31 de jan. de 2012

Capítulo Um:Com Tudo Que Possuis, Adquire A Unção - Por que tarda o pleno Avivamento? - Leonard Ravenhill




Na igreja moderna, a reunião de oração é uma espécie de Cinderela. Essa serva do Senhor é desprezada e desdenhada porque não se adorna com as pérolas do intelectualismo, nem se veste com as sedas da Filosofia; nem se acha ataviada com o diadema da Psicologia. Mas se apresenta com a roupagem simples da sinceridade e da humildade, e por isso não tem receio de se ajoelhar.
O “mal” da oração é que ela não se acha necessariamente associada a grandes façanhas mentais. (Não quero dizer, porém, que se confunda com preguiça mental). A oração só exige um requisito: a espiritualidade. Ninguém precisa ser espiritual para pregar, isto é, a preparação e pregação de um sermão perfeito segundo as regras da homilética e com exatidão exegética, não requer espiritualidade. Qualquer um que possua boa memória, vasto conhecimento, forte personalidade, vontade, autoconfiança e uma boa biblioteca pode pregar em qualquer púlpito hoje em dia. E uma pregação dessas pode sensibilizar as pessoas; mas a oração move o coração de Deus. A pregação toca o que é temporal; a oração, o que é eterno. O púlpito pode ser uma vitrine onde expomos nossos talentos; o aposento da oração, pelo contrário, desestimula toda a vaidade pessoal.
A grande tragédia de nossos dias é que existem muitos pregadores sem vida, no púlpito, entregando sermões sem vida, a ouvintes sem vida. Que lástima! Tenho constatado um fato muito estranho que ocorre até mesmo em igrejas fundamentalistas: a pregação sem unção. E o que é unção? Não sei. Mas sei muito bem o que é não ter unção (ou pelo menos sei quando não estou ungido). Uma pregação sem unção mata a alma do ouvinte, em vez de vivificá-la. Se o pregador não estiver ungido, a Palavra não tem vida. Pregador, com tudo que possuis, adquire unção.
Irmão, nós poderíamos ter a metade da capacidade intelectual que possuímos se fôssemos duas vezes mais espirituais. A pregação é uma tarefa espiritual. Um sermão gerado na mente só atinge a mente de quem a ouve. Mas gerada no coração, chega ao coração. Um pregador espiritual, sob o poder de Deus, produz mentalidade espiritual em seus ouvintes. A unção não é uma pombinha mansa esvoaçando à janela da alma do pregador; não. Pelo contrário; temos que batalhar por ela e conquistá-la. Também não é algo que se aprenda; é bênção que se obtém pela oração. Ela é o prêmio que Deus concede ao combatente da fé, que luta em oração, e consegue a vitória. E não é com piadinhas e tiradas intelectuais que se chega à vitória no púlpito, não. Essa batalha é ganha ou perdida antes mesmo de o pregador pôr os pés lá. A unção é como dinamite. Não é recebida pela imposição de mãos, nem tampouco cria mofo se o pregador for lançado numa prisão. Ela penetra e permeia a alma; abranda-a e tempera-a. E se o martelo da lógica e o fogo do zelo humano não conseguirem quebrar o coração de pedra, a unção o fará.
Que febre de construção de templos estamos presenciando hoje. No entanto, sem pregadores ungidos, o altar dessas igrejas não verá pecadores rendidos a Cristo. Suponhamos que todos os dias diversos pescadores saiam para o alto-mar com seus barcos, levando o mais moderno equipamento que existe para o exercício desse ofício, mas retornem sempre sem apanhar um só peixe. Que desculpa poderiam dar para tal fracasso? No entanto é isso que acontece nas igrejas. Milhares delas estão abrindo as portas dominicalmente, mas não vêem conversão. Depois tentam encobrir sua esterilidade interpretando textos bíblicos a seu bel-prazer. Mas a Bíblia diz: “Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia...”
E o mais triste em tudo isso é que o fogo que devia haver nesses altares encontra-se apagado ou arde em combustão muito lenta. A reunião de oração está morrendo ou já morreu. Com a atitude que temos em relação à oração, estamos dizendo ao Senhor que o que ele começou no Espírito, nós terminaremos na carne. Qual é a igreja que pergunta a um candidato ao ministério quanto tempo ele passa diariamente em oração? A verdade é que o pregador que não passa pelo menos duas horas por dia em oração, não vale um vintém, por mais títulos que possua.
A igreja hoje se acha como que postada na calçada assistindo, entre aflita e frustrada, à parada dos maus espíritos de Moscou, que marcham pomposamente no meio da rua respirando ameaças contra “tudo que é amável e de boa fama”. Além disso, no lugar da regeneração, o diabo colocou a reencarnação; no lugar do Espírito Santo, os espíritos-guias; no lugar do verdadeiro Cristo, o anticristo.
E o que a igreja tem para contrapor aos males do comunismo? Onde está o poder espiritual? A impressão que se tem é que, ultimamente, uma forte sonolência tomou o lugar da oposição religiosa, nos púlpitos e também nas publicações evangélicas. Quem hoje batalha “diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”? Onde estão os combatentes divinamente ungidos de nossos púlpitos? Os pregadores que deviam estar “pescando homens”, parecem estar pescando mais é o elogio deles. Os que costumavam espalhar a semente, agora estão colecionando pérolas intelectuais. (Imagine só, semear pérolas num campo!)
Chega dessa pregação estéril, espiritualmente vazia, que é ineficaz, porque foi gerada num túmulo e não num ventre, e se desenvolveu numa alma sem oração, sem fogo espiritual! É possível alguém pregar e ainda assim se perder; mas é impossível orar e perecer. Se Deus nos chamou para o seu ministério, então, prezados irmãos, insisto em que precisamos de unção. Com tudo que possuis, adquire a unção, senão os altares vazios de nossas igrejas serão exemplos vivos de nosso intelectualismo ressequido.


“Nossas orações precisam ser apoiadas numa energia que nunca esmorece, numa persistência que não aceita não como resposta, e numa coragem que nunca se rende”.
— E. M. Bounds.
“Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo”.
— Judas20.
“Ah, se pudéssemos sentir-nos mais preocupados com o estado de inanição em que se encontra hoje a causa de Cristo na terra, com os avanços do inimigo em Sião e com a devastação que o diabo tem efetuado nele. Mas infelizmente um espírito de indiferença vem imobilizando muitos de nós”.
— A. W. Pink.
“A oração era seu interesse máximo!”
— O biógrafo de Edwin Payson.
“Tenho passado dias e até semanas prostrado ao chão, orando, silenciosamente ou em voz alta”.
— George Whitefield.
“Todo declínio espiritual começa com a negligência da oração. Nenhum coração pode desenvolver-se bem sem muita comunhão íntima com Deus; não existe nada que possa compensar a falta dela”.
— Berridge.
“A impressão que tive foi que ele já havia subido para o céu, e se achava imerso em Deus. Muitas vezes, após terminar seu momento de oração, ele estava branco como a cal da parede”.
— Comentário de um amigo de Tersteegen, após um contato com ele em Kronenberg.

Introdução - Por que tarda o pleno Avivamento? - Leonard Ravenhill


Introdução

Eis minha pequena oferta de pães e peixes — um lanchezinho simples, sem a beleza nem o sabor de um bolo de aniversário. Sinto-me como um marinheiro que vi surrando um soldado, certa vez, “porque”, explicou ele, “esse sujeito xingou minha mãe”. O meu Senhor também foi insultado, e sua igreja vilipendiada. E diante de dois insultos desses, meu coração se angustia. A igreja tem muitos inimigos. Não posso deixar minha espada na bainha. De modo algum!
Calculo que cerca de um milhão de pessoas lêem o jornal “Herald of His Coming”, em sua edição em inglês. Alguns dos capítulos deste livro já foram publicados nesse periódico sob a forma de artigos, e portanto, foram lidos por inúmeros leitores (isso não me deixa orgulhoso, nem humilhado). E esse jornal é publicado também em francês, espanhol, alemão e outras línguas. Portanto, através dessa publicação, bem como do “Alliance Witness” e outras semelhantes, Deus tem usado esses meus despretensiosos estudos para falar ao coração de muitos crentes. Meu desejo agora é que também você, leitor, receba uma bênção por meio deles.
Quero agradecer sinceramente ao meu estimado amigo e conselheiro espiritual, Dr. A. W. Tozer, que bondosamente escreveu o prefácio. Agradeço também à Sr.a Hines e a sua filha Ruth que corrigiram e datilografaram o manuscrito, realizando um trabalho primoroso. (Todos os lucros auferidos com a venda desta obra serão revertidos para o sustento de missões no exterior. Que nós possamos viver sempre com os valores eternos em vista!)
— Leonard Ravenhill


“Por mais erudito que um homem seja, por mais perfeita que seja sua capacidade de expressão, mais ampla sua visão das coisas, mais grandiosa sua eloqüência, mais simpática sua aparência, nada disso toma o lugar do fervor espiritual. É pelo fogo que a oração sobe aos céus. O fogo empresta asas à oração, dando-lhe acesso a Deus; comunica-lhe energias e torna-a aceitável diante do Senhor. Sem fogo não há incenso; sem fervor não há oração”.
— E. M. Bounds.
“Pela fé e pela oração, fortaleça as mãos frouxas e firme os joelhos vacilantes. Você ora e jejua? Importune o trono da graça e seja persistente em oração. Só assim receberá a misericórdia de Deus”.
— João Wesley.
“Antes de ocorrer o grande avivamento de Gallneukirchen, Martin Boos passava horas e horas, dias e dias, e até noites em oração, intercedendo sozinho, agonizando perante Deus. Mas quando ele pregava, sua palavra era como fogo, e o coração dos ouvintes, como capim seco”.
— D. M. Mclntyre, D. D.
“Existem muitos crentes que não sabem orar, mas tentam cultivar a “santa arte da intercessão” por meio de esforço pessoal e determinação, e freqüentando grupos de oração. Mas nada conseguem. Na verdade, o segredo de uma verdadeira vida de oração para esses, bem como para todos nos, é: “Enchei-vos do Espírito”, que é o mesmo "espírito de graça e de súplicas”.
— Rev. J. Stuart Holden.


Série Livros para Ler - [Download] Estudos no Sermão do Monte - D. M. Lloyd Jones


 no Sermão do Monte - D. M. Lloyd Jones


Créditos: Mazinho Rodrigues

Estudos no Sermão do Monte, Lloyd Jones toca o coração do leitor da mesma forma que um cirurgião cardíaco faz: dramática e precisamente. Sua análise penetrante do texto bíblico e ricas aplicações, permitem-nos refletir com seriedade acerca das elevadas demandas da vida cristã.
Na ocasião do lançamento deste livro, foi comentado a seu respeito tratar-se de "a mais profunda sondagem do coração de todas as exposições do Sermão do Monte já publicadas no século XX."
Agora, mais de 25 anos após o seu lançamento em português, esta obra que já se tornou um clássico, continua cativando o coração do leitor, levando-o a considerar a beleza e a profundidade das palavras do Senhor Jesus Cristo registradas em Mateus 5, 6 e 7. O Sermão do Monte, conforme diz Lloyd Jones, não é um código de ética ou moral; é, antes, uma descrição do que o cristão deve ser.
A análise cuidadosa que Dr. Lloyd Jones faz do texto bíblico, bem como suas ricas aplicações, permitem-nos refletir com muita seriedade acerca das elevadas exigências da vida cristã.

Série Livros para Ler - [Download] Enriquecendo-se Com a Bíblia - A. W. Pink



Você conhece mesmo a Bíblia? Você a ama e pratica seus ensinos?
Este livro é um convite ao povo leitor para apreciar, entender e aplicar a mensagem da Bíblia em sua vida. Cada um dos 10 breves capítulos deste livro, trabalha um importante tema da fé cristã e, como um pequeno manual, ajuda o leitor a obter o maior proveito e compreensão possível de sua leitura bíblica, tornando-a rica, relevante e pratica. Mas essa ajuda é oferecida com uma palavra de alerta: Só o Espírito de Deus pode convencer o leitor da verdade, da justiça e do juízo. Só o Espírito pode aplicar as verdades da Escritura e torná-las mais desejáveis do que ouro e o destilar dos favos. Então o leitor sincero deverá pedir a Deus que mande seu Espírito soprar em seu coração e despertá-lo para provar e ver a bondade de Deus, na Bíblia.