21 de ago. de 2010

Pecado e Fuga (Catecismo de Westminster)

Nossa tese nesta discussão é a seguinte: O pecado no Jardim do Éden foi inteiramen­te culpa do homem, e Deus não foi de maneira nenhuma o seu autor. Isso é ensinado na Palavra de Deus e pode ser resumido assim: 1) Deus criou o homem perfeitamente santo, sem nenhum defeito ou tendência a pecar. 2) O homem poderia ter passado pela a que ele foi submetido, pois era fácil e não o tolhia em quase nada. 3) Deus não se retirou do homem durante o momento da tentação. Deus estava presente com ele e tudo que o homem precisava fazer era chamar por Deus. A queda do homem foi a conseqüência de uma curiosidade por parte do homem, não falta de capacidade de cumprir o teste simples que Deus lhe havia imposto. E ainda assim Adão pecou. Não só pecou como também houve de sua parte a tentativa de se evadir da responsabilidade por aquilo que tinha feito. Acontece o mesmo hoje. Quando o homem peca, geralmente ele tenta escapar (Pv 28.13-14).

A pergunta 17 do Catecismo de Westminster é: Qual foi o estado a que a queda reduziu o ser humano? Resposta: À queda reduziu o ser humano a um estado de pecado e miséria. Referências Bíblicas: Rm 5.12; Gl 3.10; SI 40.2; Rm 6.23. Perguntas:
1. Como chamamos o estado do ser humano antes da queda?
O estado do ser humano antes da queda é chamado de estado da inocência, o estado da justiça original.
2.      Por que o estado do homem, com a queda, é chamado de estado de pecado? Porque o homem agora está sob a culpa do pecado, que tem domínio sobre ele.
3.      Por que o estado do homem, coma queda, é chamado de estado de miséria? Porque, de acordo com a penalidade da lei, a morte e a maldição o envolve em toda sorte de miséria.
4.      Por que pecado é mencionado antes de miséria, ao se descrever o estado em que caiu o ser humano?
Porque o pecado veio primeiro e a miséria veio em seguida como resultado do peca­do. O pecado é a causa da miséria; a miséria é o efeito do pecado.
5. Como o homem chegou a esse estado de pecado e miséria ?
O homem chegou a isso pelo abuso de seu livre-arbítrio, pela desobediência. A Bíblia nos diz que o ser humano se destruiu (Ós 13.9).
6. O que aconteceu ao homem no Jardim por causa de seu pecado?
O coração do homem mudou e o lar do homem mudou. O coração tornou-se mau e o homem foi forçado a sair do lugar da perfeição (o Jardim) e foi lançado no mundo onde estava o mal.
7. Como a Bíblia descreve o estado de pecado e miséria do homem? A Bíblia o descreve como "trevas", "condenação e ira" e "morte".
8. Qual é a religião falsa e popular de nossos dias que nega o ensino de pecado e miséria?
É a religião da Ciência Cristã que nega a realidade do pecado e da miséria.
9. O homem pode se ajudar para sair desse estado de pecado e miséria?
Não, o homem é totalmente incapaz de se ajudar a sair desse estado, porque a própria natureza dele é "inimizade contra Deus" e ele não se pode salvar desse estado.

Um professor que tive na faculdade, homem muito sábio, dizia muitas vezes: "Uma das maiores dificuldades de um cristão é sua recusa em ser honesto consigo mesmo com respeito ao pecado". A palavra desse professor a nós repetidas vezes era que devíamos olhar para nós mesmos e nunca tentar evadir-nos da responsabilidade pelo pecado. Su­põe-se que a humanidade tenha recebido essa capacidade de evadir-se da responsabili­dade honestamente, visto que tudo começou com Adão. No entanto, mesmo que isso seja verdade, sempre foi uma das maneiras de o homem desconsiderar seu relacionamento e responsabilidade para com Deus.
A oração que o cristão precisa fazer é "Sonda-me, ó Deus, e... conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau" (SI 139.23). Esta oração precisa estar sempre nos lábios do cristão. E quando o Espírito convence do pecado, o cristão precisa ser honesto quanto a isso diante de Deus e nunca procurar se esquivar da responsabilidade que há no caso. "Minha culpa!" é o rogo de confissão do cristão. Então, e só então, o cristão estará num relacionamento certo com Deus e poderá ser usado de maneira poderosa, tudo para sua glória (1Jo 1.1-10).

Leonard T. Van Horn

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