12 de jan. de 2011

A Paciência Sobrenatural de Warfield - John Piper



É preciso um poder sobrenatural para ser paciente. Essa é a razão porque Paulo parece exagerar no modo como ora por nossa paciência:
 
Sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e paciência; com alegria (Cl 1.11).

Mas esse glorioso poder torna-se parte de nossa atitude através das promessas nas quais cremos. Como Romanos 8.28.  Benjamin B. Warfield foi um renomado e mundialmente conhecido teólogo que  ensinou no Seminário de Princeton por quase 34 anos, até sua morte em 16 de fevereiro de  1921. Muitos conhecem seus famosos livros, como A Inspiração e Autoridade da Bíblia. Mas o  que muitas pessoas não sabem é que, em 1876, com a idade de 25 anos, ele casou-se com  Annie Kinkead e viajaram para a Alemanha, em lua-de-mel. Durante uma violenta  tempestade Annie foi atingida por um raio e ficou permanentemente paralisada.

Após cuidar dela por 39 anos, Warfield sepultou-a em 1915. Em função das grandes necessidades  de sua esposa, ele raramente se ausentava de casa por mais de 2 horas, durante todos os  anos de seu casamento (Great Leaders of the Christian Church, p. 344.).


Bem, esse é, realmente, um sonho desfeito. Eu me recordo de dizer à minha esposa, na semana anterior ao nosso casamento: “Se nós sofrermos um acidente de carro em nossa  lua-de-mel, e você ficar desfigurada ou paralisada, eu manterei meus votos ‘na alegria ou na  tristeza’”. Mas para Warfield isso realmente aconteceu. Sua esposa nunca foi curada.

Diferentemente de José, que sofreu, mas veio a ser primeiro-ministro do Egito, não houve ascensão ao poder do Egito, no final da história de Warfield. Apenas a  extraordinária paciência e fidelidade de um homem a uma mulher, por 39 anos, numa  situação que nunca havia sido planejada – pelo menos não pelos homens.

Mas quando Warfield expôs seus pensamentos sobre Rm 8.28, ele disse: A idéia fundamental é o governo universal de Deus. Tudo que acontece a você está debaixo de Suas mãos. A idéia secundária é o favor de Deus para com os que O amam. Se Ele governa tudo, então nada exceto o bem pode sobrevir àqueles a quem Ele faz o bem… Ainda que sejamos fracos demais para nos ajudar, e cegos demais para pedir o que necessitamos, e possamos apenas gemer em anseios deformados, Ele mesmo é o autor de tais anseios em nós… e Ele dirigirá todas as coisas a fim de que recebamos somente o bem, de tudo o que nos acontece (Faith and Life, p. 204). 

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