12 de set. de 2010

Um Guia Imperfeito - Jonathan Edwards


A razão, por si mesma, é um guia imperfeito

A verdade é que este assunto parece, em regra, uma questão de revelação divina. Afim de [determinar] o propósito da criação da estrutura magnífica do universo que contemplamos, devemos observar e nos fiar no que ELE, O arquiteto, nos disse. É ele quem conhece melhor o próprio coração e sabe dos fins e propósitos das obras maravilhosas que realizou. Também não devemos supor que a humanidade - a qual, desprovida de revelação, mas pelo aperfeiçoamento máximo de sua razão e dos avanços na ciência e na filosofia, não foi capaz de chegar a uma conclusão irrefutável acerca do autor do mundo - poderia formar qualquer conclusão definida e razoável acerca do fim que o autor se propôs nessa obra tão vasta, complexa e maravilhosa das suas mãos.

A revelação refinou o uso da razão, mas não o suficiente

E verdade que a revelação dada por Deus aos homens - como uma luz brilhando em meio às trevas - promoveu um aperfeiçoamento considerável de suas faculdades e ensinou aos homens como usar a razão. Também é verdade que, com a ajuda incessante dessa luz divina ao longo das eras, a humanidade tem realizado grandes feitos no exercício habitual da razão. No entanto, considerando que Deus concedeu uma revelação que contém instruções acerca desse assunto específico, não seria apropriado nos fiarmos excessivamente na razão a fim de tratar da questão do fim último de Deus na criação do mundo, deixando de ser conduzidos, acima de tudo, pela revelação divina.

Porém, a razão pode ajudar a responder a objeções à revelação

Ainda assim, uma vez que as objeções contra o que acredito ser a revelação verdadeira das Escrituras são levantadas principalmente com base nos supostos preceitos da razão, convém considerar seriamente, em primeiro lugar, algumas coisas que parecem suposições racionais a respeito desse assunto e, só então, considerar o que a revelação divina esclarece sobre isso.

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