21 de jun. de 2010

Deus é Feliz em sua Soberania - John Piper

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Deus é feliz, porque Ele é soberano. O Salmo 115:3 diz: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” A implicação deste versículo é que a soberania de Deus é seu direito e poder para fazer qualquer coisa que lhe deixe feliz. Nosso Deus está no céu – ele está sobre todas as coisas e sujeito a nada. Por isso, Ele faz qualquer coisa que lhe agrada – ele sempre age para preservar a sua felicidade máxima. Deus é feliz porque seus atos justos, que sempre são feitos por amor da sua própria glória, nunca podem ser frustrados além da vontade de Deus. Isaías 43:13: “Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” Isaías 46: 10: “O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.” Daniel 4:35: “Segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” Podemos estar certos, então, que Deus está infinitamente feliz porque ele tem o direito e o poder absoluto como Criador de ultrapassar todos os obstáculos para sua alegria. 

Vale a pena perguntar aqui, fazendo um parêntesis, como um Deus bom pode ser feliz quando o mundo está cheio de sofrimento e maldade. É uma grande e difícil pergunta. Duas coisas me ajudam. Uma é que não ajuda muito salvar a reputação de Deus dizendo que ele não é realmente responsável. Se alguém tivesse tentado me confortar em dezembro de 1974 quando minha mãe foi morta em um acidente de ônibus, dizendo: “Deus não queria que isto acontecesse; você ainda pode confiar nele, ele é bom.” Eu teria respondido, dizendo: “Meu conforto não vem de pensar que Deus é tão fraco que ele não pode evitar que as madeiras caiam em cima de uma van da Volkswagen.” Meu Deus é soberano. Ele a tomou no seu tempo determinado; e eu creio agora e um dia verei que foi bom. Porque tenho aprendido em Jesus Cristo que Deus é bom. A solução bíblica para o problema do mal não é roubar a soberania de Deus.

A outra observação que me ajuda nesta questão é que a atitude de Deus diante de eventos trágicos depende do foco das lentes. Deus não tem prazer na dor e no sofrimento considerados simplesmente neles mesmos. Quando sua lente está perto e focada somente nisto, ele pode estar cheio de aborrecimento e pesar. Mas quando ele abre as lentes para ver todas as conexões e efeitos de um evento, mesmo até a eternidade, o evento forma uma parte de uma estampa ou mosaico em que ele se compraz e que ele quer. Por exemplo, a morte de Cristo foi obra de Deus o Pai. “Nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido... ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar” ( Isaías 53:4,10 ).Porém, certamente , quando Deus o Pai viu a agonia do seu filho amado e a maldade que o levou a cruz, ele não teve prazer nestas coisas por elas mesmas. O pecado em si e o sofrimento do inocente em si são repugnantes para Deus. Mas de acordo com Hebreus 2:10 Deus o Pai pensou que fosse conveniente aperfeiçoar o Autor da nossa salvação por meio do sofrimento. Deus quis o que ele abomina na visão mais estreita porque na visão mais ampla da eternidade era a maneira conveniente de demonstrar sua justiça ( Romanos 3:25s) e trazer seu povo para a glória (Hebreus 2:10). Quando Deus, em sua onisciência, observa o alcance da história redentora do começo ao fim, ele se regozija no que vê. Portanto, eu concluo que nada no mundo pode frustrar a suprema felicidade de Deus. Ele tem prazer infinito na sua própria glória; e em sua soberania ele faz o que lhe agrada.


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