Transija  e tolere diferenças de ponto de vista, quando possível.
1 Coríntios 13:4 — O amor  é paciente, é benigno. O amor não é egoísta.
Cada casal encontrará, um  no outro, características que gostaria de mudar, mas não pode. O pecado não  deve ser tolerado, mas se não há pecado e a pessoa só faz coisas que nós  não gostamos, o amor não empurrará os desejos pessoais até o ponto da alienação. Aprenda a tolerar estes assuntos sem amargura.
Romanos 14 — Até mesmo  algumas decisões espirituais são questão de opinião, e não de pecado. Se você  não pode provar que seu cônjuge cometeu pecado, não conclua que ele seja  culpado.
Tiago 3:14-18; Mateus  5:9; Romanos 12:17-21; 1 Pedro 3:11 — Procure sinceramente uma solução  pacífica para o problema. Devemos querer que o conflito termine, mesmo que  desistamos de nossos próprios desejos para consegui-lo.
Em alguns assuntos, pode  haver entendimento para dar e receber. Desde que nenhuma convicção bíblica  seja violada, procure uma solução conciliatória: "Eu concordo nisto, você concorda nisso." Ou, "Desta vez faremos do seu jeito, na próxima vez faremos do meu jeito."
Lembre-se de considerar  modos de você se envolver e ajudar seu cônjuge a fazer melhor uma tarefa,  em vez de ficar sentado e criticando. Talvez, em algum assunto, terminarão cada  um seguindo um caminho separado e fazendo coisas separadas (Atos 15:36-40).
Contudo, se um dos  cônjuges é culpado de pecado, então é preciso ser feita uma outra abordagem.
Arrepender-se do  pecado.
2 Coríntios 7:10; Atos  8:22 — Se um ou ambos os cônjuges tiverem pecado, a Bíblia diz para se  arrependerem e orarem por perdão. Por que os pecados na família deveriam ser  diferentes?
Arrependimento é uma  decisão e compromisso de mudar. Temos que reconhecer que temos estado  errados e concordar em fazer o que é certo. Se o pecado for a causa de nossos  problemas, nunca corrigiremos nosso casamento enquanto não arrependermos (Lucas  13:3; Atos 17:30; 2 Pedro 3:9).
Peça  perdão pelo pecado (confesse-o).
Lucas 17:3-4 — Se  pecamos, temos que dizer "Arrependo-me". Algumas vezes percebemos que estávamos errados, mas não queremos admiti-lo. Enquanto não fazemos  isso, aqueles a quem prejudicamos não podem saber que nos arrependemos.
Mateus 5:23-24 — Quando prejudicamos alguém, precisamos procurá-lo e corrigir, ou Deus não  aceitará nossa adoração. Você tem reparado as ofensas que tem feito à sua  família?
Tiago 5:16 — Temos que confessar nossos pecados uns aos outros. Algumas vezes, as pessoas com  quem temos que nos desculpar são aquelas mais íntimas. Pensamos que, se  admitirmos erro, elas perderão o respeito por nós. Isto é simplesmente orgulho. mas o  amor não é vaidoso (1 Coríntios 13:4).
Provérbios 28:13 — Aquele  que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas aquele que as  confessa e deixa, alcançará misericórdia.
Seja preciso. Não  minimize, não dê desculpas, não escape da culpa, nem recrimine. Não diga, "Enganei-me, mas veja o que você fez!" Mesmo que você esteja convencido de que seu cônjuge também está errado, admita honestamente seu próprio erro e  corrija-o primeiro. Não tente salvar as aparências. Não exija que o outro o perdoe  nem lhe diga como deverá tratá-lo. Apenas se humilhe e peça desculpa. Mais  tarde, talvez em outra oportunidade, discuta os erros que você crê que ele  precisa corrigir.
Ore  por perdão.
Atos 8:22 — Pedro disse a Simão [o mágico] para se arrepender e orar por perdão. Se pecarmos, precisamos confessar, não apenas ao nosso cônjuge, mas também a Deus.
1 João 1:9 — Ele é fiel e justo para nos perdoar, se confessarmos nossos pecados.
Quando você tiver pecado,  você confessará humildemente a Deus e a seu cônjuge? (Mateus 6:12; Salmos  32:5).
Perdoe  um ao outro.
Lucas 17:3-4 — Quando  alguém pecou contra nós e confessa, temos que perdoar, mesmo sete vezes num  dia, se necessário. O perdão é freqüentemente necessário nas famílias. O amor perdoa tantas vezes que for necessário.
Colossenses 3:13 —  Precisamos perdoar do modo que Deus perdoa. Como queremos que Deus nos perdoe? Será  que queremos que ele diga, "Já perdoei você bastante. Não me importa o quanto você esteja triste nem que tente muito, eu não perdoarei"? Queremos que ele nos perdoe, mas depois fique jogando isso isso na nossa  cara e usando-o como uma arma contra nós?
Ilustração: Quando tribos indígenas fazem as pazes, elas simbolizam isso enterrando um machado. O  ponto é que todos sabem onde ele está, mas ninguém iria desenterrá-lo e usá-lo para ferir outros. Portanto, o perdão não significa que não estamos mais atentos ao que aconteceu. Significa que não usaremos mais isso para  ferir a outra pessoa.
Provérbios 10:12 — O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. Como é sua família? Vocês se amam uns aos outros o bastante para admitir seus erros  e então realmente perdoar como vocês querem que Deus os perdoe?
Veja, também, Mateus  18:21-25; 6:12,14,15; 5:7.
Desenvolva  e execute um plano para corrigir o problema.
Muitos problemas estão profundamente enraizados, continuaram por longo tempo, ou causaram danos sérios. Alguns cônjuges confessam o mesmo velho pecado vezes e mais  vezes, mas nunca tomam providências especiais para mudar sua conduta. Parece que  eles pensam que tudo o que têm que fazer é admitir o erro de tempos em  tempos!
Provérbios 28:13 — O que encobre suas transgressões jamais prosperará., mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Não importa quantas vezes confessamos um problema, ele não fica verdadeiramente resolvido enquanto não mudamos  nossa conduta!
Mateus 21:28-31 — Jesus descreveu um filho que não fez o que seu pai mandou. Quando se  arrependeu, teve que fazer o que tinha deixado de fazer. Quando nos arrependemos  de erros, precisamos nos esforçar para ter certeza de que não serão repetidos.  Pois hábitos permanentes, planejamento e esforço serão necessários para mudar nossa conduta.
Veja, também, Efésios  4:25-32; Mateus 12:43-45.
Atos 26:30 — Aquele que  se arrepende deve produzir "frutos de arrependimento" ou fazer "obras dignas de arrependimento" (Lucas 3:8-14; Mateus 3:8). Isto inclui assegurar-nos de que não repetiremos o erro no futuro. Mas também inclui fazer o que pudermos para superar o dano causado por nossos atos  errados no passado. (Conf. Ezequiel 33:14-15; 1 Samuel 12:13; Filemon  10-14,18,19; Lucas 19:8).
Quando um casal tem  problemas antigos e profundamente estabelecidos, uma resolução precisa incluir  acordo mútuo sobre o que os esposos pretendem especialmente fazer de modo  diferente no futuro, para mudar a conduta. Eles precisam de um programa especial  ou plano de ação, talvez até um que seja escrito.
Caminhos alternativos  poderão ser discutidos. Os modos em que cada esposo pode ajudar o outro deverão  ser acertados. Os acordos deverão incluir exatamente o que cada parceiro  fará de modo diferente no futuro. Preferivelmente, estes deverão ser expostos de  modo que permita que o progresso seja óbvio e possível de ser medido; deverá  ser evidente quando as mudanças estão (ou não estão) sendo efetivadas. Então  o casal deverá fazer promessas ou compromissos mais explícitos um  ao outro, para efetivar estes atos.
Tiago 5:12 — Antes seja o  vosso sim, sim, e o vosso não, não. Quando fazemos compromissos um com o  outro, temos que fazê-lo conscientemente e temos que efetivar nossos  compromissos. Temos que fazer as mudanças que prometemos fazer e cumprir o plano de  ação com o qual concordamos. (Romanos 1:31, 32; 2 Coríntios 8:11).
 • Procure ajuda (se for necessária)
O procedimento que  descrevemos resolverá a maioria dos problemas familiares sérios, se realmente amamos  um ao outro e desejamos obedecer a Deus. Mas, e se claramente há pecado numa família  e o procedimento acima foi tentado, e o problema ainda continua? A Bíblia nos diz para obtermos ajuda de outros cristãos.
Fale  com um ou dois cristãos fiéis.
Gálatas 6:2 — Levem as  cargas uns dos outros. A primeira fonte de ajuda deve ser outros cristãos.  Alguns são muito embaraçados para aceitar que outros descubram seus problemas, mas  um dos primeiros passos para superar um problema é admitir que o temos.
Tiago 5:16 — Confessem  suas faltas um ao outro e orem um pelo outro. Algumas vezes outros cristãos  têm tido experiência em lidar com um problema desses e podem dar a Escritura  ou aplicação de que precisamos. Certamente, eles podem orar por nós. Por  que cristãos com problemas espirituais buscam ajuda primeiro de conselheiros  que nem mesmo são cristãos?
Mateus 18:15-16 — Se teu  irmão peca contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Mas se isto não resolve,  procure ajuda. Leve um ou dois cristãos com você.
Muitos pensam que esta  passagem não se aplica a problemas familiares, mas por que não? Ela discute casos  onde um cristão peca contra outro. Onde esta, ou passagens semelhantes,  excluem da aplicação os membros da família? A maioria das Escrituras que citamos  neste estudo foram de aplicação geral, não dizendo respeito especificamente à família, contudo todos podemos ver que deverão ser aplicadas à família.  Por que este versículo não é a mesma coisa? (veja 1 Coríntios 6:1-11).
Apresente-o  à igreja, e então se retire.
Mateus 18:16-17 —  Esperamos que a mediação de um ou dois outros cristãos resolva o problema, mas se não, então a Bíblia diz para apresentar o assunto à congregação. Talvez o envolvimento de toda a igreja leve a parte culpada ao seu bom senso.
Se mesmo isto não  resolver o problema, então aquele que está claramente em pecado precisa ser expulso  (2 Tessalonicenses 3:15; 1 Coríntios 5; etc.).
Isto não quer dizer que  devemos correr para a igreja para todo problema pessoal. Mas se o pecado está claramente  envolvido e os esforços privados não levam ao arrependimento, Deus dá o modelo do procedimento. Em muitíssimos casos, o pecado continua em  nossos lares porque somos demasiadamente orgulhosos ou tolos para seguir o  caminho das Escrituras para buscar auxílio.
Conclusão
As Escrituras nos equipam  para todas as boas obras, incluindo como resolver problemas em nossos lares.  Há esperança para casamentos perturbados. Podemos resolver nossos problemas  do modo de Deus. Se não fizermos assim, não temos ninguém a quem culpar,  senão a nós mesmos.
 -por David Pratte
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