29 de mai. de 2010

Mais Uma Chance(A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO)

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«Um homem tinha dois filhos.
O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar privações.
Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.

E caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’.

Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda ao longe, quando seu pai viu-o, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar.

Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe.
Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’
Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’»
Lucas 15, 11-32

O PERDÃO DIVINO
A mensagem do perdão é uma das mais lindas a atraentes na Palavra de Deus. No livro do profeta Isaías, 1:18, lemos: “Vinde e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como escarlata eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.”
O perdão divino vai muito além do que simplesmente declarar alguém inocente. O perdão de Deus não só remove a condenação, como oferece poder para que o pecador não continue na prática do pecado. O perdão tem que ver com a transformação do interior. O perdão não é somente necessário para eliminar a culpa por estarmos manchados pelo carmesim ou pela escarlata. O perdão de Deus, vai além. Ele transforma isso à semelhança da cor da neve ou da lã, simbolizando pureza.
Na triste experiência de Davi, rei de Israel, ao cometer uma sucessão de pecados iniciado no adultério com Bate Seba, foi ele despertado pelo profeta Natã. Reconhecendo seu pecado, o inspirado rei escreveu o Salmo 51. Aí encontramos três pedidos específicos que nos ajudam a entender a extensão dos efeitos do perdão de Deus em nossa vida.
Nos versos um e dois Davi pede a Deus respeitosamente perdão e purificação. Interessante esse pedido. Na primeira carta de João, capítulo um, versículo nove nós lemos que Deus é fiel para nos perdoar e nos purificar. No evangelho de João, 19:34, lemos que “um dos soldados feriu a Jesus no lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” O sangue é o símbolo do perdão e a água o símbolo da purificação. Com a morte de Cristo, não só é perdoado todo pecado, mas também é purificado aquele que o praticou. Davi rogava a Deus por perdão e purificação. E o terceiro pedido do rei que encontramos nessa oração do Salmo 51 está no verso 10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”. Davi pedia transformação interior.
Amigo ouvinte, o perdão isenta de condenação. Jesus já pagou o preço e sofreu a sentença! A purificação limpa a sujeita deixada naqueles que se envolvem com o pecado. E a transformação interior, como resultado da atuação do Espírito Santo na vida humana, capacita o indivíduo a viver segundo a vontade de Deus reclamada nas Escrituras.
Alguns julgam que para reclamar a bênção do perdão devem primeiro demonstrar que estão reformados. Mas isto não é assim! Jesus aprecia que nos acheguemos a Ele assim como somos, pecadores e desamparados. Podemos ir a Ele com todas as nossas fraquezas, leviandades e pecaminosidade. É Seu prazer nos receber em Seus braços de amor, perdoar nossos pecados e nos purificar de toda a impureza.
Aqui é onde milhares erram – não crêem que Jesus lhes perdoa. Mas devemos saber que é privilégio de todos os que quiserem, pois, perdão é oferecido amplamente para todo pecador.
Amigo ouvinte, as promessas de Deus são para você que me ouve e para eu também. Elas são para todo transgressor arrependido. Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas para todo aquele que crê. Ninguém é tão pecaminoso que não possa encontrar força, pureza e justiça em Jesus.
Deus não trata conosco da mesma maneira que os homens finitos tratam uns aos outros. Os pensamentos do Pai Celestial são de misericórdia, amor e terna compaixão. Em Isaías 55:7, temos o convite: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o vosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Que promessa maravilhosa! Deus é grandioso em perdoar!
Satanás está pronto para tirar de nós toda centelha de esperança e todo raio de luz. Mas não devemos consentir com as insinuações do inimigo do bem. Não devemos dar ouvidos ao tentador e sim lembrarmos que Jesus morreu para que pudéssemos viver. Deus desfaz nossas transgressões como a névoa os pecados, como a neblina (Isaías 44:22).
Sim, temos um Pai compassivo que está ansioso para nos perdoar. A parábola do filho pródigo, registrada em Lucas, capítulo 15 confirma essa verdade. Mesmo possuindo riquezas e conforto, o filho mais jovem pediu ao pai sua parte da herança e saiu em busca de prazeres numa terra distante.
Tendo gastado toda a sua fortuna foi abandonado pelos próprios amigos na mais completa miséria. E enquanto cuidava de porcos se alimentava da comida deles e lembrava de quantos empregados na casa do pai estavam em melhores condições. Então decidiu o que haveria de dizer ao pai e tendo se levando partiu em direção à casa paterna.
No verso 20 está a atitude do pai para com o filho pródigo. “E quando ainda estava longe, seu pai o viu, e movido de íntima compaixão, correndo lançou-lhe ao pescoço e o beijou.” É assim que Deus promete tratar a todos nós que nos extraviamos nos caminhos do pecado.
Em Jeremias 31:3 temos outra declaração maravilhosa: “Com amor eterno te amei, com bondade te atrai.” Amigo ouvinte, cada desejo de voltar para Deus não é senão a atuação do Espírito Santo, atraindo o perdido para o amante coração paterno.
O filho pródigo caiu aos pés do pai e reconheceu ser indigno de ser tratado como filho. Pede para ser recebido como empregado. Mas o pai não só perdoa, purifica e também ordena que a condição do filho seja transformada. Vestes, anel e uma grande festa marcam o retorno ao lar. E é assim que Deus quer fazer conosco. Ao aceitarmos Seu convite e nos aproximarmos dEle como somos e estamos, o infinito amor do Pai nos oferece o perdão, purifica e nos transforma.
Além de ser nosso advogado (I João 2:1) Jesus também promete jamais se lembrar de nossos pecados (Salmo 103:12). Não esqueça disso. Deus quer jogar todo o teu pecado nas profundezas do mar (Miquéias 7:19) e oferecer uma vida renovada pelo Seu amor e pelo Seu poder. É só querer. É só aceitar agora.
"Aqui está a oportunidade para um começo realmente novo. É o único meio. O próprio Deus o tornou possível, enviando Seu Filho unigênito a este mundo, para viver, morrer, e ressuscitar. Não importa o que você tenha sido no passado, nem o que é no momento. Basta que se volte para Deus, confessando seu pecado contra Ele, lançando-se sobre Sua misericórdia em Cristo Jesus, reconhecendo que somente Ele pode salvar e guardar você, e descobrirá que."
O passado será esquecido
Gozo dado no presente,
Graça futura prometida —
E uma coroa de glória no céu.

Venha! Amém.

As palavras de Jesus na cruz



As palavras de Jesus ditas na cruz definem, claramente, que a mensagem da cruz tem como objetivo principal a salvação da alma do pecador, concedendo-o a vida eterna, livrando-o do inferno e da escravidão de Satanás. Como está escrito em Jo 5.24: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida". O apóstolo Paulo explica o sentido da morte de Jesus na cruz, e o valor da Sua ressureição, com estas palavras, assim: "(...) O qual (Jesus) por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação" (Rm 4.25).
Vejamos, então, o significado das palavras de Jesus ditas na cruz:
1. Palavras de perdão e graça:
Jesus com grande amor pedoa os pecadores sem merecimentos, assim: "E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". (Lc 23.34). Com estas pavras Jesus declara a Sua graça infinita como favor imerecido. É com outras palavras, também, que reafirma o apóstolo Paulo, assim: "Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para a condenação, assim também por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para jsustificalçao de vida". Rm 5.18.

2. A salvação imediata, "ainda hoje estarás no paraíso".

Jesus prova a eficácia e suficiência da Sua obra, e, a salvação de graça pela fé nEle, salvando na mesma hora o ladrão da direita na cruz que se arrependeu, quando disse: "(...) Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino". (Lc 23.42). E, Jesus, imediatamente, respondeu ao ladrão da direita, dando certeza da sua salvação, com estas palavras: "(...) Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso". (Lc 23.43). Com outras palavras o apóstolo Paulo confirma a graça salvadora de Cristo Jesus, assim: "Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para nimguém se glorie". (Ef 2.8-9).

3. A exclamação dolorida de Jesus na cruz:

Foram estas as palavras de grande clangor proferidas por nosso humilde Salvador, em nosso lugar: "Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloi, Eloi, lemá sabctâni? Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste" (Mc 15.34). Esta foi a exclamação agonizante do Filho de Deus quando o Pai viu sobre Ele os nossos pecados. (Sl 22.1; Is 53.4-5; Fl 2.6-11; 1ª Pe 2.24).

4. Jesus fala ao apóstolo João, como o Filho do Homem, a "semente da mulher", (Gn 3.15).

Aqui se cumpriu a promessa que Deus fez quando disse que a "semente da mulher" esmagaria a cabeça da serpente, Satanás, (Gn 3.15; Ap 20.2), como está escrito assim: "Porei inimizade emtre ti (a serpente, Satanás) e a mulher, e entre a tua semente (da serpente) e a sua semente (da mulher); e esta (semente da mulher, Jesus) te feririrá a cabeça, e tu (a serpente, Satanás) lhe ferirás o calcanhar" Gn 3.15. Jesus, conscientemente, no papel de Filho do Homem, - "a semente da mulher" - como estava previsto desde a queda de Adão e de sua mulher, (Rm 5.12), disse assim: (...) Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis ai tua mãe (Gn 3.20; Gl 3.16). E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa". (Jo 19.26-27). Observe que Jesus não chama Maria de mãe, mas, de "mulher" como a "semente da mulher", pois, na sua concepção não teve a interferêcia genética de homem, mas, foi gerado do Espírito Santo sem pecado. (Is 7.14; Mt 1.18-25; Lc 2.28-35; Jo 2.3-5).
5. Para se cumprir as Escrituras:
Vendo Jesus que ainda faltava se cumprir a Escritura do Salmo 69.21, e Nm. 19.6, disse: "tenho sede. (...) Depois, sabendo Jesus que já todos as coisas estavam terminadas, para que se cumprisse a Escritura, disse tenho sede. (...) E encheram de vinagre uma esponja, e pondo-a num hissopo, lha chegaram a boca". (Jo 19.28-29). Com estas palavras de Jesus fica provado que se cumpriu, detalhadamente, o plano de Deus para salvação do homem (Jo 3.16), em cumprimento a todas as profecias com respeito a Sua morte vicária na cruz. Jesus estava em plena consciência do que estava fazendo em sua crucificação, pois, Ele disse "tenho sede" para que se cumprimisse o Salmo 69.21 e Nm 19.6). Sua morte na cruz foi voluntária e não forçada ou involutária, pois, se oferecu como "propiciação pelos nossos pecados". (Lc 24.25-27; Jo 10.11, 15, 17, 18; 1ª Jo 2.1-2).

6. Missão consumada por Jesus na cruz:

Após chegarem à boca de Jesus o hissopo com vinagre, para cumprimento das Escrituras, Ele declarou diante do Pai, dos anjos e dos homens, que a consumação da Sua obra para salvação eterna de todo o pecador arrependido, estava acabada de uma vez para todo o sempre, assim: "E quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado" (Jo 19.30). Conforme disse Paulo em Hb 10.14: "Pois com uma só oferta (Jesus) tem aperfeiçoado para sempre os que são satificados".
7. Disse Jesus: Pai em tuas mãos entrego o meu espírito.

Com estas palavras Jesus prova que a Sua morte vicária foi voluntária e consciente, e não como um mártire que morre contrariado por um ideal, pelo contrário, espontaneamente, Ele bradou em alta voz, entregando o Seu espírito ao Pai celestial, assim: "E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai em tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou", (Lc 23.46).

Conclusão - Sem essas palavras de Jesus e a obra comsumada na cruz, a pregação do evangelho perdiria o seu sentido, os pecadores morreriam em seus pecados, sem a redenção, sem a justificação, sem a esperança de salvação, não haveria a ressurreição, e, também, a vida eterna. Consequentemente, não haveria a "mensagem da cruz". Todavia, o fundamento da principal mensagem do Evangelho permanece firme, como está escrito: "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. (...) Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação (da cruz) os que crêm". (1ª Co 1.18, 21).