No fundo do coração, todos sabemos  que há algo tremendamente errado conosco. Nossa consciência nos  confronta constantemente com nossa pecaminosidade. Por mais que tentemos  culpar os outros ou procurar ajuda psicológica para o modo que nos  sentimos, não podemos fugir da realidade. Não podemos negar nossa  própria consciência. Todos sentimos nossa própria culpa, e todos  conhecemos a terrível Verdade acerca de como somos.
Sentimos culpa porque somos  culpados. Somente a cruz de Cristo pode se constituir na resposta ao  pecado, de forma a nos livrar de nossa vergonha. A psicologia talvez  consiga mascarar parte da dor de nossa culpa. A auto-estima pode até  varrer a sujeira para debaixo do tapete por um tempo. Outras coisas -  como procurar consolo em relacionamentos, ou culpar a outros por nossos  problemas - talvez nos façam sentir melhor, mas o alívio é apenas  superficial. E é perigoso. Aliás, via de regra, intensifica nossa culpa,  porque soma desonestidade e orgulho ao pecado que originalmente feriu a  consciência.
A verdadeira culpa tem somente uma  causa: o pecado. Até que o pecado seja tratado, a consciência lutará  para acusar. E o pecado - e não a baixa auto-estima - é o que o  evangelho veio derrotar. E por esse motivo que o apóstolo Paulo iniciou  sua apresentação do evangelho na carta aos Romanos com um extenso  discurso acerca do pecado. A depravação total é a primeira verdade do  evangelho que ele apresentou, e empregou aproximadamente três capítulos  inteiros no assunto. Romanos 1.18-32 demonstra a culpa dos pagãos.  Romanos 2.1-16 prova a culpa do moralista, que viola o mesmo padrão pelo  qual ele julga os outros. E Romanos 2.17-3.8 estabelece a culpa dos  judeus, que tinham acesso a todos os benefícios da graça divina, mas  como um todo rejeitaram, a despeito disso, a justiça de Deus.
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