Para tornar os outros  alegres em Deus com uma alegria eterna, nossa vida  deve mostrar que ele é mais precioso do que a  vida. "Porque a tua graça é melhor do que a vida, os meus  lábios te louvam" (SI 63.3). Para conseguir isso é preciso  fazermos escolhas de vida sacrificiais, baseadas numa  certeza de que o engrandecer a Cristo por meio de generosidade e misericórdia  realmente satisfaz muito mais do que o egoísmo. Se "caímos fora"  de um risco para ficarmos seguros, jogamos a vida fora. Este capítulo é  sobre o estilo de vida que pode evitar que isso aconteça.
Como não trair Jesus
Se Cristo é um  tesouro que satisfaz totalmente e promete cuidar de todas as nossas  necessidades, então viver como se tivéssemos os mesmos valores  que o mundo tem seria trair Jesus. Estou pensando principalmente em  como usamos nosso dinheiro e como nos sentimos sobre nossas posses.  Ouço as palavras de Jesus que nos perseguem: "Não vos inquieteis, dizendo:  'Que comeremos' ou 'Que beberemos' ou 'Com que nos vestiremos?'  Porque os gentios é que procuram todas estas coisas" (Mt 6.31,32). Em  outras palavras, se damos a impressão de que nossa vida é dedicada a obter  e manter coisas, então seremos iguais ao mundo, e isso não valorizará  Cristo. Ele ficará parecendo um interesse marginal religioso que poderá  ser útil para escapar do inferno no final, mas que não  faz muita diferença em nosso modo de viver e amar  aqui. Ele não aparentará ser um tesouro que satisfaz  totalmente. E isso não fará outros se alegrarem em Deus.
Se somos peregrinos e  forasteiros na terra (lPe 2.11), se nossa cidadania  está no céu.(Fp 3.20), se nada pode separar-nos do amor  de Cristo (Rm 8.35), se o amor firme e constante dele é  melhor do que a vida (SI 63.3) e se toda tribulação  está produzindo para nós um eterno peso de glória  (2Co 4.17), então vamos entregar aos ventos nossos temores e "buscar  em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça" (Mt 6.33).  Consideraremos tudo como refogo em comparação com Cristo (Fp 3.7,8).  Aceitaremos "com alegria o espólio de nossos bens" por  amor a atos impopulares de misericórdia (Hb 10.34).  Escolheremos "antes ser maltratados com o povo  de Deus do que usufruir prazeres transitórios de pecado", e  consideraremos "o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os  tesouros do Egito"  (Hb 11.25,26).
Por que as pessoas não nos perguntam sobre nossa  esperança?
Não  há dúvida que se vivêssemos mais assim, seria mais provável o mundo  considerar saber se Jesus é um Tesouro que satisfaz totalmente. Ele pareceria  ser um tesouro. Quando foi a última vez que alguém lhe perguntou sobre  "a razão da esperança que está em você"? Foi para responder essa pergunta  que Pedro disse que deveríamos estar sempre prontos: "Estai sempre  preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós" (lPe  3.15).
Por que as pessoas não  nos perguntam pela nossa esperança? A resposta provavelmente  é que parecemos esperar as mesmas coisas que elas  esperam. Nossa vida não parece estar na estrada do Calvário, despojada  para o amor sacrifícial, servindo outros com a doce certeza de que nós não  precisamos ser recompensados nesta vida. Nossa recompensa é grande  no céu (Mt 5.12). "Tua recompensa tu receberás na ressurreição dos justos"  (Lc 14.14). Se crêssemos nisso mais profundamente, outros poderiam ver o valor de Deus e  encontrar nele sua alegria.
A credibilidade de Cristo depende de como nós usamos nosso dinheiro
A questão de dinheiro e estilo de  vida não é um assunto secundário na Bíblia. A credibilidade de Cristo no  mundo depende dela. "Quinze por cento de tudo que Cristo  disse está relacionado a esse tópico - mais do que seus  ensinos sobre o céu e o inferno juntos".[ Ouça esse refrão que perpassa  todos seus ensinos: •         "Só uma coisa te falta: vai, vende tudo  o que tens, dá-o aos pobres e terás  um tesouro no céu; então vem e segue-me" (Mc 10.21).
• "Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de  Deus ... Mas ai de vós, os ricos! Porque tendes  a vossa consolação" (Lc 6.20,24). •          "Todo aquele que dentre vós não renuncia  a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo"  (Lc 14.33).
• "... é mais  fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar  um rico no reino de Deus" (Lc 18.25).
• "A vida de um homem não consiste na  abundância dos bens que ele possui" (Lc 12.15).
•  "Buscai primeiro o reino de  Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33).
•  "Vendei os vossos bens e  dai esmola; fazei para vós bolsas que não desgastem... nos céus"  (Lc 12.33).
• "Zaqueu... disse  ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade  dos meus bens ... E Jesus lhe disse: 'Hoje houve salvação  nesta casa'"  (Lc 19.8,9). «^"O reino dos céus é  semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado,  escondeu. E, transbordante de  alegria, vai, vende tudo o que tem e a compra" (Mt 13.44).
• "...  [Jesus] viu certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas.
E disse: 'Verdadeiramente vos digo que esta  viúva pobre deu mais do que todos'" (Lc 21.2,3).
• "... Deus lhe  disse: 'Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que
tens preparado, para quem  será?' Assim é o que entesoura para si mesmo  e não é rico para com Deus" (Lc 12.20,21).
• "As raposas têm  seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do homem  não tem onde reclinar a cabeça... Segue-me" (Lc  9.58,59).
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