12 de jul. de 2010

John Owen - Uma Paixão por Santidade - John Piper

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O segredo da eficácia duradoura na vida de John Owen
Através dos anos, tenho ouvido líderes evangélicos como J. I. Packer, Roger Nicole e Sinclair Ferguson dizerem que John Owen foi o escritor mais influente na vida deles (depois dos escritores bíblicos). Isto é suficiente para motivar alguém a ir à bibli­oteca para descobrir quem era John Owen e o que o fazia agir daquela maneira.
John Owen nasceu em 1616. Provavelmente, ele foi o maior pastor-teólogo entre os puritanos, na Inglaterra. Como diria J. I. Packer, John Owen foi o maior entre os gigantes puritanos.1 Os vinte e quatro volumes escritos por Owen (incluindo sua teologia bíblica) ainda são impressos, moldando e alimentando os pastores de nossos dias (como eu mesmo).
Ele era um homem de incrível atividade — política (como cape­lão de Oliver Cromwell e orador freqüente no Parlamento), denominacional (como o homem de referência para todas as controvérsias entre os puritanos congregacionais e puritanos presbiterianos), teoló­gica (como o principal defensor da verdade calvinista), acadêmica  (como deão e vice-chanceler na Universidade de Oxford), pastoral (servindo às igrejas em e ao redor de Londres, quase durante toda a sua vida adulta, mesmo quando os cultos eram ilegais) e pessoal (com uma família de onze filhos, dez dos quais morreram enquanto eram jovens, seguidos pela décima primeira quando era adulta).
O que me admira neste homem é o fato de que, em meio a todas estas atividades e tragédias, a paixão de Owen não era o desempenho público, e sim a santidade pessoal. Ele escreveu: "O desejo de meu coração para com Deus é o principal objetivo de minha vida... são que... a santidade universal seja promovida em meu próprio coração, bem como no coração e no viver de outros".
Preciso de heróis como este. Não muitos dos líderes de nossos dias estabelecem os alvos de sua vida em termos de santidade. Mais e mais líderes confessam abertamente que a santidade pessoal não tem qualquer importância para o desempenho público deles. Por exemplo, um dos presidentes dos Estados Unidos declarou com bastante clareza que não considera a sua pureza pessoal como um fator importante em sua liderança da nação. Semelhantemente, lemos sobre um líder britânico que manteve por muito tempo um caso extra-conjugal. Assim, em ambos os lados do Atlântico, nossos políticos dizem com sua vida: a santidade pessoal é relativamente insignificante — o desempenho público e a pureza pessoal não estão relacionadas entre si.
Esse não era o caso de John Owen. A maravilha, o poder e a beleza de sua vida pública era a constância de sua comunhão pes­soal com Deus, em pureza e regozijo. Um de seus biógrafos descre­veu a vida pública de Owen deste modo: "Em meio à confusão da controvérsia teológica, às envolventes e desconcertantes atividades de uma posição pública elevada e ao desânimo indiferente de uma universidade, ele vivia perto de Deus e, como Jacó em meio às pedras do deserto, mantinha comunhão secreta com o Eterno e In­visível".3
Em suas próprias palavras, ele revelou o segredo de sua santidade pessoal em meio a todas as pressões e sofrimentos da vida: "Que melhor preparação pode haver [para nosso futuro desfrute da glória de Cristo] do que estar em constante contemplação prévia daquela glória, na revelação feita no Evangelho".
Esta é a chave para a pureza e santidade, a chave para a eficácia permanente, em toda a vida: constante contemplação da glória de Cristo.

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