14 de mar. de 2011

Humilde, Forte e Descartável - Josemar Bessa




C. J. Mahaney - Humildade, Verdadeira Grandeza

A humildade atrai a atenção de Deus. Em Isaías 66.2 lemos as seguintes palavras do Senhor:
O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.
Esta profunda passagem nos direciona a uma motivação e a um propósito totalmente diferente a respeito da humildade. Uma motivação e um propósito que jamais encontraremos nas páginas de um manual de negócios. Nessa passagem, encontramos motivação e propósito alicerçados no impressionante fato de que a humildade atrai o olhar de nosso Soberano Deus.

Se entendermos as circunstâncias em que esta passagem foi escrita, encontraremos um significado ainda mais rico. Aqui, Deus se dirige aos israelitas, um povo com uma identidade única. Escolhidos por Deus, dentre todas as nações da terra, eles possuíam tanto o templo quanto a Torá – a Lei de Deus. Mas, não tremeram da palavra de Deus. Em certo sentido, eles tinham tudo a seu favor, exceto o mais importante. Eles não eram humildes diante de Deus.

Então, nessa passagem, Deus, em sua misericórdia, tira a atenção dos israelitas da orgulhosa suposição de serem privilegiados como escolhidos de Deus, e da preocupação que eles tinham com os adornos da religião. Estas coisas não atraem seu olhar ativo e gracioso, mas a humildade o faz.

Os olhos de Deus constituem um tema por toda a Escritura. Veja, por exemplo, as palavras de 2 Crônicas 16.9: “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele”. Obviamente, Deus não tem olhos físicos; “Deus é espírito” (João 4.24). Ele não precisa de olhos físicos porque é onisciente. Nada escapa à sua atenção. Ele está ciente de todas as coisas.

No entanto, embora conheça tudo, Ele procura por algo em particular, algo que atue como um ímã para capturar sua atenção, e O convide a se envolver conosco de forma ativa. Deus é, decididamente, atraído pela humildade. Uma pessoa humilde é aquela que atrai a atenção de Deus, e, neste sentido, atrair a atenção dEle também significa atrair sua graça – sua bondade imerecida. Pense nisto: há uma coisa que você pode fazer para atrair mais da força e ajuda graciosa, imerecida e sobrenatural de Deus!

Que promessa! Atente mais uma vez para esta passagem tão conhecida: “Deus... dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, Deus não auxilia “os que ajudam a si mesmos”, mas os que se humilham.

Essa é a promessa da humildade. Deus é, pessoal e providencialmente, defensor dos humildes. E a graça que Ele estende aos humildes é indescritivelmente valiosa. Jonathan Edwards escreveu: “Os prazeres da humildade são os mais refinados, íntimos e primorosos deleites no mundo”. O propósito deste livro é ajudá-lo a receber e experimentar esses excelentes prazeres.


Por C.J. Mahaney. © Sovereign Grace Ministries. Website: sovereigngraceministries.org
Excerto do Livro: Humildade, Verdadeira Grandeza. Disponibilizado pela Editora Fiel


[DEVOCIONAL] John Piper – O que é Humildade?


O que é Humildade?

por John Piper

Em 1908, o escritor inglês G. K. Chesterton descreveu o embrião da cultura que hoje chamamos de pós-modernismo. Este já é um termo desgastado. Algum dia, os leitores o pesquisarão em um livro de História. Uma das características de seu “relativismo vulgar” (conforme o chama Michael Novak) é o erro grave de tomar a palavra arrogância para referir-se à convicção e humildade para referir-se à dúvida. Chesterton viu a chegada do pós-modernismo:

O que sofremos hoje é de humildade no lugar errado. A modéstia se afastou do setor da ambição e se estabeleceu na área das convicções, o que nunca deveria ter acontecido. Um homem devia mostrar-se duvidoso a respeito de si mesmo, mas não a respeito da verdade; isto foi invertido completamente. Hoje, aquilo no qual o homem confia é exatamente aquilo em que ele não deveria confiar — nele mesmo. Aquilo que ele duvida é exatamente o que ele não deveria duvidar — a razão divina… O cético moderno propõe ser tão humilde que duvida se pode aprender… Existe uma humildade característica de nossa época; acontece, porém, que ela é uma humildade mais venenosa do que as mais severas prostrações dos ascéticos… A velha humildade fazia que o homem duvidasse de seus esforços, e isto, por sua vez, o levaria a trabalhar com mais empenho. Mas a nova humildade torna o homem duvidoso a respeito de seus alvos; e isto o faz parar de trabalhar completamente… Estamos a caminho de produzir uma raça de homens tão mentalmente modestos que serão incapazes de acreditar na tabuada de multiplicação.


Vemos isso, por exemplo, no ressentimento para com os crentes que expressam a convicção de que os judeus (como as outras pessoas) precisam crer em Jesus, para serem salvos. A reação mais comum a esta convicção é que os crentes são arrogantes. A humildade contemporânea está firmemente arraigada no relativismo que evita conhecer a verdade e especificar o erro. Mas isto não é o que a humildade costumava significar.
Se a humildade não é aquiescência às exigências populares do relativismo, então, o que é humildade? Isto é importante, pois a Bíblia diz: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pe 5.5); e: “Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado” (Lc 14.11). A humildade, portanto, é sobremodo importante. Deus nos diz pelo menos cinco coisas a respeito da humildade:

1. A humildade começa com um senso de submissão a Deus, em Cristo. “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor” (Mt 10.24). “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus” (1 Pe 5.6).

2. A humildade não sente que tem o direito de receber melhor tratamento do que o tratamento dado a Jesus. “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25.) Por conseguinte, a humildade não paga o mal com o mal. Não é uma vida baseada nos direitos percebidos. “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos… quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2.21-23).

3. A humildade afirma a verdade não para apoiar o “eu” com o domínio e triunfos dos debates, mas como um serviço prestado a Cristo e expressão de amor para com o adversário. O amor “regozija-se com a verdade” (1 Co 13.6). “O que vos digo às escuras… Não temais” (Mt 10.27,28). “Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus” (2 Co 4.5).

4. A humildade sabe que depende da graça de Deus para conhecer e crer. “Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Co 4.7.) “Acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma” (Tg 1.21).

5. A humildade sabe que é falível; por isso, reflete sobre o criticismo e aprende dele. Mas também sabe que Deus fez provisão para a convicção humana e nos convoca a persuadir os outros.
Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. 


Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido 
(1 Co 13.12).
O sábio dá ouvidos aos conselhos (Pv 12.15).
Conhecendo o temor do Senhor, persuadimos os homens (2 Co 5.11).
Extraído do livro: Penetrado pela Palavra, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL 2009
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.


Série Livros para Ler - [Download Livro] Humildade - 

A Beleza da Santidade - Andrew Murray



Sinopse:
Editora dos Clássicos
Série: Riquezas de Cristo
O orgulho é a raiz de todo pecado e mal; é a porta, o nascimento e a maldição do inferno. Quem está disposto a voltar à humildade que Cristo ordenou para Seus discípulos?Andrew Murray (1828-1917) percebeu que somente habitando em Cristo é possível haver vida cristã. Por isso, ele foi comissionado pelo Senhor para apresentar ao Seu povo a urgente necessidade de se buscar uma vida cristã profunda. Isso levou-o a escrever mais de 250 livros e numerosos artigos, enfatizando a consagração integral e absoluta a Deus, a oração e a santidade. Como um gigante em teologia bíblica conservadora, empenhou-se pela educação teológica dos pastores de sua época, opondo-se ao liberalismo.
O livro Humildade: A Beleza da Santidade é considerado um dos maravilhosos clássicos da literatura cristã, a essência do ministério de Andrew Murray.




                                                                                          

A Tristeza no Japão e o Deus do Gondim



Por Wilson Porte Jr.

Será que Deus sabe o que acontecerá nas próximas horas? Por mais absurdo que seja, há gente no Twitter dizendo que não, que Deus não sabe o que acontecerá nas próximas horas, que Ele também será pego de surpresa!

Há um provérbio chinês que diz: “Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos”. Gondim, pastor famoso em nosso país, tem semeado palavras ao longo deste dia que têm me feito sofrer, quase tanto quanto pelo desastre no Japão.

Não bastasse toda aquela tragédia, vem Gondim ainda expor suas ideais sobre um deus que não sabe de nada, que não vê nada, que não ouve nada, que não pode fazer nada e, o que é mais absurdo ainda, que faz tudo isso por amor (:-P) . Gente, depois de ruminar por alguns instantes algumas ideias propostas por ele no twitter, gostaria de tecer alguns comentários sobre as tais (não estou aqui criticando sua pessoa, pois não o conheço - suas ideias, entretanto, são públicas - e são a elas que critico).

Já faz tempo que Gondim vem semeando palavras absurdas a respeito de Deus. Há um tempo atrás, discuti de modo educado com ele no Twitter. Infelizmente, por eu ser coisa nenhuma, ele me ignorou, quase me mandando cuidar da minha vida que a dele estava muito bem, obrigado. Tudo o que quis foi saber de sua fonte para dizer o que diz acerca de Deus e os desastres. Veja o que Gondim tem escrito em seu Twitter (@gondimricardo):

“Os imbecis me perguntam sobre o Teismo Aberto. Ué, toda teologia não deveria ser aberta? Bin Laden gosta de teologia fechada”; “Ou Deus tem tudo sob seu controle ou Ele ama. Prefiro acreditar que Deus ama”; “O amor não controla. Amor e controle são como água é óleo, não combinam. Deus é amor. Repita depois de mim: Deus é amor”; “Um Deus que tem proposito na miséria humana, na violência, na dor, é na verdade um diabo!”; “E eu ainda sou criticado? Dá um tempo. Sou contra um Deus que chacina, que tem o mal sob controle e suja as mãos para conseguir o que quer”; “A teologia que coloca todos os mínimos eventos "sob controle" precisa de seres humanos marionetados. Simples assim!”; “Toda a lógica retributiva acorrenta a gratuidade. Acreditar em um Deus que tudo controla, desumaniza e anula a criatividade”; “Deus cria o homem como o mar forma os continentes, retirando-se. Retira-se porque nos quer livres”; “@jungmosung Você me ensinou a sair da reflexão individualista; despertou-me a pensar a partir do pobre e, por isso, sou grato, muito grato.”; “Um deus q tem propósito pra tudo, inclusive pra o mal, é réu confesso! E a pena deveria ser a morte!”

Percebam que, em todas essas afirmações, não há a citação de nenhum texto bíblico. Gondim deixa claro que não acredita que Deus está no controle de todas as coisas. Justifica-se com o papo da contingência, que, pra mim, é conversa pra boi dormir (e pra derrubar muito crente que quer dar uma de intelectual e não sabe que está cavando um buraco debaixo dos próprios pés).

“Deus não está no controle” - “Deus não sabe do que irá acontecer nas próximas horas”

Apesar de parecem absurdas tais declarações, sinceramente, eu entendo o coração de quem a escreveu. Ele não conhece o Deus da Bíblia. Tem um deus que ele mesmo criou em sua mente, cuja soberania e bondade não se encaixam ao desastre deste dia. Ele criou um deus em sua mente. Talvez por não conhecer o que as Escrituras dizem sobre o Deus trino que rege o universo com justiça e graça.

Pergunto a vocês: o que deveríamos (e o que não deveríamos) estar discutindo numa hora triste como essa?

O que NÃO deveríamos ficar discutindo é se Deus sabia ou não, se Ele poderia evitar ou não... Isso é papo de menino, de criança mimada, de gente que não se submete à Instrução Eterna e que, por isso, nunca sai da mesmice na vida e no discurso.

O que DEVERÍAMOS estar discutindo (e refletindo) é:

1. Que deveríamos chorar com os que choram;

2. Que deveríamos orar pela vida dos que sobreviveram e, também, pelos, agora, órfãos, viúvas, etc.;

3. Que deveríamos orar pelos países ainda em vista de serem atingidos pela tsunami;

4. E, por fim, e MAIS IMPORTANTE DE TUDO, deveríamos pensar no fato de que, todas as pessoas mortas na tragédia, estão vivas! Sim. Todas as pessoas mortas na tragédia, estão nas mãos de Deus que os separará em breve, como o trabalhador do campo separa o trigo do joio.

Eles estão vivos, na eternidade. Estão todos conscientes, aguardando o juízo do Justo Juíz. E, certamente, seu maior problema não será a infelicidade do desastre pelo qual passaram, mas seu arrependimento ou não de pecados diante da graça de Deus revelada na cruz de Cristo. A realidade desta vida é que, um dia, todos morreremos. Alguns, de um modo trágico. Outros, de um modo não tão trágico. A morte sempre trará tristezas, dúvidas, lamentações, e medos.

Deus está no controle de tudo! As pessoas que morreram estão nas mãos dEle. As que ainda morrerão, também não fogem de Sua soberania. Se Deus não controla o universo, quem então o faz? Se Deus não controla tudo, quem é responsável pelo mal? Seria o Diabo, Gondim? O acaso, a contingência? Se Deus não é Soberano, logo, não faz sentido esperar uma vitória sobre o mal. Se todo o futuro é uma possibilidade aberta, poderá acontecer de o mal, no final, vencer. Para mim, o nome disso é ARROGÂNCIA! Alguém que larga a Bíblia e passa a dissertar num suposto tom intelectual além de arrogante, deixa de ser cristão.

Antes que alguém me pergunte, não confundamos o tsunami com uma possível disciplina. Longe de nós tal pensamento.

Só o Senhor reina! Só Ele sabe o por quê de tudo! Só Ele determina o que é e o que há de ser! Só Ele decide conhecer nosso futuro e apagar nosso passado (ao invés do contrário)!

Reflita nesses dois belos versos da Palavra de Deus:

“Faz subir as nuvens dos confins da terra, faz os relâmpagos para a chuva, faz sair o vento dos seus reservatórios.” Salmo 135.7

“Por isso, te anunciei desde aquele tempo e te dei a conhecer antes que acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas; ou: A minha imagem de escultura e a fundição as ordenaram”. Isaías 48.5

Que Deus tenha misericórdia de nós.

Soli Deo Glori
a