13 de jul. de 2010

Morrendo por nossa Liberdade - John Piper

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Algumas passagens das Escrituras são tão cheias de verdades cruciais que merecem mais atenção do que outras no sentido de serem memorizadas, consideradas e proclamadas. Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. (Hb 2.14,15).
Estes dois versículos de Hebreus colocam diante de nós uma seqüência das maiores realidades do mundo. Sabê-los de cor, e saber o que eles significam é um benefício maior do que a maior prosperidade da terra. Demore-se por um momento em cada frase.
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue...

O vocábulo filhos é tomado do versículo anterior e se refere à descendência espiritual de Cristo, o Messias (ver Is 8.18; 53.10). São também os filhos de Deus. Ao enviar Cristo ao mundo, Deus tinha especialmente em vista a salvação de seus filhos. É verdade que "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito" (Jo 3.16). Mas também é verdade que Deus estava reunindo "os filhos de Deus, que andam dispersos" (Jo 11.52) e que Jesus deu sua vida pelas ovelhas (Jo 10.15). O desígnio de Deus era oferecer Cristo ao mundo para realizar a salvação dos seus filhos (1 Tm 4.10). Você pode experimentar a adoção como filho de Deus por receber a Cristo (Jo 1.12).
Destes [carne e sangue] também ele, igualmente, participou...
Cristo existia antes da encarnação. Ele era espírito. Era a Palavra eterna. Estava com Deus e era Deus (Jo 1.1; Cl 2.9), mas assumiu a carne e o sangue, vestindo a sua divindade de humanidade. Cristo se tornou completamente homem e permaneceu totalmente Deus. De muitas maneiras, isto é um grande mistério, mas está no âmago de nossa fé, e é o ensino das Escrituras.
Para que, por sua morte...
A morte foi a razão por que Cristo se tornou homem. Como Deus, Cristo não podia morrer pelos pecadores. Mas, como ho­mem, Ele poderia. Seu alvo era morrer. Por conseguinte, Ele teve de nascer como homem. Nasceu para morrer. A Sexta-Feira da Paixão é a razão de ser do Natal. Cristo aceitou espontaneamente a morte. Era a intenção dEle. A morte não O pegou de surpresa. O sofrimento e a morte de Cristo estavam planejados pelo Pai desde a antigüidade. Isaías 53 os descreveu, com alguns detalhes, centenas de anos antes de acontecerem. Jesus escolheu tornar-se homem para que morresse.
Destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo...
Ao morrer, Cristo tornou ineficaz o poder do diabo. Como? Por cobrir todo o nosso pecado. Isto significa que Satanás não tem fundamentos legítimos para nos acusar diante de Deus. "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? E Deus quem os justifica" (Rm 8.33). Com que base Ele nos justifica? Por meio do sangue de Jesus (Rm 5.9). A arma fundamental de Satanás contra nós é o nosso próprio pecado. Mas, o que aconteceu na cruz anula o poder condenador de nosso pecado. "[Deus] tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz" (Cl 2.14). Se a morte de Jesus remove o poder condenador de nosso pecado, a principal arma de Satanás é tirada de suas mãos. Ele não pode mais argumentar em favor de nossa penalidade de morte, porque o Juiz nos inocentou por meio da morte de seu Filho! O aguilhão da morte foi destruído: nossos pecados foram perdoados, e a Lei, satisfeita (1 Co 15.56-57).
E livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.
Portanto, estamos livres do pavor da morte. Deus nos justificou. Satanás não pode reverter esse decreto. E Deus quer que a nossa segurança tenha um efeito imediato em nossa vida. Ele tenciona que a felicidade final remova a escravidão e o temor do presente. Se não precisamos temer nosso último e maior inimigo, a morte, não precisa­mos temer coisa alguma. Podemos ser livres. Livres para o gozo. Livres para os outros.
Cristo morreu — considere este preço — para que você não tema. Avaliada pelo tamanho do sacrifício, a intensidade do compro­misso de Deus com a nossa ausência de temor — a nossa liberdade — é imensurável. Aproprie-se dela. Desfrute-a. O poder libertador de Deus resplandecerá à medida que você experimentar a liberdade de vida.

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