6 de mar. de 2011

A Parábola da Ovelha Perdida


“Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso; e chegando à casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc. 15:1-7).




Porque Jesus não anda com Fariseus


Lucas, no capítulo 15 de seu livro, registra um diálogo entre Jesus e os fariseus,
que reclamavam do fato de Jesus receber e comer com publicanos.

A queixa deles fazia sentido: os publicanos eram gente que havia traído Israel e se tornado cobrador de impostos para os romanos. Eram como os que, na segunda guerra mundial, colaboraram com os nazistas que haviam invadido o seu próprio país.

Para os fariseus, o que faria sentido seria Jesus andar com eles, afinal, entre eles e Jesus, havia mais concordância doutrinária do que entre Jesus e qualquer outro partido judaico.

Jesus respondeu-lhes contando três parábolas: a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido.

Parábola é uma “estória” com fundo moral, para destacar um ensino.

Nessas três parábolas Jesus explica aos fariseus porque não andava com eles.

Na parábola da ovelha perdida, Jesus pergunta: Que pastor, tendo cem ovelhas, ao perder uma, não deixa no DESERTO as noventa e nove e sai à procura da perdida, e, quando a encontra, vai direto para casa para festejar com os amigos?

A resposta para essa pergunta é: nenhum pastor faria isso, pois perderia as noventa e nove, e tudo o que teria seria a ovelha perdida, se a encontrasse. A menos que estivesse abandonando as noventa e nove.

Era isso que Jesus estava a fazer, abandonando as noventa e nove. As noventa e nove ovelhas representavam os fariseus.

Jesus explica tê-los abandonado porque há mais alegria por um pecador arrependido, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.

Por que Deus não ficaria alegre com noventa e nove justos que não precisam de arrependimento, se, como disse o salmista: Deus conhece o caminho dos justos? (Sl 1.6)

Porque justos são os que sempre se arrependem e não os que se julgam não necessitados de arrependimento.

Os fariseus eram assim, se julgavam justos que não precisavam de arrependimento, mas Jesus os denunciava por serem justos aos seus próprios olhos, mas não justificados por Deus (Lc 18.11-14)

Na parábola da moeda perdida, Jesus diz que ele é como a mulher que, tendo perdido uma dracma (salário de um dia de trabalho), revira toda a casa até encontrá-la, e, ao encontrá-la, chama vizinhas e amigas e faz uma festa.

A casa é Israel, e o que é revirado é tudo o que os fariseus, por conta própria, chamaram de sagrado, e que só servia para passar uma imagem falsa de Deus, afastando os homens da possibilidade do arrependimento. A dracma representava os publicanos.

Na parábola do filho perdido, Jesus concorda com os fariseus quanto aos publicanos: deixa claro que são pessoas que jogaram para o ar tudo o que tinham junto ao Pai, para viver dissolutamente, seduzidos pelos romanos, que, por fim, apenas lhes estavam oferecendo viver numa pocilga.

Mas o Pai jamais desistiu dos publicanos, mantendo-lhes aberta a porta do arrependimento.

Entretanto, os fariseus, a exemplo do irmão mais velho, não o admitiam. Entendiam-se como juízes de seus irmãos, não dando crédito ao arrependimento dos mesmos, até por julgá-los incapazes de tal ato.

Os fariseus, como o irmão mais velho, não conheciam, de fato, o Pai, e não o amavam; pior, entendiam que o Pai tinha uma dívida para com eles, por causa da fidelidade com que o serviam sem nada receber em troca. E, em não amando o Pai, não amavam a ninguém. E quem não ama não considera a possibilidade do arrependimento do outro.

Jesus, em muitos casos, podia até ter o mesmo enunciado que os fariseus, mas não tinha o mesmo coração.

E... Como disse o poeta e compositor Claudio Manhães: “Diferente é o coração, a diferença é o coração!”

A boa doutrina tem de, necessariamente, gerar um bom coração, senão será, mesmo que correta, um enunciado vazio, por não ter frutificado no coração de quem a prega.

Autor: Ariovaldo Ramos 

A Ovelha Perdida

Cristo, muitas vezes, utilizou parábolas para falar ao povo e aos discípulos. Numa certa época quando pregava aos pecadores, Jesus aproveitando-se da presença dos fariseus e escribas que viviam a persegui-Lo, contou a parábola da ovelha perdida, ela fala do resgate de uma ovelha por seu pastor que sai em busca de sua ovelha perdida e não descansa até que a encontre e a traga de volta para casa. (Veja a passagem completa em Lucas 15:1-7). 

Os judeus tinham muito apreço por seus animais, especialmente as ovelhas, por esse motivo Davi sabia muito bem o que significava o relacionamento do povo com Deus, era semelhante ao de um pastor com seu rebanho. "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas". (Salmo 23:1-2).

Pedro ensinando os irmãos, da mesma forma, faz uma relação entre Jesus e o povo, onde o povo é as ovelhas e Cristo o Pastor. "Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas". (I Pedro 2:25). Em Mateus, Jesus, considera o povo sem Deus como ovelhas desgarradas. "E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor". (Mateus 9:36). Em João, o próprio Cristo, diz ser o Bom Pastor e que veio para resgatar as ovelhas. "Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas". (João 10.11).

O que significa a palavra resgatar? Significa ir ao encontro, buscar, procurar; pagar. Então, ser resgatado pelo nosso Bom Pastor Jesus significa que recebemos dele o perdão pelos nossos pecados, que já foram pagos por Ele. Significa também que Ele veio ao nosso encontro, a nossa procura para nos ajudar a sair do caminho ruim e para isso teve que habitar em nosso meio como homem. "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade". (João 1:14).

E como acontecia com uma ovelha perdida que seu pastor a levava de volta para casa, assim também acontece com aqueles que aceitar, pela fé, a Cristo como Salvador. Paulo afirma isto aos irmãos "Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus". (Gálatas 3:26). Jesus nos leva de volta para casa, ou seja, recebemos seu perdão e nos tornamos verdadeiros filhos de Deus, esse é o começo"Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele" (I João 3:1).Somente quando nos convertemos é que nos tornamos filhos de Deus, pois até então éramos ovelhas perdidas, ou filhos da perdição. "Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus". (I João 3:9-10).

Deus fica tão contente quando aceitemos Seu Filho Jesus como Senhor de nossas vidas, pois com isto nos livra da perdição eterna, que os anjos fazem festa no céu, por uma alma que se converte. "Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento". (Lucas 15:7; 10).

Por que preparo estas mensagens? Qual é a finalidade delas? "O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo". (I João 1.3). Por que não ser uma ovelha resgatada por Cristo? Não continue perdido. Ache o caminho de Jesus e volte para Deus"E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem". (Mateus 7:14). Deixe que Cristo te encontre!

por Daniel Borges 





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