Quando  Lázaro morreu, Jesus disse: “Nosso amigo  Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (João 11:11).  Eclesiastes 9:5 afirma: “Porque os vivos sabem  que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão  eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento”. Paulo confortou os discípulos com estas palavras: “Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos,  os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem” (1 Tessalonicenses 4:15). Lidos superficialmente,  versículos como estes poderiam ser entendidos como defesa da idéia da inconsciência  dos mortos. Mas, antes de chegar a uma conclusão, vamos examinar as  evidências um pouco melhor.
Às  vezes, a idéia de “dormir” ou ser inconscientes olha para a morte do ponto-de-vista da vida terrestre. Citações de Eclesiastes, por exemplo,  são observações sobre a vida neste mundo. A frase repetida no livro que  destaca este fato é “debaixo do sol”. Veja Eclesiastes 9:6 (logo após o  versículo citado acima): “Amor, ódio e inveja  para eles já pereceram, para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que  se faz debaixo do sol”. Os que já morreram não participam da  nossa vida “debaixo do sol”,  mas isso não significa que o amor não existe mais para eles nas regiões celestiais, nem que lhes serão negados a recompensa (cf. 2 Timóteo  4:6-8).
Em  outras passagens, como as citações de João 11 e 1 Tessalonicenses 4, a idéia de dormir é apresentada em contraste com a noção de uma morte permanente.  Os dois trechos tratam da ressurreição (imediata, no caso de Lázaro, e na  vinda do Senhor, em 1 Tessalonicenses). Descrever a morte como sono não é  comentário sobre a inconsciência dos mortos, e sim, sobre o estado temporário da  morte.
Outras passagens  mostram claramente que os mortos continuam cientes. Jesus falou dos mortos conversando (Lucas 16:19-31). Quando o quinto selo foi aberto, as  almas dos mortos clamaram ao Senhor (Apocalipse 6:9-11). A promessa de Jesus  ao ladrão arrependido não teria nenhum valor se a morte fosse um estado de  inconsciência. Jesus confortou o homem com estas palavras: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43).
Os  fiéis aguardam o privilégio do descanso preparado por Deus, e estarão cientes  desta grande bênção.
O Que a Bíblia  Ensina Sobre a Morte e o Julgamento? 
O que é a morte? O que acontecerá  depois que eu morrer? A Bíblia responde a essas perguntas. 
O que é a morte? 
A morte é uma separação. Podemos  entender este fato claramente, considerando como a Bíblia descreve a morte espiritual.  Comecemos no livro de Gênesis, onde encontramos pela primeira vez o conceito de  morte. 
Quando Deus disse a Adão que não  comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele revelou que a conseqüência da  desobediência seria a morte no mesmo dia do pecado (Gênesis 2:17). Com certeza, Deus  cumpriu sua promessa sobre a conseqüência do pecado, porque ele sempre fala a  verdade e nunca quebra uma promessa. Por causa do pecado do casal original, Deus expulsou-os do Jardim do Éden (Gênesis 3:23-24). Mesmo tendo Adão  vivido, em seu corpo físico, por 930 anos, ele e sua esposa morreram no dia de seu  pecado, no sentido de que eles foram separados de Deus. A morte espiritual é a separação de Deus. 
O caso de Adão e Eva nos ajuda a  entender que é possível estar fisicamente vivo, enquanto morto espiritualmente (veja Efésios  2:1-6, por exemplo). A razão para esta morte espiritual esta separação de Deus é  sempre a mesma. Separamo-nos de Deus pelo nosso próprio pecado (Isaías 59:1-2). 
A morte física também é uma  separação. Quando o corpo está separado do espírito, ele está morto (Tiago 2:26). Eclesiastes 12:7 nos  diz que isto é o que acontece no fim da vida física: "O pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu". 
O que acontecerá após a  minha morte? 
É claro que o espírito voltará a  Deus, mas o que ele fará com meu espírito? Mesmo que a Bíblia possa não satisfazer toda a nossa curiosidade sobre o que acontece depois da morte, ela é clara ao  apresentar diversos fatos vitais: 
- Deus confortará o fiel e  mandará o ímpio para um lugar de tormento (Lucas 16:25). 
- Deus julgará cada pessoa  (Hebreus 9:27). Este julgamento será de acordo com a palavra que Deus revelou através de Seu Filho (João 12:48). Ele julgará as coisas que fizemos em corpo (2 Coríntios 5:10). Passagens como Mateus 25:31-46 e 2 Tessalonicenses 1:7-12 mostram  claramente que haverá uma eterna separação (morte espiritual) entre os justos  (obedientes) e os injustos (desobedientes). 
Podemos concluir, então, que a  morte eterna não é o fim da existência, mas uma eterna separação de Deus. É óbvio no caso do homem  rico porém desobediente em Lucas 16 que uma pessoa ainda será consciente, mas  que o injusto nunca pode atravessar a separação para estar na presença de  Deus. 
Aplicações: Respondendo  às doutrinas humanas 
Infelizmente, há muitas doutrinas  conflitantes sobre a morte e a eternidade. Consideremos, brevemente, quatro exemplos de doutrinas  humanas que contradizem o ensinamento da Bíblia. 
Doutrina humana: A morte é o  fim da existência 
As pessoas que não acreditam na  existência de Deus, obviamente, negam a idéia de vida após a morte. Outros, mesmo entre  aqueles que se proclamam seguidores de Jesus, ensinam que os injustos deixarão  de existir, quando morrerem. Em contraste, Jesus claramente ensinou que a existência não cessa com a morte (Mateus 22:31-32). O problema  fundamental nesta doutrina humana que diz que a existência cessa com a morte, é o  erro de não entender que a morte é uma separação, e não o fim da existência da pessoa (veja Tiago 2:26). As doutrinas de igrejas que negam a existência  do inferno não obstante, a Bíblia mostra que o ímpio sofrerá eternamente, separado de Deus para sempre (Mateus 25:41,46). 
Doutrina humana: A  reencarnação 
Muitas pessoas estão fascinadas  pela idéia da reencarnação, incluindo-se aquelas que seguem religiões orientais, como o hinduismo, e  outras que aceitaram a filosofia da "Nova Era" ou os ensinamentos do Espiritismo. A doutrina da reencarnação é que nossa alma voltará, possivelmente centenas de vezes, para viver novamente e para ser  aperfeiçoada em consecutivas vidas. A Bíblia não diz nada para provar esta idéia. Em contraste, a Bíblia ensina que morreremos só uma vez. Hebreus 9:27-28  diz: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez  para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem  pecado, aos que o aguardam para a salvação". Pense no significado desta afirmação. Se uma pessoa precisa morrer muitas vezes, qual é o valor do sacrifício de Jesus? Teria ele também que morrer muitas vezes? Esta  passagem mostra que ele morreu uma vez para pagar o preço de nossos pecados.  Note, também, que a idéia de que nossas almas são aperfeiçoadas através da reencarnação é absolutamente oposta à doutrina Bíblica de que somos  salvos pela graça de Deus (Efésios 2:8-9). 
Doutrina humana: O purgatório 
A doutrina do purgatório foi  propagada pelo catolicismo e sugere que há uma oportunidade depois da morte para sofrer por causa de  certos pecados antes de entrar no céu. Esta doutrina diminui o valor do  sacrifício de Cristo, que deu a seus servos o dom gratuito da salvação. Não podemos  merecer nossa passagem para o céu, nem antes nem depois da morte. Quando a  Bíblia fala da situação dos mortos, ela diz que é impossível ao ímpio escapar dos tormentos para entrar no conforto dos fiéis (Lucas 16:25-26). A doutrina  do purgatório, simplesmente, não é encontrada na Bíblia. 
Doutrina humana: Comunicação  com os mortos 
A prática do espiritismo e de  algumas outras religiões, ao tentar comunicar- se com os mortos, é absolutamente oposta ao  ensinamento da Bíblia. Quando o homem rico de Lucas 16 pediu que um mensageiro dos  mortos fosse enviado para ensinar sua família, Abraão disse que isso nem era permitido, nem necessário (Lucas 16:27-31). No Velho Testamento, Deus  condenou, como abominações, esses esforços para consultar os mortos (Deuteronômio 18:9-12). A consulta aos mortos é ligada à idolatria e à feitiçaria,  coisas que são sempre condenadas, tanto no Velho como no Novo Testamento. É, absolutamente e sempre, errado tentar consultar os mortos. 
Conclusão: O que  faremos? 
O entendimento correto do ensinamento  Bíblico sobre a morte tem aplicação prática em nossas vidas. Eis duas sugestões específicas sobre  as aplicações que devemos fazer: 
1. Devemos resistir às  doutrinas e práticas que não são baseadas na Bíblia, incluindo: 
- A idéia de que a existência  termina com a morte. 
- A idéia de que podemos tentar  comunicar-nos com os mortos. 
- A doutrina de que as pessoas  passarão pelo purgatório antes de entrar no céu. 
- A doutrina da reencarnação. 
2. Devemos viver de acordo com  os ensinamentos da Bíblia, de modo que estejamos prontos, quando encontrarmos Jesus (Mateus  24:42-44; 2 Pedro 3:10-13).
A Morte em Gênesis 5
Leia Gênesis 5:1-32. Agora  responda a uma pergunta: qual a finalidade desse capítulo? Há, pelo menos, dois  motivos importantes para incluir esse relato na  Bíblia:Œ Para mostrar a genealogia de Adão até Noé, assim fornecendo uma parte importante da história dos antepassados dos judeus, e  Para mostrar nitidamente a conseqüência física do pecado que entrou no  mundo por meio de Adão e Eva. Pense um pouco sobre esse segundo motivo.
Sete vezes em 32 versículos encontramos esta observação: "e morreu". Alguns viveram muitos anos — até 969 — mas morreram. Adão, Sete, Enos, Cainã, Maalaleel, Metusalém e Lameque. Todos viveram. Todos criaram filhos.  Todos morreram. Deus usou, e ainda usa, a morte física para nos relembrar da  maior conseqüência do nosso pecado: a morte espiritual.
No meio de um capítulo cheio  de morte, há esperança. "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si" (5:24). Milhares de anos depois, o autor  de Hebreus explicou melhor: "Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da  sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus" (Hebreus 11:5).  Enoque escapou da morte pela fé, dando esperança para todos que vieram depois que haveria a possibilidade de vencer a morte.
Agora, Jesus mostra como  nós, também, podemos vencer a morte. A morte física continua, mas não é final. Ele prometeu que todos os homens serão ressuscitados, da mesma forma que ele  subiu da sepultura. Mais importante, podemos evitar a morte eterna: "Onde está,  ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (1 Coríntios 15:55).
-por Dennis Allan
O que a Bíblia ensina sobre a situação dos mortos?
Ao morrer, o espírito do homem retorna a Deus  (Eclesiastes 12:7). Paulo disse que, quando ele morresse, estaria presente com o Senhor (2  Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:21-23). Mesmo os espíritos dos homens ímpios  permanecem conscientes, sofrendo tormento (Lucas 16:19-31). Muitas pessoas ficam  confusas com a palavra "morte". Elas crêem que ela significa aniquilação ou o fim da existência. Contudo, a idéia básica na palavra "morte" é separação. A morte material significa separação do corpo e do espírito. A morte espiritual significa a separação do homem e de Deus. Quando eu  morro, eu não deixo de existir, mas de fato minha alma e meu corpo são separados. 
Assim, aqui está o que a Bíblia diz sobre a  situação dos mortos: seus corpos retornam ao pó, aguardando a ressurreição. Seus espíritos estão  ou no paraíso, com Deus, ou em tormento, dependendo de seus atos quando  estavam em seus corpos.
-por Gary Fisher
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