19 de set. de 2011

Os Laços da Fraternidade - R. C. Sproul




R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da Igreja St. Andrews Chapel, na Florida; fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências; autor de dezenas de livros, vários deles publicados em português; possui um programa de rádio chamado: Renove sua Mente, o qual é transmitido para uma grande audiência nos EUA e para mais de 60 outros países; Suas graduações incluem passagem pelas seguintes universidades e centros de estudos teológicos: Westminster College, Pennsylvania, Pittsburgh Theological Seminary, Universidade livre de Amsterdã e Whitefield Theological Seminary. É casado com Vesta Ann e o casal tem dois filhos, já adultos.


Fraternidade... o que significa? Pode referir-se a diversos tipos diferentes de associações ou relacionamentos, e a igreja pode aprender lições valiosas explorando esta palavra com maior profundidade. O termo fraternidade pode nos levar a pensar no lema da Revolução Francesa: "Liberdade, Fraternidade, Igualdade". A fraternidade, junto com a igualdade e a liberdade, foi colocada no topo das ideias dessa revolução. O termo pode nos levar a pensar nos grupos dos campi universitários como os que são descritos no filme sobre a fraternidade radical "Animal House". Além do nível universitário, há uma grande variedade de organizações de homens neste mundo que são "ordens fraternais", tais como os Elks, grupos policiais e diversos outros clubes de serviços públicos.
A idéia da fraternidade também se manifesta no campo dos esportes competitivos, particularmente no que se refere às equipes. A expressão "There is no T em team" é um chavão porque é verdade. Para que as equipes funcionem de maneira eficiente e efetiva, tem de haver fraternidade e espírito de equipe. Repetidas vezes ficamos sabendo de jogadoressuperstars no reino esportivo profissional que são afastados por seus clubes porque criaram uma atmosfera destrutiva nos vestiários.
Nenhuma equipe pode funcionar bem se baseando apenas na força de um único indivíduo. No basquete, por exemplo, os jogadores que são donos da bola destroem o espírito da equipe. Se a bola for passada para um dono da bola, com toda probabilidade ele não vai passá-la para um companheiro, mas muito provavelmente vai dar um passe errado. No futebol americano, um golpe da ofensiva envolve bloqueio, corrida, passe, falta e outras dimensões do esporte. O negócio todo é uma orquestração de diversos elementos. Até o beisebol opera com base em uma harmonia dentro da equipe. Babe Ruth jamais ganhou sozinha.
Ironicamente, quando examinamos a área do atletismo, vemos que a idéia da fraternidade não existe apenas nos esportes de equipe, mas também no contexto dos esportes individuais. Talvez o exemplo supremo de um esporte individual seja o pugilismo. É mano a mano, um homem contra outro. Não existe equipe no ringue do pugilismo. O pugilista permanece sozinho diante do seu oponente com o sistema de apoio no canto. No ringue — o campo de batalha — ele tem de lutar sozinho, o drama de uma luta entre dois oponentes iguais, ambos se esforçando ao máximo para derrubar o outro ou fazendo o que puderem para ganhar a luta ou obter pontos. E, assim mesmo, quando o gongo soa, com freqüência vemos os dois gladiadores se abraçando no centro do ringue com um óbvio senso de afeto. Por que fazem isso? Porque o lutador é treinado em seu esporte individual não apenas para competir com o seu oponente, mas também para respeitá-lo. Quando está envolvido em uma luta que o testa até o máximo, sai exaurido, abatido, talvez até derrotado, mas assim mesmo ainda possuindo enorme respeito pelo seu oponente. Há uma espécie de comunhão, uma espécie de fraternidade, que apenas gladiadores individuais como esses homens conseguem entender.
O mesmo acontece no golfe, mesmo quando muitas competições testam a habilidade individual. De vez em quando, os jogadores de golfe se juntam em equipes, e não há entre eles um sentimento de que fazem parte de uma fraternidade que seja mais importante que as outras em suas realizações individuais.
Mas não existe uma fraternidade tão importante ou tão significativa quanto a igreja e a comunhão dos santos. Obviamente, a igreja não é uma organização exclusiva de homens, talvez por isso possamos falar da igreja como fraternidade ou irmandade. Mas de qualquer forma, a ideia de participação em equipe está claramente presente. Não existe uma coisa tal como a igreja de uma só pessoa.
Certamente não somos salvos ou justificados pela fé de nossas famílias, amigos ou companheiros. De certo modo, a redenção é uma questão intensamente individual. Mas, quando somos justificados, quando estamos na condição de salvos, somos imediatamente colocados em um grupo. Somos imediatamente colocados na igreja.
A igreja existe como uma pessoa jurídica. Há uma solidariedade corporativa que define a identidade da igreja do Novo Testamento. Não existe lugar para individualismo grosseiro. Ninguém recebeu todos os dons do Espírito Santo; ninguém tem oportunidade de "monopolizar" o ministério.
O que precisamos na igreja é de uma espécie de relacionamento familiar que é uma fraternidade e uma irmandade. Pode ser aprendida em parte fora da igreja em outras atividades, tais como o mundo dos esportes ou até mesmo no campo de batalha. Mas o mais profundo entretecimento de seres humanos para uma causa comum, uma fé comum, e um Senhor comum existe na igreja de Jesus Cristo.


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Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin
Copyright: © Ligonier Ministries / Tabletalk Magazine
© Editora FIEL 2011.

Traduzido do original em inglês: The bonds of brotherhood. Revista Tabletalk, Julho de 2011. Com permissão de Ligonier Ministries.

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

Seis Lições da Parceria de Joabe e Abisai - John Piper


Seis Lições da Parceria de Joabe e Abisai“Disse Joabe: Se os siros forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro; e, se os filhos de Amom forem mais fortes do que tu, eu irei ao teu socorro. Sê forte, pois; pelejemos varonilmente pelo nosso povo e pelas cidades de nosso Deus; e faça o Senhor o que bem lhe parecer” (2 Samuel 10.11-12).
Nessas palavras de Joabe, há seis coisas que penso devem caracterizar todos os esforços da equipe ministerial na igreja.
1. Humildade
A primeira é humildade. “Se os siros forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro.” Joabe era um guerreiro poderoso, mas não era tolo para julgar-se totalmente autossuficiente. “Abisai, meu irmão, talvez hoje eu seja incapaz para a tarefa.” Ele não teve vergonha de pedir ajuda. A humildade espontânea reconhece sua própria limitação e necessidade. Está aberta a receber ajuda, a ser ensinada e não se ressente de um bom aviso ou um conselho.
2. Diversidade
A segunda característica da equipe ministerial ilustrada por Joabe é a diversidade. Abisai foi enviado contra os amonitas; Joabe, contra os sírios. Quando o inimigo é diversificado e está espalhado, uma estratégia inteligente de batalha é não usar todas as tropas em um único lugar. Também é sábio colocar todos a fazer, na maior parte do  tempo, aquilo em que eles são melhores. Um princípio bíblico firme é que Deus deu a todos nós diferentes combinações de dons.
3. Ajuda mútua
A terceira característica de uma boa equipe ministerial é ajuda mútua. “Se os siros forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro; e, se os filhos de Amom forem mais fortes do que tu, eu irei ao teu socorro.” Diversidade na igreja não é tão rígida, que não podemos deixar o nosso campo designada e ajudar uns aos outros. Fundamental a todo trabalho de equipe bem-sucedido é que os membros da equipe sejam em uns pelos outros, e não uns contra os outros. Competição no ministério é um anátema para o Espírito de Cristo.
4. Força
A quarta característica da equipe ministerial eficaz é força. “Sê forte… pelejemos varonilmente.” Literalmente, o hebraico diz apenas: “Sê forte e mostremo-nos fortes!” Quando a batalha começa, não fugimos temerosos e fracos. Devemos atacar! “Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Ef 6.10-11). O poder que precisamos não vem de nós mesmos. É com a força do poder de Deus que temos de ser fortalecidos. Quando vestimos a armadura de Deus, temos a força de Deus.
5. Benefício para o povo de Deus
Joabe disse: “Pelo nosso povo e pelas cidades de nosso Deus”. Embora o nosso objetivo deva ser o ajudar uns aos outros, devemos sempre perguntar: “Ajudar uns aos outros a fazer o quê?" A resposta é: “Beneficiar o povo de Deus”. Nenhum grupo de cristãos vive para si mesmo. Nós nos esforçamos pela humildade cristã, usamos nossa diversidade, vivemos em ajuda mútua, mantemos nossa força não para nós mesmos, mas para o benefício do povo de Deus.
6. Rendição à orientação soberana de Deus
Há uma característica final da equipe ministerial que Joabe ilustra: render-se à orientação soberana de Deus. “Sê forte, pois; pelejemos varonilmente pelo nosso povo e pelas cidades de nosso Deus; e faça o Senhor o que bem lhe parecer”. E faça o Senhor o que bem lhe parecer. Oh! que sempre realizemos nossa obra dessa maneira, prostrando-nos diante de Deus e dizendo: “Ó Deus, almejamos ser humildes, ser diversificados, ajudar-nos mutuamente, ser fortes no Senhor, trabalhar com ardor para o bem do teu povo. Mas, ó Deus, reconhecemos que tu és soberano e nós somos finitos. Queremos dizer o mesmo que Joabe disse: em todos os nossos planos e em todo o nosso labor, faze o que bem te parecer”.

O Pecado que acendeu o Inferno - Josemar Bessa


"Porque eu sou manso e humilde de coração ". Como a mansidão é o oposto da vontade própria e auto-afirmação, do mesmo modo a humildade é o reverso da auto-estima e auto-justiça...


Felizes os Tristes! (Eis o paradoxo) - Josemar Bessa


"Felizes os tristes" opõe-se a tudo o que conhecemos. Toda a estrutura de nossa vida - a loucura pelo prazer, a busca de emoções e o tempo, dinheiro e entusiasmo gastos atrás de diversão e passatempo!