27 de ago. de 2010

Perseverança paciente – John Stott

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Primeiro, a cruz de Cristo é um estímulo à perseverança paciente. Embora tenhamos de reconhecer o sofrimento como mal e, portanto, resistir a ele, contudo chega a época em que ele tem de ser aceito realisticamente. É então que o exemplo de Jesus, o qual o Novo Testamento coloca diante de nós para que o imitemos, transforma-se em inspiração. Pedro conduziu a mente dos seus leitores ao sofrimento, especialmente se fossem escravos cristãos com donos severos durante a perseguição de Nero. Não lhes seria de nenhum crédito em particular o serem chicoteados por causa de algum malefício e o agüentarem com paciência. Mas se, por fazerem o bem, suportassem o sofrimento, essa atitude seria agradável a Deus. Por que? Porque o sofrimento não merecido faz parte do chamado cristão, visto que o próprio Cristo havia sofrido por eles, deixando-lhes o exemplo para que seguissem em seus passos. Embora sem pecado, ele foi insultado, mas jamais retaliou (1 Pedro 2:18-23).

Jesus deu o exemplo de perseverança bem como de não retaliação, o qual nos devia incentivar a perseverar na carreira cristã. Necessitamos olhar firmemente para Jesus, pois ele "suportou na cruz, não fazendo caso da ignomínia". Portanto: "Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas" (Hebreus 12:1-3).

Embora esses dois exemplos se relacionem especificamente à opo¬sição ou perseguição, parece legítimo dar-lhes uma aplicação mais ampla. Cristãos de todas as gerações, ao contemplarem os sofrimentos de Cristo, os quais culminaram na cruz, têm obtido a inspiração para suportar com paciência a dor não merecida, sem reclamar nem revidar

É verdade que ele não teve de suportar muitos tipos de sofrimento. Contudo, seus sofrimentos foram notavelmente representativos. Tomemos Joni Eareckson como exemplo. Em 1967, uma adolescente linda e atlética, sofreu terrível acidente de mergulho na baía de Chesapeake, o qual a deixou quadriplégica. Ela conta a sua história com tocante honestidade, inclusive suas épocas de amargura, ira, rebeldia e desespero, e como, gradativamente, através do amor de familiares e amigos, ela chegou a confiar na soberania de Deus e construir uma nova vida de pintura com a boca e conferências públicas sob a bênção de Deus. Certa noite, mais ou menos três anos depois do acidente de Joni, Cindy, uma de suas amigas mais chegadas, assentada ao lado da cama de Joni, falou-lhe de Jesus, dizendo: "Ora, ele também ficou paralisado". Não lhe havia ocorrido antes que na cruz Jesus sofreu dor parecida com a dela, ficando incapaz de se mover, praticamente paralisado. Ela achou esse pensamento profundamente confortador.




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