pertencem à igreja e são observadas sob sua jurisdição. Neste sentido só  achamos duas ordenanças da igreja na Bíblia. São:  
 1. BATISMO 
  O batismo, que é a imersão em água de um penitente crente em  nome da Trindade ou de Cristo por autoridade própria e para o fim de  mostrar a morte do crente para o pecado e a ressurreição para andar em  novidade de vida, foi o rito inicial das igrejas do Novo Testamento.  Ninguém foi recebido sem este rito. Diz Paulo que é o modo porque  crentes se fazem parte do corpo de Cristo, a igreja (1 Cor. 12:13).  
  O batismo é um assunto tão vasto que um capítulo inteiro  ser-lhe-a devotado mais tarde; portanto, consideração subseqüente está  reservada para esse capítulo.  
 2. A CEIA DO SENHOR 
  A ceia do Senhor é o memorial instituído por Cristo em que Suas  igrejas são mandadas mostrar Sua morte pelo emprego de pão azimo e  vinho. Como com o batismo, consideração ulterior virá num capítulo  inteiramente devotado a ele.  
 V. OS OFICIAIS ORDENADOS DA IGREJA 
  O Novo Testamento só menciona dois oficiais ordenados na igreja. São:  
 1. ANCIÃOS OU BISPOS 
  O título "ancião" ou "bispo" designou o oficial principal nas  igrejas do Novo Testamento. Os ocupantes deste ofício presidiam aos  cultos, ensinaram e guiaram o povo nas doutrinas e nos deveres cristãos e  exerceram a superintendência das igrejas.  
  São estes dois títulos usados reciprocamente em o Novo  Testamento e, portanto, designam o mesmo ofício. O seu uso recíproco  pode ser visto em Atos 20:17 e verso 28 do mesmo capítulo. Diz-se na  primeira passagem que Paulo convocou os anciãos da igreja de Éfeso e na  segunda ele os chama "superintendentes", que é a tradução literal da  palavra traduzida noutro logar por "bispos". Vide Fil. 1:1. O uso  alternado de ambos os títulos sob discussão pode ser visto também em  Tito 1:5,7.  
  O termo "pastor" é um outro termo usado só uma vez em o Novo  Testamento (Efe. 4:11), o qual designou, parecidamente, o mesmo ofício  como ancião e bispo.  
  Parece ter sido a regra em o Novo Testamento, nas suas igrejas,  ter uma pluralidade de anciãos, como se vê plenamente no caso da igreja  de Éfeso (Atos 20:17), e no caso da igreja de Filipos (Fil. 1:1) e como  parece estar indicado no caso de outras igrejas em Atos 14:23 e Tito  1:5.  
  A razão principal, talvez, para se ter uma pluralidade de  anciãos nas igrejas do Novo Testamento, é que era costume haver só uma  igreja em qualquer cidade, tendo esta, presumivelmente, um número de  pontos de pregação pela mesma.  
  Um ministério graduado é desconhecido em o Novo Testamento. O  bispo era um oficial de uma igreja particular e não um superintendente  das igrejas de um dado distrito, como é o caso hoje em algumas  denominações.  
 2. DIACONOS 
  Vide Atos 6:1-8; Fil. 1:1; 1 Tim. 3:8-13.  
  Há tanta coisa a dizer-se com referência ao diaconato que  reservamos tratamento mais extenso para ulterior capítulo exclusivamente  devotado a este assunto.  
 VI. O GOVERNO DA IGREJA  
  As igrejas do Novo Testamento eram independentes e democráticas no seu governo. Este fato está visto em:  
 1. A ESCOLHA DE MATIAS 
  Conquanto o método usado na escolha de Matias não é o  costumeiro nas votações de hoje, o relato de Lucas (Atos 1:23-26)  implica que a igreja inteira participou de sua escolha. "Indicaram" (v.  23), "oraram" (v. 24), e "lançaram sortes". O grupo inteiro de cento e  vinte (v. 15) é o antecedente naturalíssimo do pronome "eles" nestas  expressões.  
 2. A ESCOLHA DOS SETE DIACONOS  
  Quando se levantou a necessidade desses sete servos da igreja,  os apóstolos não assumiram a autoridade de os indicar, mas "convocando a  multidão dos discípulos, disseram:  Não é razoável que nós deixemos a  Palavra de Deus e sirvamos às mesas; escolheis, pois, irmãos dentre vós  sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria,  aos quais constituamos sobre este importante negócio" (Atos 6:2,3). "E  este parecer satisfez a toda a multidão e elegeram" os sete varões cujos  nomes são dados. A multidão dos discípulos, isto é, a igreja, fez a  escolha.  
 3. A SEPARAÇÃO DE BARNABÉ E SAULO 
  Nisto vemos a independência das igrejas do Novo Testamento. A  igreja de Antioquia, ainda que muito mais jovem que a de Jerusalém,  procedeu nesta matéria independente desta e sem sequer consultá-la. Vide  Atos 13:1-3. Nem a igreja consultou os apóstolos.  
 4. A EXCLUSÃO E RESTAURAÇÃO DO HOMEM INCENTUOSO EM CORINTO. 
  Paulo dirigiu-se à igreja como um todo nesta matéria. Vide 1  Cor. 5. E na recomendação concernente à restauração deste homem (2 Cor.  2:6) fala de sua punição como tendo o mesmo sido aplicado por "muitos",  literalmente, a  maior parte ou maioria. Isto implica distintamente que a  igreja era democrática na exclusão do homem. Não foi feito pelos  anciãos, nem pelos diáconos, mas pelos muitos ou a maioria.  
 5. A ESCOLHA DE CAMARADAS VIAJANTES PARA PAULO 
  Vide 1 Cor. 16:3; 2 Cor. 8:19,23. Paulo reconheceu o direito de  as igrejas terem seus próprios representantes acompanhando-o nas suas  viagens entre as igrejas para amealhar as ofertas para os santos em  Jerusalém. Temos, não há duvida, estes mensageiros das igrejas"  mencionados em Atos 20:4. Assim Paulo não foi um senhor sobre a herança  de Deus, mas reconheceu-lhes o direito de autonomia. Paulo fala desses  irmãos como tendo sido escolhido das igrejas. Isto implica que as  igrejas procederam como corpos na sua escolha. Não foram indicados pelos  anciãos. A única maneira por que uma igreja pode proceder como um corpo  é por algum método de votar. Qualquer método adequado de votar é uma  expressão de democracia.  
 6. O DEVER E A RESPONSABILIDADE DA IGREJA TODA EM: 
  (1). Manter unidade de ação 
  Vide Rom. 12:16; 1 Cor. 1:10; 2 Cor. 13:11; Efe. 4:3; Fil.  1:27; 1 Ped. 3:8. Strong mui justamente observa nesta passagem que elas  "não são meros conselhos de submissão passiva, tais como poderiam ser  dados uma hierarquia, ou aos membros da Companhia de Jesus: são  conselhos de cooperação e juízo harmonioso."  
  (2). Conservar puras a doutrina e a prática 
  1 Tim. 3:15; Judas 3. Vide também as exortações às igrejas no Apocalipse 2 e 3.  
  (3). Guardar a ordenanças 
  1 Cor. 11:2, 23, 24.  
  E podemos concluir por dizer que em nenhum caso em o Novo  Testamento vemos contraditadas a independência e a democracia da igreja.   
 VII. A MISSÃO DA IGREJA 
  A missão da igreja está claramente esboçada na comissão de  despedida de nosso Senhor como recorda em Mat. 28:19,20. Há três  elementos nesta comissão.  
 1. FAZER DISCÍPULOS  
  A frase "ensinai todas as nações" pode ser traduzida  "disciplinai todas as nações" que este é o seu significado. Da versão de  Marcos achamos que os discípulos são para ser feitos pela pregação do  Evangelho. À luz de outras passagens não pode ser sustentado que o  discipulamento se fez através do ato de batismo, como alguns quereriam  que fosse. Achamos que o Mestre, autor da comissão e nosso exemplo  perfeito, "fez e batizou" discípulos (João 4:1), o que implica que os  discípulos foram feitos e então batizados, não feitos pelo ou através do  batismo.  
  Precisamos de notar que esta comissão autoriza a pregação  mundial do Evangelho. É para irmos em todo o mundo e pregarmos o  Evangelho a toda criatura (Marcos 16:15), fazendo discípulos em todas as  nações. Nem pode ser razoavelmente sustentado que isto coube só a era  apostólica. A promessa da presença de Cristo até ao fim dos séculos  (Mat. 28:20) implica uma continuação da comissão até ao fim dos séculos,  pelo que se quer dizer o fim da presente dispensação, que virá na volta  de Cristo.  
 2. BATIZANDO-OS  
  Ao passo que o batismo nada tem a ver com fazer discípulos e  não tem poder salvador, todavia está ordenado por nosso Senhor e é,  portanto, importante.  
  A comissão de Cristo proíbe expressamente batizar crianças de  peito e outras pessoas inconquistáveis. O antecedente "os" são os tais  que são discípulos. Ninguém se arroga o batismo a menos que possa ser  ensinado e então a ele não se arroga até que tenha sido ensinado e tenha  recebido esse ensino. Vide Atos 2:41, 8:36,37, 19:1-5.  
 3. ENSINANDO-OS 
  Ainda não estamos terminados quando fizemos discípulos e os  batizamos: somos intimados a ensiná-los e a ensinar-lhes tudo quanto  Cristo mandou.  
  Já nos referimos à promessa da presença de Cristo que se ajunta  a esta comissão. A promessa não só indica que a comissão tem uma  aplicação perpétua até ao fim dos séculos, mas também indica que Cristo  se dirigiu aos apóstolos, não como indivíduos senão como constituindo  eles a igreja. Estes apóstolos há muito estão mortos, contudo o fim dos  séculos não veio; logo, Cristo deve ter precisado falar-lhes como a um  corpo que se perpetuaria até ao fim dos séculos. A comissão, portanto,  foi cometida à igreja. A execução dela, então, é, primariamente, uma  responsabilidade da igreja.  
 VIII. A COMUNIDADE DA IGREJA 
  De que espécie de pessoas consistiram as igrejas do Novo  Testamento? Houve ali uma coisa semelhante à comunidade infantil da  igreja? Podemos responder a esta última  pergunta com uma negativa  enfática. Toda palavra em o Novo Testamento que de qualquer maneira toca  a matéria da comunidade da igreja é totalmente contra a idéia infantil  da igreja. Não achamos mesmo o mais leve indício de alguma vez ter sido  recebida numa igreja do Novo Testamento qualquer pessoa irresponsável.  As igrejas do Novo Testamento foram compostas somente de pessoas  supostamente regeneradas. Os que saíram disto, saíram da Palavra de Deus  e suas instituições são indignas de se chamar igrejas do Novo  Testamento.  
 IX. A DISCIPLINA DA IGREJA 
  Pode-se definir a disciplina como tratamento cabível a um  aprendiz ou discípulo, ou o treino de alguém  proceder de acordo com  regras estabelecidas.  
  Da grande comissão vimos que o ensino ou treino dos discípulos  de Cristo cometidos à igreja. Este ensino ou treino deve precisar de  assentar às necessidades de diferentes classes de discípulos e deve  precisar de consistir de mais que uma simples proclamação da verdade.  Achamos ser isto verdade segundo as epístolas pastorais e segundo Cristo  mesmo. Notamos, portanto:  
 1. TRÊS ESPÉCIES DE DISCIPLINA 
  (1). Disciplina formativa 
  Esta é a forma primária e mais simples de disciplina. Consiste  em ensinar, instruir e guiar os cordial-decididos nos caminhos da  verdade e justiça.  
  As igrejas deveriam engajar-se diligentemente nesta forma de  disciplina. É o método melhor e mais satisfatório. Se for usada  fielmente, outras formas de disciplina menos desejáveis não serão tão  precisadas.   
  (2). Disciplina corretiva 
  A máxima disciplina formativa diligente, porém, não impedirá  lapsos da vereda direita e estreita por parte de todos os crentes. Estão  seguros alguns de ser assaltados pelo pecado.  
  Desta classe está falado em Gal. 6:1. Esses não são os  obstinada e persistentemente pecaminosos, mas os que vivem em geral  retamente e são tomados de alguma tentação ou habito e assim caem em  pecado. São para serem restaurados pelos espiritualmente intencionados  na igreja. Estes deveriam ir aos que erraram e, com mansidão, procurar  recobra-los do seu  pecado. Se este plano for seguido, salvar-se-ão  muitos de grandemente prejudicarem a si mesmo e à igreja.  
  Um outro caso de disciplina corretiva acha-se em Mat. 18:17.  Aqui temos o caso de um irmão ofender a outro. Depois de o ofendido ter  dado os dois primeiros passos sem resultado, trará o assunto à ciência  da igreja, a qual, então, julgará o caso e buscará reconciliar os dois  irmãos apartados. Isto é disciplina  corretiva.  
  (3). Disciplina Excisiva 
  Por disciplina excisiva quer-se dizer cortar ou excluir um  membro da igreja por alguma ofensa ímpia ou por persistência no pecado.  Pouco importa quão bem uma igreja se saia na aplicação da disciplina  tanto formativa como corretiva, ela achará ser necessário uma vez ou  outra afastar-se de alguma pessoa e retirar-lhe a mão de comunhão  fraternal. Notemos:  
 A. Os fins da disciplina excisiva. 
  (a). O bem do excluído. Sempre que o excluído parece ser pessoa  salva, isto deveria ser a coisa predominante. E quando mesmo estiver  claro que a pessoa ofensora está perdida, deveríamos esperar que sua  exclusão ajudará a produzir sua salvação.  
  Paulo recomendou a exclusão do incestuoso em Corinto, primeiro  que tudo, para "a destruição da carne", a saber, a natureza carnal.  Deveríamos orar pelo excluído para que Deus use a disciplina para seu  próprio bem.  
  No caso do homem de Corinto vemos que a disciplina realizou o  seu fim desejado. De 2 Cor. 2:6-8 vemos que esse homem se arrependeu.  Muitos discípulos tem sido despertados e trazidos à razão pela exclusão  da igreja.  
  (b). O bem da igreja. Paulo assinalou uma outra razão para a  exclusão do homem de Corinto. Paulo diz-lhes que purguem o fermento  velho, porque "um pouco de fermento fermenta a massa toda." Vide 1 Cor.  5:7,8. A igreja deve excluir o ímpio para que possa proteger o resto de  sua comunidade. O exemplo do ímpio, se for deixado na igreja, tenderá a  corromper a igreja inteira.  
  (c) . A glória de Cristo. Ainda que a igreja não precisou de  excluir os ímpios  por amor deles mesmos e como uma proteção do restante  da comunidade, ela carecia de faze-lo para a glória de Cristo. A igreja  é Seu corpo e O representa no mundo. Desonra a Cristo ser o Seu corpo  conspurcado pela impiedade. Paulo argui contra as divisões na igreja com  o fundamento que Cristo não está dividido (1 Cor. 1:13). Do mesmo modo  podemos argüir contra a permissão da impiedade na igreja sobre o  fundamento que em Cristo não há impiedade.  
 B. Ofensas dignas da disciplina excisiva.  
  Estas ofensas podem ser divididas em três espécies; a saber:  
  (a). Ofensas pessoais. Esta classe de ofensas está referida em  Mat. 18:15-18 e o método de tratar com elas está indicado. Uma igreja  não deveria permitir a um dos seus membros trazer diante dela queixa  contra outro membro antes que se tenham dado os dois passos precedentes  escritos por Jesus. 
  (b) Ofensas doutrinárias. Vide Rom. 16:17; 1 Tim 6:3-5. De cada  uma das passagens precedentes a disciplina excisiva da igreja é uma  inferência razoável no caso de ensinadores persistentes do erro. Aqueles  mencionados em Rom. 16:17 evidentemente não eram membros da igreja, mas  suponde que tinham sido; podia a comunidade da igreja evitá-los de tal  modo a impedi-los de causar muito dano sem excluí-los da igreja? Estaria  em boa ordem reter na igreja pessoas que a comunidade como um todo  precisaria de evitar? E suponde que esses falsos mestres insistissem em  falar seus erros nas reuniões da igreja? Respondei a estas perguntas  calmamente e vereis a clara inferência de tais caracteres como referidos  em Rom. 16:17, se na igreja deve precisar ser excluído da igreja para  que as instruções de Paulo sejam cumpridas de uma maneira ordeira e  efetiva.  
  E seria direito para Timóteo retirar-se de membros da igreja?  Uma solução assim não produziria cisma no corpo, que nunca deveria  existir no corpo de Cristo? Assim temos a mesma inferência desta segunda  passagem.  
  Mas notai que em ambos os casos os falsos mestres são falados  como propagando seus erros e causando divisão na igreja. Tal conduta  reclama disciplina. Contudo o caso é diferente com aqueles que não  compreendem a verdade como deviam, mas são suscetíveis de aprender e não  se portam de maneira a causarem divisão na igreja. É desta classe que  Paulo fala quando diz: "Ao que é fraco na fé recebei vós." (Rom. 14:1).  
  (c) Ofensas Morais. Vide 1 Cor. 5:1-7; 2 Tess. 3:6,14.  
 2. OBSERVAÇÕES OUTRAS SOBRE DISCIPLINA 
  (1). Indicação de comissão não obrigatória 
  Note-se que nada se diz em quaisquer das passagens referidas,  nem qualquer coisa está dito em qualquer das passagens referidas, quanto  à necessidade de se mandar uma comissão ver um membro ofensor antes que  se institua ação disciplinar.  
  Não dizemos que isto nunca devera ser feito, mas desejamos  acentuar que a Escritura de nenhum modo prende a igreja para assim fazer  em qualquer caso. De fato, a Escritura nenhuma vez menciona a indicação  de uma comissão nos casos de disciplina. A igreja é deixada livre sob a  liderança do Espírito Santo para decidir quando se precisa de uma  comissão.  
  Alguns procuram usar Mat. 18:15-17 para provarem que uma  comissão sempre deve ser indicada para ver a pessoa ofensora. Mas não há  aqui menção de uma comissão indicada pela igreja. Nesta passagem temos  direções para ofensas pessoais. Isto nada tem a ver com outra ofensa.  
  (2). Visitação pessoal não obrigatória 
  Não está dito na Escritura que alguém deva trabalhar  privadamente com a pessoa culpada de ofensa doutrinal ou moral antes de o  caso ser trazido perante a igreja para disciplina excisiva.  
  A primeira coisa que deveria prender toda atenção do salvo é a Igreja, bem como toda a matéria concernente à salvação.  
  Outra vez não dizemos que isto não devera ser feito. No caso de  ofensas comuns em doutrina ou moral não estamos obrigados a este  procedimento em todos os casos. E em ofensas mais graves e feias não  devera ser seguido. Em tais casos, só a exclusão imediata pode conseguir  os resultados almejados. Notai que Paulo, no caso do homem de Corinto,  recomendou a exclusão imediata , sem quaisquer passos intermediários.  Vide 1 Cor. 5:1-7. 
  (3). Julgamentos da igreja desnecessários e imprudentes 
  Nada se diz em nenhum logar da Escritura sobre um julgamento da igreja para um ofensor.  
  Na matéria  de ofensas pessoais podem vir ocasião em que o  acusado devera ser ouvido em sua própria defesa e, em tais casos, ele  devera ser ouvido, a menos que os fatos a respeito de sua culpa sejam  conhecidos de mais para admitirem qualquer dúvida. Mas em tais casos é  melhor que sua defesa seja trazida à igreja por uma comissão antes do  que pela própria pessoa acusada. E, noutra ofensa, se a igreja o julgar  acertado, pode ser permitido ao acusado defender-se a si mesmo; mas  então, igualmente, é muito melhor que a sua defesa se faça por uma  comissão. De outra maneira muito mal pode ser causado por palavras  amargas e descabidas matérias apresentadas à igreja.  
  Em qualquer caso onde a igreja está segura da culpabilidade do  acusado ela não precisa de permitir-lhe qualquer defesa. Uma igreja  nunca deveria excluir um membro, contudo, sem estar seguira dos  fundamentos Ela devera sempre dar os passos necessários para acertar os  fatos. Mas ela não está obrigada a qualquer forma estereotipada de  procedimento. A igreja não é um tribunal e não pode ser obrigada a agir  sob as regras de um tribunal.  
  Chamamos a atenção para estas matérias  porque elas são algumas  das coisas que o diabo usa para entravar a disciplina e ofender as  igrejas de vários modos. Em muitíssimas igrejas um assunto de disciplina  chamará sempre algum tradicionalista aos seus pés para insistir que a  igreja siga certos tramites que eram costumeiros nos matagais dantanho  quando ele era menino. Se a igreja permitir-se ser trazida sob  semelhantes tradições, raro ela cumprirá o seu dever na matéria  disciplinar. Comissões para ver partes ofendidas raramente funcionam e  continuam de uma para outra reunião até que o assunto se gasta e fica  esquecido. Se a igreja recusar-se a se fazer escrava da tradição dos  matagais e seguir a Palavra e o Espírito de Deus, ela achar-se-á muito  melhor no fim.  
 X. A PERPETUIDADE DA IGREJA 
  Em Mat. 16:18, ao falar da igreja, disse Jesus: "As portas do  inferno não prevalecerão contra ela." Contenção nossa é que, aqui,  Cristo prometeu existência continuada da igreja. O Hades é o reino  invisível de todos os mortos; ele contém tanto os mortos justos como os  ímpios. Todavia, uns e outros não estão na mesma localidade ou estado.  Os ímpios estão atormentados no fogo (Luc. 16:23). Os justos estão com o  Senhor (2 Cor. 5:8; Fil. 1:23). Mas tanto justos como ímpios estão  naquele reino invisível dos mortos, o qual é conhecido como hades.  
  Thayer define "hades" como se referindo a "o receptáculo comum  dos espíritos desencarnados".  Justin A. Smith diz que quer dizer" em  geral o mundo dos mortos".  Segundo John A. Broadus que dizer "o mundo  invisível, a habitação dos mortos".  E Broadus ajunta: "Nem o Hades nem o  Sheol alguma vez denota distintamente o lugar de tormento",  mas ele  diz "o logar de tormento está no Hades e assim está a habitação de  Abraão, separada por um abismo intransponível, mas dentro da vista e do  ouvido".  
  "As portas do Hades" tomamos para significar entrada, antes do  que poder ofensivo ou defensivo. Portanto tomamos a passagem para  significar que o hades jamais poderá tragar a igreja, que ela nunca  morrerá. Assim entendemos Jesus como prometendo que Ele guardará a  igreja viva, a despeito do fato que o material humano de que ela se  formaria morreria. Como este material morre, Ele levanta outros para  perpetuarem e igreja.  
  Cremos que Mat. 16:18 nos justifica em crermos que nunca houve  um momento desde que Jesus fundou Sua igreja em que não tenham havido  uma igreja verdadeira sobre a terra. Teve sua existência em todo o tempo  até ao presente e continuará a existir até que Jesus venha para  recebê-la em Si mesmo (?).  
 XI. OS SINAIS INDENTIFICADORES DA IGREJA 
  Se, como crentes, a igreja de Cristo perpetuou-se, então ela  está no mundo hoje e tem estado no mundo desde sua fundação. Porque  meios, então, identificamos esta igreja em qualquer tempo?  
  Para haver uma igreja, deve ela ser:  
 1. UM CORPO LOCAL  INDEPENDENTE 
  A Igreja Católica Romana não pode qualificar-se como igreja de  Cristo. Nem o pode qualquer ramo da persuasão Metodista Episcopal. Nada  disto existiu nos tempos do Novo Testamento. As igrejas do Novo  Testamento eram locais, corpos independentes. Nenhuma instituição  hierárquica pode qualificar-se como uma igreja .  
 2. SUSTENTANDO A VERDADE COMO A MANEIRA DE FAZER DISCÍPULOS 
  O fim primário de Jesus, ao por a igreja no mundo, foi que o  Seu Evangelho fosse pregado. Nenhuma instituição que prega o Evangelho  falso é reconhecida dAquele que ameaçou mesmo a igreja de Éfeso com a  remoção do seu castiçal porque simplesmente esfriara no seu zelo e  ficará negligente concernente à obra de que Ele cometera às Suas  igrejas.  
  Nenhuma instituição que ensina qualquer forma de salvação pelas  obras está sustentando a verdade quanto ao meio de fazer discípulos.  Uma igreja deve ensinar a salvação totalmente de graça pela fé.  
 3. SUSTENTANDO A VERDADE QUANTO AO BATISMO 
  O batismo escriturística é essencial a uma verdadeira igreja  porque é porta à igreja. Vide 1 Cor. 12:13. Logo, não pode haver igreja  sem batismo. Uma organização que pratica qualquer coisa, menos a  imersão, ou não sustenta o batismo de crentes, ou que batiza gente para  que se salve, certamente não é reconhecida por Cristo como uma de Suas  igrejas.  
 4. RECONHECENDO A CRISTO SÓ COMO SEU CABEÇA E PROCURANDO EXECUTAR SUA VONTADE E MANDAMENTOS 
  A igreja é um corpo místico; conseqüentemente, ela pertence ao  seu cabeça. Se o seu Cabeça é Cristo, ela é Sua igreja. Se o seu cabeça é  o Papa , ela é a igreja do Papa. Se o seu cabeça é uma conferência,  então ela é a igreja de uma conferência. Se o seu cabeça é um  presbitério ou sínodo, então ela pertence ao presbitério ou sínodo em  vez de a Cristo.  
  Onde quer que se ache um corpo local possuindo todos esses  atributos, aí está uma igreja. Sem eles todos não pode haver igreja.  
  E não hesitamos em dizer, terminando, que, a respeito das  denominações regulares, ao menos, só as igrejas batistas podem hoje,  pelos testes precedentes, ser identificadas como igrejas do Novo  Testamento.    
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Luis Antonio dos Santos, 12/05
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